🔗Primeiro

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Oi gente. Por essa estória de apenas dois capítulos ser o meu xodozinho, eu resolvi fazer na versão vondy. Espero que  gostem

Beijos! 😘

Baseada em fatos reais.

Por favor gente não deixem de ler sem dar a estrelinha⭐ Pois eu gostaria de saber quem está lendo.

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Dulce

Estou gostando de você em segredo, dentro de seus olhos há algo que eu não consigo decifrar. Quando você me olha, sinto algo dentro de mim, do qual eu não consigo explicar. Eu não sei se e empolgação, pois durante os meus vinte nove anos de vida, eu nunca me apaixonei por ninguém. Por que eu tinha que me sentir atraída por você?! E porque você tinha que ser casado?! Mas eu acho que mesmo que não fosse, jamais olharia para mim. Porque não sou bonita, tampouco interessante, esguia com os olhos grandes e castanhos. Cabelos extremamente sem graça e tingidos de vermelho, sem  uma profissão renomada, e recursos financeiros.

A primeira vez que o vi, foi na festa do irmão da minha prima, me lembro na época, de eu lhe achar bonito somente isso. Mas nunca dei importância, pois sempre fui muito displicente, e reservada. Ainda mais se tratando de relacionamentos amorosos. Tanto que eu só fui ter a minha primeira e desastrosa relação sexual aos dezenove anos. Porém a única, depois dela, eu nunca mais me envolvi com ninguém dessa forma. Porque a maioria desses envolvimentos, não passaram de beijos. Até cheguei a sair algumas vezes, com um professor, do curso de administração que fiz na época. Mas depois de um tempo, eu só vi que era empolgação como os outros. Eu não sei se era por ser jovem demais, e inexperiente, ou porque nunca consegui segurar alguém?! Até o primeiro namorado, que foi aos dezessete anos do qual eu não gostava,  não consegui, sendo que fui eu que terminei o namoro, pois  não estava aguentando mais. Primeiro: Porque ele falava de querer casar-se comigo. E segundo: Por  não me ver em um futuro com ele, pois queria curtir a minha juventude.

Nesse mesmo dia, me lembro  que eles tinham feito um churrasco, do qual fiquei sentada no sofá da sala mexendo no celular, provavelmente, vendo as coisas que as irmãs ou o que as meninas, estavam postando no grupo do WhatsApp. O das vocacionadas. Eu estava tão entretida e empolgada para entrar no convento, que nem sequer me dei conta da atenção que você me dava. Seja tentando puxar assunto comigo sobre coisas das quais não tinha o hábito. Porque talvez não fosse o momento de lhe notar. Ainda mais você sendo o esposo da filha da prima de minha mãe, do qual eu mal tenho contato além dos eventos familiares.

A minha trajetória durante dois anos dentro do convento, foi árduo e ao mesmo tempo de muito conhecimento.  Passei por várias experiências boas, e ruins como a distância da família que era uma delas. Ás vezes me sentia só, mesmo estando rodeada por pessoas, era triste angustiante, e por esse motivo eu desisti de continuar porque eu já não me via mais como uma freira.

Quando retornei a casa da minha mãe, que foi no final de 2018,  passei praticamente o ano inteiro de 2019 à procura de um trabalho, e foi daí que me veio a ideia de fazer trufas que aprendi durante o tempo de convento para vender. Saia praticamente todos os dias até a praça da minha cidade, e com a lábia de vendedora herdada do meu pai, eu conseguia vender tudo.

2020...

O ano da pandemia, onde muitas pessoas desencarnam e uma delas foi o meu pai. Nunca havia perdido ninguém, por isso foi dolorido angustiante uma dor da qual eu nunca cogitei a sentir. Passei o final desse ano desolada, e não fosse pela minha cachorrinha, eu teria caído porque ela chegou para mim justamente no momento que eu mais precisava. Por isso ela e muito mais que um cachorro para mim a considero como uma filha.

2021...

Empreendendo mesmo estando na pandemia eu saia para vender os meus doces, e deu tão certo que consegui montar uma loja para mim. No entanto como nada dura para sempre tive que fecha-la, e procurar um serviço.

2019...

