Capitulo 5 - Claire Winks

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1778 - 16 anos.

Querido diário, venho aqui te contar o que me aconteceu hoje... Quase briguei com meus pais, o que seria um feito horrivel, sei que eles não me deixariam roxa por que querem que eu veja o filho do amigo rico do meu pai. Acho que é Richard o seu nome, eu não faço ideia de quem ele seja por traz da aparencia branca e bonita. Para meus pais seria um bom casamentos, que ele me faria feliz.

Corro para a sala de visitas, o pior lugar do mundo quando o seu futuro noivo está lá também e você sabe que o proximo passo será o pedido. - Suspiro.

- Seja uma boa filha, hoje o filho do Olávio vai vim ver você. Ele quer te pedir em casamento.

- Eu tenho que aceitar? - Falei desapontada. - Eu não entendo por que vocês tem que escolher a pessoa que vai viver comigo a vida toda, um dia as pessoas ainda vão se casar por amor, eu tenho certeza.

- O que? - Gargalhou - Você é tão ingenua filha, as pessoas nunca se casaram por amor, o amor é uma coisa que não podemos nos da ao luxo de ter. E sim, você tem que aceitar.

- E então Claire? - Saio do perdido dos meus pensamentos - Ai meu deus, eu ainda quero tanto curtir minha vida, ser feliz de verdade, não tert que casar tão cedo... Minha mãe Luiza sempre diz que eu já devia está casada e dando netos a ela, não é tão bom casar aos 12, é?

- Sim, eu quero casar com você - Todos sorriem na sala, isso é tão clichê, já vi o mesmo tipo de cena acontecendo milhares de vezes - Mas... Uma condição. - Todos estão espantados, consigo ver a cara do meu pai... Acho que ele vai me matar.

- Todas que quiser minha dama, eu quero viver sempre com você.

- Dois anos! Eu quero um adiamento de dois anos.

Ficou tudo decido, em dois anos eu seria a senhora Clarie Winks Pont, era tempo suficiente para viver de verdade, ou ao menos tentar. Em dois anos eu seria a esposa perfeita.

Foi assim que fui criada e ensinada, ser sempre a aluna perfeita, filha perfeita, esposa perfeita, mãe, avó perfeita, a mulher que sempre diz sim, que sempre obedece ao marido e aos pais, e que não tem o diretiro sequer de errar.

Que frustrante.

- Buuh!

Acordo assustada.

- Ah o que foi isso?

Vejo alguém rindo. Ah serio?

- Você tinha que ter visto a sua cara - Falou rindo.

- Obrigada Christian, você quase me matou.

- Me desculpe, mas a senhorita é bem forte.

Adoro quando ele é ironico, é uma das poucas pessoas ironicas que conheço, é como se eu não tivesse sido feita pra viver nesse tempo, ou nesse lugar. Enfim, eu não podia ir embora, eu estava definitivamente presa nesse lugar. E em dois anos estaria mais presa ainda.

O Christian é o meu melhor amigo, a única pessoa que consegue entender como funciono, até mais do que eu mesma, conheço ele desde que nasci e minha familia nos criou como irmãos, embora eu não sentisse ele como irmão, a mãe dele era Megan, a empregada da casa... Ela pega muito no pé do Chris e na maioria das vezes brigo com ela.

- Quero ver o jardim... - Disse segurando as mãos dele - Vamos, por favor.

- E eu consigo te negar alguma coisa?

A luz do luar deixava aquele jardim com um tom sombrio que eu adorava, meus cabelos loiros ficavam meio ruivos com a luz da lua, e o Chris adorava... Ele sempre disse que eu devia sofrer alguma mutação como as dos lobisomens o que eu achava absurdo.

- Você está linda - Ele sorrir para mim - Não que esteja linda, você é simplesmente linda.

Fico vermelha.

Ás vezes eu penso que ele gosta de mim na mesma intensidade que eu dele, mas eu não tinha como descobrir isso, ou talvez não tivesse coragem suficiente... Perder o meu melhor amigo, por gostar del.. Por amar ele, era isso, eu estava cometendo o erro, o luxo de amar alguém que não podia, meus pais não deixariam jamais amar alguém e ficar com essa pessoa, por que eu era prometida ao Richard, o homem que todas as mulheres desejam.

Quando eu dizia que queria ir pro jardim, na verdade eu queria ver ele, sua beleza era incrivelmente realçada por aquela iluminação clara.

Sento-me de baixo da maior árvore do jardim, estava começando a chover e eu prefiria não me molhar. O Chris veio se sentar comigo, ficamos olhando as estrelas sem falar nada um pro outro por uns 10 minutos.

- É lindo,não é? - Disse ele quebrando o silêncio. - A chuva em contraste com as estrelas...

Fico apenas olhando para ele, ele não se fascinava facil, tudo poderia ser melhor, mais bonito.

Estavamos lá, dois amigos de anos e anos sentados olhando a chuva sem dizer nada mais uma vez, achei a coragem de virar pra ele e o observei olhando pra mim. Ele ficou cada vez mais perto de mim, sua respiração ficou mais rápida que o normal, e então ele me beijou.


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⏰ Última atualização: Apr 25, 2015 ⏰

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