— Aí será que tá dando certo? Isso tem que dar certo ou nós quatro acabamos de assinar nossa sentença de morte! — Roberto andava de um lado para o outro na sala de Marcelo, deixando todos doidos e fazendo com que Lorena ficasse ainda mais aflita.
— Calma. Oh, não ouvimos nenhuma gritaria ainda, barulho de vidro quebrando. Elas ainda não tentaram arrombar a porta e nem jogar uma a outra pela janela, isso definitivamente é um bom sinal... não é? — Alice tentava ser positiva. Todos ali sabiam da grande tensão que surgia sempre que Carmem e Paula estavam no mesmo ambiente, e eles sabiam que, uma hora ou outra, as duas acabariam atracadas em cima da mesa da Terrare. Bastava apenas saber se estariam tentando se matar ou se ma... quer dizer, amar.
— Sejamos positivo, vai dar tudo certo. Tem que dar tudo certo — Marcelo sussurra a última parte para si mesmo, já não confiando tanto em seu próprio plano. No final das contas, estava com medo de que Paula e Carmem se juntassem para os demitir. Mal sabiam eles o que realmente acontecia a alguns metros de distância, na sala da presidência.
⁂⁂⁂
Paula se encontrava quase sentada sobre a mesa de seu escritório. Sua mãos estavam apoiadas nos ombros de Carmem, enquanto a loira reunia entre seus dedos os cabelos da nuca da mais baixa, segurando-os firme o suficiente para aprofundar cada fez mais o beijo que, naquele momento, se encontrava em um ritmo frenético, como se as duas mulheres estivessem tentando recuperar o tempo perdido. Não demora muito e os lábios de Carmem descem para o pescoço da Terrare, deixando alguns beijos e chupões pelo caminho. Mas é ao morder levemente o lóbulo da orelha da Terrare que consegue arrancar um gemido da outra. No entanto, tal som parece ter despertado Paula do transe que ela, até então, se encontrava e num rompante a goiânia empurra a platinada para longe de si, encerrando o beijo.
— O que houve, coração?
— Isso... isso... não devia...
— Não se atreva a terminar essa frase! Você parecia muito satisfeita a 5 segundos atrás quando tava gemendo pra mim.
— PARA CASCACU! Não começa com isso de novo.
— Não começa você, mein schatz, com isso de tentar fugir do que está acontecendo. Não da pra fugir a vida inteira do que se sente, Paulinha. Acredite, eu tentei.
— Sabe que se você não fosse uma cobra ardilosa eu até abria meu coração.
— Eu abri meu coração pra você — Carmem se aproxima novamente, abraçando a cintura de Paula e dando um beijo em seu pescoço, mas a Terrare logo a impura novamente.
— Você sabotou os meus produtos, você acabou com meu casamento, você roubou a minha campanha.
— No amor e na guerra vale tudo.
— Por isso que nós somos um time contra.
— Eu odeio essas suas metáforas fotibolisticas. Você não merece o meu amor — Carmem pega sua bolsa e se encaminha até a porta. Havia entendido o recado, Paula não queria nada consigo. Não iria continuar se humilhando por alguém que não fazia a menor questão do seu amor. Mas, quando pois sua mão na maçaneta percebeu que não seria tão fácil se livrar dessa situação — Scheiße! Esqueci que os 4 patetas nos trancaram aqui — joga a bolsa sobre a cadeira de novo e passa as mãos no cabelo em uma tentativa de se acalmar. Quando olha para Paula a mesma está rindo consigo mesma — O que foi? Tá rindo do que?
— Você realmente acredita que me ama?
— Paulinha, a única que não acredita ainda que eu te amo é você. Até o idiota do Neném entendeu isso mais rápido do que você quando estava no seu corpo, e usou isso muito bem para me passar a perna junto com a desnaturada da Leona.
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Operação Cupido
FanfictionCansados de todas as brigas, chantagens, mudanças no cargo de presidente da empresa Terrare-Wöllinger e da evidente tensão sexual entre Carmem e Paula, os três patetas (Alice, Roberto e Lorena) sob a liderança de Marcelo, bolam um plano para juntar...