Capitulo 2

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Ao meio-dia, completamente suada, ardendo e com sede, acabei de chegar à igreja.  Eu nem tinha percebido quanto tempo eu tinha viajado para o meio da floresta e depois seguido a bruxa no meio da noite, uma bruxa que eu nem vi o rosto dela por sinal.

-Irmã Tabitha!,- Eu gritei abrindo a porta.

Precisava contar a alguém o que tinha visto e me tirar algumas dúvidas, segundo o pessoal do mosteiro beijar entre mulheres era algo depravado, porém, já havia presenciado algo assim antes e no mesmo mosteiro.

-Toni! Você está bem? - A madre superiora foi me receber, ela parecia muito preocupada - Meu Deus, você está suando. Alberto chegou aqui sozinho, o que você viu que fez o burro fugir?

- Ah não, isso foi só porque Alberto me decepcionou, ele é um traidor.  Agora, se me dá licença, preciso falar com a irmã Tabitha.

- Ela está rezando mas eu vou buscá-la, você senta aí e espera.

Eu balancei a cabeça e a observei desaparecer pelos corredores. Não que Tabitha já fosse minha amiga, porém ela era a única que me parecia mais compreensiva nessas questões.

Depois de um tempo em que eu estava brincando com as mãos e bebendo água pude ver quem eu precisava, estava se aproximando a toda velocidade.

- Toni, o que houve? - Ela caminhou até onde eu estava e sentou-se ao meu lado.

- Eu presenciei algo ruim, MUITO ruim- Eu a peguei pelos braços- Eu sei que não deveria estar falando sobre isso, mas é normal duas mulheres se beijarem?

Eu a vi virar todas as cores e desviar o olhar, depois limpar a garganta.

- Bem... depende, mas NÃO! - eu pulei - Diga-me quem você viu?

- Bruxas- Foi a única coisa que saiu da minha boca- Elas... simplesmente... uma pegou a outra pelo rosto e a beijou, como se ela fosse um homem. Mas tenho certeza que eram mulheres, uma era mais alta...

- Ah, e eram lindas? - Ela mostrou um sorriso.

- Eu realmente não vi o rosto dela porque estava escuro, mas... espere um minuto, irmã, sobre o que é essa pergunta? - eu questionei com uma carranca.

- Amm, porque eu tenho que ir tirar o diabo delas.

- Mas isso é com o padre Hiram, você é apenas uma freira, sem ofensa, obviamente.

- Sim tem razão. Bem Toni, vou ser sincera, se ela for bonita e te dá sinais de que o ovozinho quer sal, é só você entrar no jogo. Obviamente se você quiser também.

- Ok?

- Acho que preciso ir até sua irmã agora, tem algumas coisas que quero falar com ela.

- Claro, pode ir.

Depois da estranha conversa fui até onde o padre Hiram estava e contei a ele o que tinha visto, ele não podia acreditar que aquelas bruxas fossem tão ousadas a ponto de fazer uma daquelas comemorações no meio da floresta quando havia gente morrendo por causa delas .  Obviamente eu tive que pular a parte do beijo porque eu estava envergonhada e com medo de dar algo ao coitado.

- Diga a Betty que hoje vamos sair para interrogar aquelas bruxas, não vou esperar mais.

- Com licença, mas estou exausta, preciso comer e descansar um pouco.

- Sem descanso, avise-a e saia imediatamente- Disse isso ele saiu da sala.

Não tive escolha a não ser obedecer suas ordens e ir com minha irmã.

(...)

- Você pode me dizer onde você estava? - Betty parecia furiosa.

Ignorei-a e continuei preparando o cavalo que a igreja havia me emprestado, graças a Deus porque não pretendia confiar novamente em Alberto.

Temptation |Choni versionOnde histórias criam vida. Descubra agora