Someone you loved | taeyoonseok

[30] Can I be Him?

#TetecodaFazenda

Can I be Him?

"I swear that every word you sing, you wrote them for me
Like it was a private show, I know you never saw me
When the lights come on and I'm on my own
Will you be there to sing it again?
Could I be the one you talk about in all your stories
Can I be him?" 

- James Arthur.

🧸

Manter a paz por horas a fio, sem preocupações e aquela voz em sua cabeça dizendo "está tudo certo" quando há silêncio demais se transformou em algo inexistente em casa, antes o silêncio significava que Soomin dormia, agora a falta de barulho denuncia que pode estar acontecendo alguma coisa.

Acompanhar o crescimento de um ser humano desde os primeiros dias faz parte da enorme lista de coisas que não se deve pensar demais, pois nenhuma criação é 100% e ainda que tente fazer o possível e impossível pela sua filha, jamais poderia prever o futuro e saber o que causaria mais impactos negativos em sua vida.

Pensar que haveriam decepções também o fazia evitar pensar demais.

Saber que seria responsável por frustrações, possivelmente traumas ou qualquer problema dessa natureza o deixa cismado. Conversou com sua psicóloga recentemente sobre o pensamento que ronda sua mente de forma nada saudável, e ela o aconselhou a focar no agora, a Kim ainda é muito pequena e tudo, até então, está nos conformes.

Atualmente, sua maior motivação para levantar todos os dias da cama aquecida pelos seus namorados era a rede de apoio, pessoas que confiam em si e estão ali para ajudar caso necessário. Segundo sua psicóloga, Kim Taehyung está cada vez mais autossuficiente e confiante na sua independência, nada lembra o menino inseguro com as próprias palavras que chegou em Seoul com uma bebê no colo.

─ Chão. - Soomin pediu três vezes para sair do colo do pai depois que deixaram o veículo.

─ Não está nova demais para recusar o colo do papai? - Arqueou uma sobrancelha brincando e ela fez isso com as duas, tentando imitar o pai.

O moreno colocou a garotinha no chão segurando em sua mão imediatamente, carregando a bolsa Burberry lateralmente, e a pequena com uma mini mochila de coração nas costas, era tão pequena que não coube mais que sua naninha e a chupeta.

─ Está com saudades do titio Kookoo?

─ Sí! - Inocentemente, a confirmação saiu mais alto do que o esperado, ecoando um pouco pelo saguão do enorme edifício.

O elevador abriu as portas de metal e encheu rapidamente, por tanto Soomin ergueu os braços pedindo colo para o pai, uma mulher madura e cabelos esbranquiçados no tom de grisalho ainda próximo do preto, sorriu para a pequena que se encolheu toda se escondendo no pescoço do pai.

─ Ela é linda. Sua filha? - Perguntou curiosamente. ─ Tão pequena.

─ Ah, sim. - Taehyung sorriu gentil e concordou. ─ Soomin ainda vai fazer dois anos.

─ Parece ser tão novo para ser pai. E a mãe?

Antes mesmo de processar as palavras adequadamente, seu corpo retesou e o sorriso vacilou, faltavam apenas dois andares até o de Jungkook.

─ Não está conosco. - Optou pela melhor resposta, mas a mulher não pareceu satisfeita com a resposta. ─ Infelizmente, faleceu alguns dias após o parto, em um acidente de carro. - Explicou brevemente.