𝑶𝒖𝒓 𝑳𝒐𝒗𝒆 • 𝑲𝒘𝒐𝒏 𝑺𝒐𝒐𝒏𝒚𝒐𝒖𝒏𝒈

Capítulo 08.

Setembro, 2020

Estava outra vez naquela prisão da qual chamavam carinhosamente de "escola" e, por algum motivo, aquele dia estava estranho.

Hoshi não havia me perturbado desde que àquele último trabalho em dupla e aquilo me deixava nervosa. Ele estava sendo legal até demais e eu não sabia o porquê.

Mas me preocupava o bastante para evitá-lo a qualquer custo, graças a palpitação que dava em meu coração quando via o garoto de cabelos loiros em minha frente.

Se fosse para eu classificar a minha situação de agora, eu diria algo bem simples.

Era como se eu estivesse em um clichê de filme romântico, onde a mocinha se apaixona perdidamente pelo típico bad boy do colégio. Mas de filme, a minha vida parrcia ter apenas as partes trágicas e as vergonhas alheias.

Que saco!

Eu tinha muitas perguntas, mas nenhuma resposta para elas, o que me deixava frustrada. E o pior de tudo, é que eu não sabia o motivo de tudo aquilo. Ou será que eu sabia?! Sei lá. 

Vai ver era apenas estresse por ser o meu último ano no ensino médio. É, apenas isso. Nada mais.

Meus amigos não perdiam uma única oportunidade para dizer para que eu abrisse meus olhos, porque estava "mais do que claro que gostávamos um do outro e blá blá blá."

Tsc. Que tosco.

Ainda que eu viesse a ter um sentimento a mais por Soonyoung, era orgulhosa demais, e na minha cabeça, ele não era um garoto que gostava de alguém, não era do tipo que se importava. Para mim, ele era egoísta demais pra isso.

E eu jamais confirmaria sentir algo por Kwon Soonyoung, sem chances!

* Hoshi's Point Of View *

— Só pode ser uma piada... — murmurei a mim mesmo, incrédulo.

O que eu estava pensando, afinal?! O que era aquilo que eu estava sentindo por S.N?!

Eu me recusava a pensar que eu poderia estar apaixonado por ela. Não era possível, não mesmo, sem chances!

Só de cogitar tal possibilidade senti um arrepio subir pela minha nuca. Eu só posso ter ficado louco por pensar em algo desse gênero.

E, ainda que eu aceitasse a situação e me rendesse aos sentimentos, ela não acreditaria em mim. E, por incrível que pareça, não a culparia por não acreditar, ainda que fosse verdade.

Eu implico com ela desde que estávamos no ensino fundamental. Por que, Sinceramente? Não tinha a menor ideia. 

Mas nem sempre foi assim. Éramos inseparáveis, quando tínhamos 6 anos... E ela sempre foi assim, desse jeito: tímida e ingênua.

Naquela época, S.N conseguiu fazer com que eu, ao vê-la com vergonha de brincar com as outras crianças por não ter traços totalmente asiáticos, e apesar de seu irmão ser totalmente extrovertido, mesmo que eu ainda tivesse apenas 7 anos de idade, quisesse protegê-la sem que ela soubesse.

E é assim até hoje, inconscientemente. Está no meu automático. Não é algo que eu consiga evitar. E não foi por falta de tentativas.

Tornei-me amigo de Mingyu pouquíssimo tempo depois e, desde então comecei a perturbá-la sempre que podia, apenas para irritá-la por brincadeira.

Uma semana depois.

Na segunda feira, o clima estava agradável, nem tão quente, nem tão frio.