A armadura de Pégaso

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Aurion levantou-se de seu acento e então começou a falar:
- Seiya, discípulo de Marin de Águia, parabéns, você provou ser um guerreiro astuto e um verdadeiro cavaleiro de Athena no momento em que queimou seu cosmo fazendo a aura de Pégaso aparecer à suas costas. Hoje eu o premio com a armadura de bronze de Pégaso, a prova de que agora é um cavaleiro.
E os ajudantes do Mestre do Santuário trouxeram a caixa de pandora, como era chamada as urnas que guardavam as armaduras. Aioria observava tudo em silêncio.
- Esta é a chamada Caixa de Pandora. Você só deve abri-la quando estiver realmente necessitando dela, nunca a abra para fins individuais ou ambiciosos, ou o pior pode acontecer, se você for merecedor, luz surgirá ao invés de trevas, e assim trajarás a armadura. Parabéns novamente, jovem Seiya, Seiya de Pégaso!
Aquelas palavras deixaram Seiya feliz. Ele retornou ao seu pequeno casebre levando consigo a urna da sua armadura ao lado de Marin.
- Marin você viu só. Eu queimei tanto meu cosmo que impressionei até o Mestre do Santuário! E o meu novo golpe, você gostou ?
- Seiya você me surpreendeu, mas...
- Mas ? Mas o quê ? O que foi ?
- É a Shaina.
- Shaina, a mestra do Cassius ? O que tem ela ?
- Ela não irá deixar você escapar dessa facilmente. Eu a conheço bem. Você humilhou o pupilo dela. Cassius não podia queimar o cosmo como a gente, ele apenas concentrava-o em uma parte do corpo, ela sentia vergonha de ter um pupilo tão miserável assim, por isso o treinou arduamente sua força e resistência, mas isso não pode deter o seu poder, o seu cosmo é gigantesco Seiya, e o fato de você ter conquistado a armadura de Pégaso a deixa ainda mais furiosa. Ela o perseguirá para tentar mata-lo e tomar a armadura de você. Por isso precisamos partir está noite.
- Mas eu só iria partir amanhã. Sabia que é muito escuro a entrada do Santuário a noite ?
- Ou você parte agora ou você enfrenta a fúria de uma amazona de prata e seus capangas, o que acha ?
- Justo agora que eu dar uma espiadinha na minha armadura... - resmungos Seiya bem baixinho, mas Marin ouviu.
- Sabe muito bem que não pode abrir a urna da armadura a não ser que esteja em perigo ou esteja realmente precisando dela.
- Ok, ok, vamos logo então.
Marin e Seiya então partem pela região montanhosa onde não se encontra ninguém para chegarem aos portões do Santuário, mas Shaina e seus capangas, cavaleiros de classe D, já os perseguiam.
- Dividen-se seu idiotas, eu quero aquele pirralho morto, vocês me ouviram ? - ordenava Shaina a seus homens.
Seiya e Marin já estavam perto do caminho que levava aos portões, na colina, quando Shaina os encontrou.
- Te achei... Agora poderei vingar meu pupilo e pegar o que é dele por direito. - Disse Shaina num tom arrogante.
- Você quis dizer que meu por direito, a armadura pertence a mim, Seiya, e você não vai levá-la, além do mas, são dois contra uma, você não vencerá! - Disse Seiya confiante.
- Se é isso, então porque sua mestra está sentada ?
Seiya olha pra trás e vê Marin sentada num rochedo. - Marin, você não vai enfrentar a Shaina ?
- Não. Eu não devo nada a ela. Essa batalha é sua Seiya. Se quiser partir e voltar ao Japão para reencontrar sua irmã, o que é o seu sonho desde o dia que você chegou aqui, terá de derrota-la!
Foi quando Shaina saltou em direção a Seiya, atacando com suas unhas que mais pareciam garras, das quais saíam feixes de raios que atingiram Seiya, arremessando-o na beira de um penhasco, e fazendo a urna da armadura que ele carregava nas costas cair num precipício. Seiya levantou-se e rapidamente queimou seu cosmo para ataca-la com os seus meteoros, mas Shaina era bem mais rápida, ela contra-atacou velozmente.
