Correndo contra o tempo | Jjk + Pjm

O castelo do Mestre

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⠀⠀⠀⠀Era ele, ao mirar as costas largas de quem tocava o piano pude ter a certeza de que era o mestre, a música era animada como umas boas vindas, aviões voavam por todo o cômodo, me assustei quando o avião que até então estava em meu colo, simplesmente saiu voando novamente, alguns bonecos mecânicos dançavam em união em cima de cômodas e prateleiras, as gêmeas me empurravam para ainda mais adentro e ao olhar para cima, havia duas escadas em cada canto levando para os andares superiores, elas se cruzavam e seguia infinitamente! Parecia não ter fim, quem via a grande construção de fora não fazia a menor ideia de que por dentro aquilo era ainda maior, como se isso fosse possível. Ennie e Annie formavam um coral junto a enorme bagunça - e união - de todos ali presentes.

— Olhe para nós! Nesse terrível...

— Maravilhoso!

— Castelo! — Ambas cantaram juntas.

— O céus! O mestre! Sim o nosso mestre, sempre fazendo tudo por nós.

— O impecável!

— Indestrutível!

— Nosso mestre, sempre incrível...

E foi quando percebi que não era ele quem estava tocando aquele piano. Em um lugar mais alto onde se encontrava o instrumento ele se virou, rodopiando com leveza e cruzando suas pernas, o piano revelou seus braços de metal com luvas em lugar de suas mãos. O homem comandava o coral com sua bengala, seu sorriso de orelha a orelha revelava seus dentes de coelho, seu olhar encontrou com o meu e foi quando todos os pelos de meu corpo se arrepiaram instantaneamente.

— Sim! Sou eu!

— Nosso mestre!

— Oh... Nosso mestre!

— Ele poderá te ajudar! Sim, em qualquer situação, independente do problema, nosso mestre tão incrível! Sim o nosso mestre incrível!

O tom mais grosso da voz do homem ecoou por todo o cômodo, as pequenas gêmeas se balançavam de um lado para o outro cruzando seus joelhos em uma perfeita união.

O homem se levantou, com seu blazer vermelho do tamanho certo em seu corpo com detalhes pretos, sua calça social que caía perfeitamente em suas pernas em uma estampa de coelhos - um pouco engraçado - e seus sapatos brilhosos, daria para me ver com perfeição diante de um sapato tão limpo, seu chapéu habitava um óculos a frente com algumas geringonças estranhas e um pouco grosso demais. Com sua bengala ele veio até mim.

— Qual seu problema minha criança? Por quê tão perdido?

E então todos os olhares foram direcionados a mim.

— Eu achei um relógio.

— Oh um relógio! — As gêmeas formavam o coral.

— E então eu coloquei as pilhas nele para funcionar.

— Aliás nenhum relógio funcionaria sem suas devidas pilhas, não é mesmo anjo?

E então risadas foram soltas ao fundo, todos me olhando com atenção.

— E então eu vim parar aqui! Esse lugar é completamente diferente da minha casa, vocês são completamente diferentes. — Me levantei da cadeira. — Até você! — Apontei para taehyung, o platinado. — Era para você ser o meu vizinho, e não para estar aqui, eu não entendo nada!

— Você não bateu sua cabeça, bateu? — E então Taehyung finalmente abriu sua boca depois de um tempo.

Harley procurou novamente por alguma ferida, mas nada achou.