Prólogo

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Bucarest, Romênia

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Bucarest, Romênia. - 2016


O relógio no pulso do homem marcava exatamente 17:36 quando a primeira gota de chuva caiu sobre Bucareste. É claro que não foi uma surpresa muito grande aquela chuva. Meia hora antes, o céu, que até então estava azul com algumas nuvens, começou a escurecer e se tornou tão cinza e com um vento tão forte que era inevitável a chuva que viria. 

As pessoas, no entanto, ou não se deram conta ou não acharam que iria chover tanto assim. O que era o caso de James Bucky Barnes. 

Ele corria com o casaco preto erguido sobre a mochila e as costas, amaldiçoando o momento em que subestimou o poder de uma "chuvinha". Atravessando a larga calçada, ele ouviu uma buzina quase ao mesmo tempo que um raio cruzava os céus e a chuva apertava ainda mais. 

Ele estava encharcado. Era um fato. O celular descartável que tinha comprado naquela semana já era e Bucky ergueu os olhos entre as pessoas que corriam apressadas, assim como ele, para se abrigar em algum local seco. 

Olhando ao redor, ele percebeu que não estava tão longe do apartamento que invadiu há alguns meses e onde tentava viver o mais discretamente possível. Levaria apenas mais uns vinte minutos de caminhada em um dia normal. 

Há alguns meses, Bucky Barnes havia fugido do controle mental da Hydra e tentava não ligar para o fato de havia uma "segunda" personalidade dentro de si que poderia ser ativada apenas com um conjunto de palavras. Mas, de vez em quando, apesar de gostar da Romênia, ele se pegava imaginando qual o próximo país que iria. Afinal, não podia viver em um só pelo resto da vida. 

Não com uma foto dele circulando pela Internet e jornais. 

Porém, tirando isso de sua cabeça, já que não era o mais importante nesse momento, Bucky reconheceu uma loja na qual sempre ia para comprar qualquer tipo de utilidade ou inutilidade, desde garfos a chaveiros ou potes. 

 A dona do estabelecimento era uma mulher de cerca de quarenta e cinco anos e que era metade americana, metade Romena e sempre tinha sido bastante simpática com ele, apesar de Bucky não ser tão simpático assim com ela. Na verdade, foram poucas as vezes em que ele falou com ela usando a voz ao invés de somente manear a cabeça ou forçar um meio sorriso. 

Naquele dia, a loja estava escura e vazia, mas mesmo assim, quando ele forçou a maçaneta da porta de vidro, percebeu que ela estava aberta e entrou, fechando a porta a seguir. 

Então, ele finalmente tirou o casaco de cima de si e o torceu, vendo a água pingar no chão e formar uma poça. Puxando o telefone do bolso, ele até ligou, mas morreu a seguir e, suspirando, Bucky olhou ao redor, percebendo duas coisas. 

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