012

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Thomas estava quieto desde o café da manhã, na verdade, Lucius notou que o filho andava um pouco estranho há dias, e naquela manhã não foi diferente. Como não iria para o trabalho naquele dia, o homem ficou parado na entrada da cozinha, o observando. Thomas permaneceu deitado no sofá, olhando para o teto e sequer percebeu a chegada de seu pai até que ele sentou ao seu lado.

— E aí, cara... – o loiro sorriu e então ergueu o corpo. — O que tá pegando?

Lucius era um tipo de super-pai e super-amigo, estava sempre presente e disposto a ajudar independente dos problemas que tivessem; seus filhos sabiam que sempre teriam o apoio dele, sexualidade ou qualquer outro assunto considerado "tabu" em inúmeras famílias ao redor do mundo, aquilo não incluía os Malfoy. Ele era o pai que todos brigariam para ter.

Thomas poderia se considerar bissexual por já ter flertado com alguns caras na faculdade, embora só tivesse namorado garotas, e nunca negava que namorar um cara seria um problema. Já Draco não se rotulava, mas já tinha ficado uma única vez com um antigo vizinho dos Malfoy, quando o loiro tinha doze anos.

— Só estava pensando... – Lucius riu.

— É sinal de que vem problemas por aí. – foi a vez de Tom rir.

— Não seja bobo papai. – ambos sorriram e então o jovem suspirou. — Só achei que meus planos dariam certo. – Lucius negou com a cabeça e riu outra vez.

— O quê que você fez, agora? – ele desdenhou.

— Achei que deixando o Draco e o Harry presos em algum lugar, isso os fariam ser amigos então sabotei a aposta de bebida com o Harry e..

— Não acredito! Foi você? – o homem questionou incrédulo — Thomas!

— Eu tinha certeza de que daria certo, pai. – ele fez uma pausa — Três semanas ao menos serviriam para que eles ao menos, se falassem..

— E deu certo?

— Óbvio que não. Há dois dias não consigo falar com eles e aparentemente o pessoal também não recebeu mensagem alguma. Ninguém atende as ligações ou respondem as minhas mensagens.. Eles devem estar mortos.. – o loiro disse rindo de sua piada amarga.

— De prazer. – Tom franziu o cenho mas ao notar o sorriso malicioso de seu pai, o loiro tapou a boca, ocultando um riso alto e incontrolável. Ele era uma cópia de seu pai e tinha clara noção em determinadas situações como aquelas. Lucius fazia o tipo que coloca medo em qualquer um pela cara fechada, mas depois de conhecê-lo melhor, era impossível não se dar bem, ou não gostar dele. — Que foi? Com essa idade e você acha mesmo que eles estão sem se falar há quase uma semana?! Por favor, Thomas, achei que fosse mais esperto.. – o patriarca disse rindo e seu filho acompanhou.

— Acho que dessa vez você exagerou, pai. Essa imaginação combina mais com a Pansy. – Thomas disse rindo.

— Não é coisa da minha cabeça, até a sua mãe acha isso...

Por alguns minutos, Thomas realmente pareceu alinhar alguns pontos com tudo o que vinha acontecendo e ficou pensativo antes de olhar novamente para seu pai.

— Será que eles dariam um casal sadio? – Lucius riu balançando a cabeça e apertou o ombro de seu filho por alguns instantes.

— Ninguém tem tanta raiva de outro alguém sem motivos, que não oculte um amor por detrás, ou pelo menos, tesão acumulado. – Tom riu — Eu sei que a implicância do Draco com o Harry é antiga e muito patética, mas, vá por mim, essa volta pra casa deles dois ainda vai dar o que falar.

— E o anel misterioso? -Lucius franziu o cenho.

— Que anel?

— Ah, esqueci que não te falei. O Draco disse que eles acordaram com um anel nos dedos que não sai por nada. – Lucius ergueu uma sobrancelha — O Draco gritou furiosos dizendo que eu usei uma super cola e me ameaçou. - Lucius riu. — A Mione e a Pansy foram tentar achar solução pra essa história, mas... Tá tudo uma loucura. – o filho bufou — Parece que a mulher colocou algum tipo de macumba nos anéis.

MARRY YOU - 𝙳𝚛𝚊𝚛𝚛𝚢Onde histórias criam vida. Descubra agora