O casamento do meu primo, que foi em Guaratinguetá São Paulo. Me lembro, que dentro do ônibus, que nos transportava de Itaipava até lá, você me olhou nos olhos, algumas vezes quando levantei para ir  banheiro. Foi estranho e ao mesmo desconfortável, porque nunca ninguém havia me olhado desta forma. Porque o jeito que você me olhava era intenso profundo parecia que estava querendo me decifrar de alguma forma. Havia um certo interesse por trás. Talvez seja loucura pensar assim de um homem casado, que parece amar muito a esposa, mas  como uma Caprica nata, eu decidi não me iludir. Ainda mais você sendo casado, e tendo uma linda filha, era como se eu quisesse ser  a outra, e eu não acho certo, porque vi minha mãe passar pela mesma situação.

Era mega estranho porque nunca tivemos de fato uma conexão mais profunda para ficarmos assim. Apenas cumprimentos rasos como olá boa tarde ou noite. Você me deixa nervosa, e eu apenas ignoro e camuflo o sentimento como se fosse algo da minha cabeça, essa atração estranha que me  fazia recuar só por ser uma mulher direita. Eu sabia respeitar os relacionamentos alheios mesmo sendo invadida por um homem comprometido.

Chegamos ao hotel praticamente a noite. Uma noite fria e chuvosa, onde após adentrar o hotel, eu tive que voltar ao ônibus para pegar algo que a minha mãe havia esquecido. Entretanto foi nesse momento, quando estava indo rumo a saída, que dei de cara com você que fez questão de encarar com a mesma profundidade, e o que facilitou para ti, já que eu havia esquecido o óculos de grau lá dentro. Seus olhos acizentados penetraram os meus, e bastou alguns segundos para que a mesma confusão se apossasse de mim. Droga!


Na cerimônia, você a sua esposa, e  sogra, sentaram bem distantes da mesa que eu estava. O que era ótimo para a minha sanidade. Porque não estava bem, havia tido uma pequena discussão com uma prima, por isso meu humor estava péssimo. Nas duas vezes que fui ao banheiro, senti seus olhos me seguirem de uma forma discreta. Exatamente igual a tarde quando estávamos na parte externa do hotel curtindo o dia nublado com os nossos familiares. Me empanturrei de comida a festa inteira, e não tive o seu olhar sobre mim durante o restante da noite o que tornava um alívio e ao mesmo tempo uma ansiedade de trocar olhares discretos contigo.

A festa encerrou após as 3:00 da manhã, e por isso o mesmo ônibus que nos trouxe, retornou novamente para o mesmo hotel. Mesmo demorando bastante para pegar no sono, eu consegui adormecer feito um recém nascido, dormi tão bem, que acabei acordando um pouco tarde para o café, sorte que o café ainda estava exposto porque senão eu pegaria uma longa estrada em jejum. Porém o meu intestino, ficou desgovernado. Mas graças a Deus, com o tempo eu melhorei. Não me lembro se foi a minha mãe, ou a  minha tia que me deram mas eu sei que eu tomei um medicamento. E lá fomos nos de volta, para Itaipava. Dentro do ônibus, passei a maior parte dele dormindo. E me lembro de ter acordado umas duas vezes para ir ao banheiro, e ter o seu olhar novamente sobre o meu. Me lembro do corredor estar completamente escuro, e você parar de mexer no celular para mergulhar no meu olhar.  Mesmo sendo breve, eu me iludi pela quinta vez, porque a quarta foi quando o ônibus havia parado em um posto e todos descemos para esticar as pernas da longa viagem, e alguns irem ao banheiro do qual eu me incluo, e você me olhar disfarçadamente para que ela a sua esposa e nem ninguém percebesse. Eu acho que enlouqueci de vez. Logo eu...



Na segunda, na hora da despedida, você me cumprimentou com o abraço, e aquele beijo falso, sem encostar os lábios na minha bochecha. Eu também não fiquei atrás, e fiz o mesmo. E no ponto foi bom, pois ficaria super estranho. E quando o vi partir com a sua esposa, pela primeira vez,  senti um vazio. Era como se tivesse tirado alguém que eu amo. Uma solidão estranha porque eu queria o mesmo olhar que me deixou por um bom tempo pensando em você. 

Continua...

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E aí, o que acharam?

 ℕ𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫( 𝐕𝐨𝐧𝐝𝐲) 𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮í𝐝𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora