Sinopse
" Acaricio seu rostinho vermelho.
Ellie suspira e me encara.
- Acho melhor parar com essa relação James.- diz.
A olho sem entender.
- Você é minha Ellie.- digo.- E eu amo você.
- Mas do que adianta eu ser sua, sendo que você não é meu.- diz...
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James
Travo a mandíbula encarando o garoto na minha frente.
Minha namorada me olha como se esperasse que eu falasse algo.
O que diria?
O que eu PODERIA dizer?
Isso só pode ser brincadeira. Não, Ellie nunca brincaria com algo assim.
O garoto era minha cara. Como pode isso?
- Amor, o que está acontecendo?
Metade de mim queria muito que isso fosse verdade, e a outra metade está morrendo de medo.
- Acho melhor deixar vocês a sós.- diz.
Nego com a cabeça pegando em sua mãozinha.
Eu estava com medo. E precisava dela ali comigo.
- James, é um assunto delicado. E é entre vocês dois.- disse.
- Não se preocupe, Ellie, pode ficar.- diz Walker.
Ellie me puxa e me sento no sofá.
- Então, você disse que...- engulo o seco ao gaguejar.- Quero saber de tudo.
O garoto me olha e respira fundo.
- Eu não sei de muita coisa.- diz.- Quando eu era pequeno, eu sofri um acidente, e isso fez com que eu perdesse boa parte da minha memória.
Ok.
Isso pode ser verdade.
- Pelo que me disseram, eu apareci no hospital por puro milagre, já que eu estava em um estado bem crítico.- disse.- Eu tive várias lesões, e sobrevivi por muito pouco. Então, depois eu fui pro orfanato, e fiquei lá até completar 16 anos, que é a idade máxima para onde eu morava.
Engulo o seco e aperto levemente a mão da minha namorada.
Ellie me olha e sorri me passando confiança.
Era tudo o que eu precisava, dela ali comigo.
- A única coisa que eu sei, e que foi me dito, é o nome dos meus pais. James Cavill e Tryna Bekker.- diz.
Abaixo a cabeça e sem conseguir segurar, deixo algumas lágrimas escaparem.
- Pra falar a verdade, depois do acidente eu não me lembro de nada, já que eu perdi a memória.- diz e solta uma risada leve.- Então James, você é realmente meu pai. Se você quiser fazer um exame de DNA, não tem problema, eu irei fazer.
Nego com a cabeça e enxugo meu rosto.
- Não precisa de DNA.- digo.
Levanto um pouco a manga da minha blusa.
Era igual a marca de nascença que ele possuía no pulso esquerdo.
