Russo 🇷🇺
Semana passou rápido pra caralho, os canas estavam ameaçando de invadir e qualquer momento eles iam invadir.
Vim aqui pra boca e fiquei marolando ali até meu radinho tocar e me falarem que estavam subindo.
Peguei meu fuzil e o colete partindo dali.
Russo: Bora caralho!, qualquer vacilo vai ser cobrado.- Disse no rádio.
Thalita
Começou um tiroteio do nada e o Gabriel me mandou mensagem falando pra não sair de casa e era os policiais invadindo.
Os tiros deram uma parada e eu ouvi o barulho do portão.
Russo: Qual foi mina, me da algum bagulho pra amarrar aqui.- Falou com a mão no ombro.
Thalita: Que que foi isso ai?.- Olhei pra mão dele cheia de sangue chegando perto dele.
Russo: De raspão.- Sentou na ponta do sofá.
Subi no meu quarto e peguei uma blusa grande e álcool.
Desci e ele estava de cabeça baixa olhando pro chão e quando eu desci ele me olhou.
Sentei do lado dele que estava com um pedaço de pano amarrado que deveria ser a blusa dele que ele estava sem, com o peito sujo de sangue.
Thalita: Ta doendo muito?.- Olhei pro ombro dele com cara de nojo.
Peguei um pano com álcool e passei nele que estava o tempo todo olhando pra mim.
Russo: Caralho.- Falou quase sussurrando.
Limpei o sangue que estava no braço dele e amarrei a blusa.
Thalita: Melhor tu ir no postinho, se não vai infectar.- Olhei pra ele que estava me encarando.
Russo: Se eu acordar sem braço amanhã eu te caço.- Apontou pra mim.
Thalita: Você que me procurou feio.- Falei rindo. – Tu viu o Gabriel por ai?
Russo: Tá suave.
Thalita: Hm.- Peguei os bagulhos que estavam no chão pra jogar no lixo.
Voltei pra sala e ele estava falando com alguém no celular.
Russo: Valeu ai morena.- Falou olhando pra mim. – Não sai de casa hoje.
Thalita: Beleza.- Olhei pra ele levantando.
Fui com ele no portão e a moto dele estava estacionada na calçada. Ele subiu na moto e acenou com a cabeça pra mim sorrindo de lado me fazendo rir.