pneu furado

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boa leitura ❤️
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Marinette Dupain-Cheng nunca se considerou mimada.

Por mais que tivesse um sobrenome de peso, pais que eram donos de uma das maiores franquias de padarias da França, havia ganhado sua primeira Mercedes aos 16 anos, estudava designer na TECMOD - uma das melhores faculdades de moda de Paris - e seu pai a chamava de joaninha desde que nascera, nunca se considerou mimada.

Pelo menos não tanto quanto suas amigas.

Mesmo tendo sido criada em berço de ouro como alguns diziam, fora educada a conseguir aquilo que queria por mérito próprio.

Desde pequena ela já conseguia resolver os próprios problemas.

Quando sua primeira boneca caiu e desmontou parte do corpo, ela mesma se dispôs a montá-la novamente - mesmo tendo apenas 3 anos e mal conseguindo encaixar os sapatas nos pés.

Os 6, já arrumava as próprias roupas que rasgavam por conta das brincadeiras.

E assim se foi até o dia de hoje, sempre dando um jeito de consertar qualquer coisa que pudesse.

Mas isso se limitava a coisas mais simples que um pneu furado.

Estava indo para a faculdade quando escutou o barulho de algo "pipocando" no asfalto e sentiu seu carro deslizar levemente pela pista.

Quando encostou o automóvel, se deu conta de que o pneu do lado esquerdo traseiro estava furado.

E já fazia mais de 20 min que estava ali, parada, ligando para o mecânico de confiança de sua família ajudá-la.

Já era a quinta tentativa e nada.

Por isso, bufou, decidindo ligar para seu melhor amigo.

— LUKA! - ela gritou, aliviada. — Que bom que me atendeu. Preciso de ajuda! Urgente!

— Mari!? Meu Deus! O que houve!?

— Meu carro Luka! - ela choramingou. — Eu estava indo para a faculdade e o pneu simplesmente furou. Furou Luka! - argumentou, erguendo a mão livre num gesto que ele não veria.

Ele suspirou.

— Só isso Marinette? Me assustou.

— Só isso? Luka, era para eu estar na aula a 15min atrás!

— E porque não deixou o carro aí e foi de uber?

— Porque aqui não é nada seguro. - ela olhou em volta. — Não ia abandonar minha BMW novinha aqui. - fez bico.

Ele - novamente - suspirou.

— Ok. Entendo. Já ligou pro mecânico? Talvez ele possa ir aí te ajudar.

Ela choramingou, fungando.

— Ele não me atende! Não sei mais o que eu faço Luka! Você é minha última opção.

O azulado parou para pensar, mas, ao ouvir o grito de sua chefe, logo desistiu.

— Onde exatamente você está, Mari?

Marinette viu a placa no final da rua.

— Na travessia entre a 304 e Vi'Perle. Próximo ao museu de Artes.

— Hm... sei. Consegue ir com seu carro a uns...2 km daí?

Ela pensou um pouco.

— Acho que consigo sim. Porquê!? Vai vir me ajudar!? - falou animada.

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