My world without you

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Boa leitura amores ❤️

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Izuku se levantou devagar, os olhos um pouco vermelhos e inchados entregava as crises de choro frequentes antes de finalmente dormir. E essa já era a sua rotina. Ele acordava cansado, se arrumava e ia trabalhar, e após um dia frustrante de trabalho o esverdeado voltava para casa ainda mais cansado, a garrafa de vinho pérgola sempre guardada em sua geladeira, era quem o fazia companhia. Após algumas taças e mais uma garrafa vazia, Izuku se entregava a cada lágrima que vinha uma atrás da outra, os soluços eram altos e dolorosos, machucavam não só seu coração mas também a sua alma e aquilo acabava com o que ainda restava do menino alegre que ele fora um dia. E então, quando já não tinha mais lágrimas, quando já não tinha vontade ou energia ele se entregava ao sono agitado, aos pesadelos daquilo que um dia fora seu maior e mais feliz sonho; Izuku se entregava as lembranças e a sua mais triste – e atual – realidade.

A de que Katsuki não estava mais ali.

Izuku jogou a coberta vermelha para o lado, forçando o seu corpo a se levantar. Seus passos eram indecisos enquanto ele caminhava até o banheiro. Ele precisava de um banho, precisava tirar aquela dor de dentro dele, ele precisava seguir em frente do jeito que ele prometeu que faria. Mas como seguir em frente quando o que você perdeu foi o amor da sua vida? Izuku não sabe, e não se forçará a entender. Entender seria admitir que ele partiu, seria aceitar e desistir desse sentimento tão puro e verdadeiro que ele sentia, seria desistir da reciprocidade que só o Bakugou e ele tinham, seria decidir do amor que ambos sentiam, e isso Izuku jamais faria.

A água fria se chocou com o corpo quente do esverdeado, o seu corpo tremeu e a sua pele arrepiou com o toque congelante da água, todavia Izuku não sentia nada. A dor em seu peito era grande demais, era insuportável, e também era anestésica, fazendo sumir toda e qualquer outro tipo de dor.

O banho durou poucos minutos, e depois de mais dez o Midoriya já estava pronto para mais um dia de trabalho.

Izuku pegou as chaves de casa e também o do seu carro – automóvel este que ficou com ele como uma pequena lembrança do seu loiro; como se Izuku fosse o esquecer um dia – o Midoriya trancou a porta do novo apartamento indo então em direção ao elevador.

Por que tudo isso era tão vazio e cotidiano?

(...)

— Ei? Izuku? Midoriya?

— Há? O-oi? Ah, o-oi Ura, desculpa eu não te vi aí – O Midoriya coçou a nuca enquanto sentia o seu rosto ficar levemente vermelho pela vergonha.

— Você não pode continuar assim Izu. Você está sempre no mundo da lua, você está emagrecendo demais, tá cheio de olheiras e céus, quem te vê fala que você nem dorme! Você tá sempre com um cheiro de vinho, e suas roupas! Por Zale, você ainda tá de pantufa! Você precisa acordar Izuku!

Os olhos do esverdeado marejaram no momento em que seu cérebro processou aquelas palavras. Seu peito apertou e tudo a sua volta perdeu o som e nada mais ele via. Aquela era a verdade, sem ele Izuku se tornava apenas um corpo andando por aí, vazio, sem nada.

Mas como ele poderia superar aquilo? Não era uma decepção amorosa que você sai com seus amigos se diverte um pouco e esquece, não, não era assim! O Midoriya andava em todas as ruas enxergando ele ali, em cada cabelo loiro que ele via, em cada lente vermelha que aquelas pessoas usam apenas por diversão. Em cada casal com um moletom da Adidas combinando. Katsuki estava em tudo, estava em todos, em qualquer lugar, em qualquer hora, em todos os momentos e ele não suportava mais isso.

O Midoriya se levantou rapidamente, não se deu o trabalho de dar uma explicação ao seu chefe, de dar uma desculpa para seus colegas de trabalho, ou então em explicar a Uraraka que ele não aguentava mais. Izuku só queria sumir, ou esquecer que ele não estava mais aqui.

Without youOnde histórias criam vida. Descubra agora