queria muito escrever rubenny pq além de ser um dos meus shipps favoritos de aop, eles me lembram de uma conexão muito especial que eu costumava ter.
playlist: https://open.spotify.com/playlist/2QVfKYoKrFNbIfTPCa1NOM?si=213059a4c4cf45e1
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Voltar, Olhar, Falar, Andar, Amar. (1/2)
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Como usualmente faz algumas vezes na semana, o Naluti foi visitar seu amigo adormecido no hospital. Ele ativamente conversava com ele, sem esperar respostas, mas também esperançoso. Até porque, afinal de contas, por qual outra razão o monitor mostrava que as batidas de seu coração aceleravam quando o andar quieto de seu amigo ressoava pelo quarto branco? Ele mostrava um certo entendimento do seu redor, mesmo não conseguindo reagir de uma forma mais visível, o que deixava os médicos cada vez mais otimistas.
- Oi Johnny, sou eu. Hoje foi um pouco engraçado... - Se sentou ao lado da cama - É... desde que o Veríssimo sumiu a equipe tá um pouco distanciada, o Arthur tá meio que cumprindo as obrigações dele, então já era meio esperado... Mas hoje a Carina me chamou para ir tomar sorvete. Naquela mesma sorveteria que fica perto de casa, que a gente costumava ir depois das missões. Foi legal!
Começou a brincar com os dedos da mão de seu amigo, sentindo algumas cicatrizes da sua mão e também suas digitais. Segurou forte a sua mão, levantando seu braço só um pouquinho.
- Ainda não me acostumei muito bem com esse negócio de equipe... Fazia tanto tempo que era só a gente que eu meio que tinha esquecido... - Sorriu, talvez um pouco melancólico, até que bocejou - Cansado. Dia bem longo. Preguiça de sair...
Se encostou na cama, com seus olhos fechados, falando qualquer coisa que vinha na sua mente:
- Ver. Botão, hoje. Lembrar de você.
Ficou brincando com o seu braço, quase descansando sua cabeça em seu ombro, colocou seu colar na mão ele e a segurou. E foi assim, balbuciando coisas aleatórias, que adormeceu. Não era a primeira vez que isso acontecia. Rubens estava lá frequentemente, e muitas vezes cansado.
Johnny se sentia preso em um corpo parado. Tudo que queria fazer era apertar a mão de Rubens de volta. Queria comentar sobre seu dia também, mas nunca era nada demais, eventualmente ouvia passos de gente entrando na sala, no fundo, querendo tanto que fossem Rubens. Queria conseguir sorrir para Rubens, e mais importante de tudo, queria conseguir vê-lo. Será que ainda usava o mesmo estilo de roupas? Será que estava um pouco diferente por causa da hormonoterapia? Provável que não, já que estava no tratamento a muitos anos, mesmo assim se perguntava. Queria voltar demais.
E talvez pela força de vontade repentina, tenha conseguido abrir seus olhos; via o teto do quarto branco, um pouco escuro. Encheu-se de felicidade, conseguiu mexer os músculos de sua face para sorrir. Aos poucos tentou mexer seu pescoço, vendo os cachinhos brancos e os braços morenos que escondiam seu rosto. Hesitou em chamá-lo. Limpou sua garganta com um pigarro e tentou pronunciar a primeira sílaba de seu nome. Se encontrou vitorioso, com sua voz rouca e grave, mas receava interromper o sono do homem baixinho. Por enquanto, tentava mexer uma articulação.
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Te alcançar (Rubenny)
RomanceOnde Johnny Tabasco acorda de um coma e finalmente consegue responder Rubens Naluti ou onde Johnny finalmente consegue falar o que esteve preso em sua garganta por tanto tempo. (shortfic, rubenny, trans!rubens, leiam as tags)