5 semanas depois eu e Harry mudamo-nos para a universidade e ele convidou-me a morar com ele, e eu aceitei com a condição de dividirmos a renda. A despedida foi bastante dolorosa para o meu pai pois eu sou filha única, mas prometi-lhe que iria visitar-lhe sempre possível.
***
A universidade está a correr melhor do que o esperado e a minha relação com Harry também, porém não tive coragem de contar que gosto dele. Ele faz-me sentir bem, mas ele insiste que é perigoso e que só me iria magoar, mas desde ele que ninguém me interessa o suficiente.
Estou prestes a ir para a aula com Harry e combinamos ir passear depois.***
A fila no café mais próximo está infinita e decidimos ir dar uma volta pela praia. A brisa do mar traz-me mil memórias mas evito pensar e foco-me na razão de estarmos aqui.
A água chega-me aos pés enquanto caminhamos e chuto com intenção de acertar em Harry. Começamos os dois à luta com água e ele pega-me ao colo e manda-me para a areia mas eu puxo-o comigo e caímos os dois. Ele cai em cima de mim e os nossos olhares cruzam-se e ele lentamente foi aproximando os seus lábios dos meus. Depressa hesitou e levantou-se abanando a cabeça.
"Porque Harry?" Pergunto puxando-o pelo braço. "Mia, por favor." Agarra-me no braço olhando-me nos olhos com ternura. "Será tão difícil perceberes que eu te amo?" Aproximo-me e ponho as minhas mãos na cara dele. "Será?" Ele olha para o lado e eu penso que o seu sentimento por mim jamais seria recíproco mas surpreende-me com um beijo. Ele agarra-me com tanta força que mais parece que me quer sugar a alma do meu corpo, alma essa e corpo esse que, porém, lhe pertence. "Eu amo-te" anuncia deixando cair uma lágrima "eu sempre te amei". Limpo-lhe a lágrima e abraço-o. Os nossos corpos envolvem-se num só e não denunciamos nenhum som.
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