- GARRAS DO TROVÃO! - Um raio arroxeado começou a trovejar das garras de Shaina atingindo Seiya e o lançando no precipício.
- Aaaah, ela é muito forte e muito rápida! Não posso contra ela. Então... é assim tudo irá acabar aqui.
É o momento em que Seiya olha pro lado e nota a urna da armadura de Pégaso. - A armadura, essa é a única chance que tenho. - Seiya então abre a urna e uma forte luz branca o ofusca. Logo surge a armadura na forma de um Pégaso, Seiya a toca, e como se fosse um imã, ela se atrai ao corpo de Seiya o revestindo. Agora Seiya emanava um cosmo poderoso, vestido em sua armadura, cujo elmo possuía a face abstrata de Pégaso enquanto suas asas se escondiam na parte de trás da couraça, punhos, braços, pés, pernas, cintura, ombros, estavam todos protegidos.
Enquanto isso Shaina estava surpresa.
- Esse cosmo poderoso, não acredito que esse pirralho está emanando um cosmo desses. Será que ele está vestido na armadura de Pégaso ?
- O que você acha ? - Falou Seiya enquanto golpeava Shaina em seu estômago em uma velocidade que chegou a se igualar a dela.
Shaina se esquivou para longe, e Seiya atacou novamente com um ataque a distância que fez destruir umas da ombreiras que Shaina usava.
- Vejo que conseguiu um poder impressionante, mas eu sou uma amazona de prata. Você não me vencerá facilmente, aliás, nunca me vencerá! - Shaina parte pra cima se Seiya, o atacando com seu cosmo elétrico mais uma vez o lançando num rochedo.
Shaina continua sua sequência de ataques.
- GARRAS DO TROVÃO!
- Haaaaaaaa. - Seiya gritava de dor enquanto sofria os múltiplos ataques velozes e destrutivos de Shaina.
- Agora para terminar, PRESA DA SERPENTE TROVEJANTE! - Logo uma serpente feita pelo cosmo elétrico de Shaina saiu de seu punho, mordendo quase todo o corpo de Seiya e criando uma explosão elétrica. Seiya desaba no chão. Nesse momento os capangas de Shaina chegam no local, e vendo Seiya caído começam a chuta-lo e espanca-lo.
- Está vendo a fraqueza de seu aprendiz Marin ? Isso que acontece com os fracos!
Seiya permanecia no chão, seu corpo estaca paralisado, e ele sentia que sua armadura estava pesada. Então lembrou-se do que Marin o falara certa vez quando ela explicava dos cavaleiros. - " a armadura dos cavaleiros possuem consciência própria, e emanam cosmo também, mas esse cosmo só pode ser utilizado se o seu usuário queimar o seu cosmo também, caso isso não ocorra, a armadura não passará de uma simples proteção pesada, a armadura sempre escolhe o seu usuário, então seja merecedor de sua armadura quando a obter." - Seiya então começou a queimar seu cosmo, um dos capangas de Shaina foi toca-lo no ombro, mas logo sentiu sua mão queimar.
- Aaaa, o que esse garoto tem ?
- É melhor tomar cuidado ele está emanando cosmo.
Disseram os homens.
- Vocês nunca sentiram a verdadeira essência do cosmo não é ? - falava Seiya para eles enquanto preparava o seu ataque.- Eu mostrarei a vocês então, e você Shaina, eu irei vencê-la e pro carro que não sou fraco.
- Então mostre agora que pode me vencer seu pirralho imbecil, haaaaa, PRESA DA SERPENTE TROVEJANTE!
- Me dê sua força Pégaso, haaaaa, METEOROS DE PÉGASO!
E os meteoros de Seiya rasgaram por entre os capangas de Shaina acabando com todos eles e por fim os dois ataques se chocaram. Seiya enfim queimou seu cosmo fazendo seus meteoros atingirem Shaina e quebrando sua máscara.
Shaina levantou-se e percebeu que Seiya tinha visto seu rosto com um fio de sangue saindo de sua testa. Ela estava indignada com sua derrota.
- Ora, ora, ora, com a máscara você era o diabo em pessoa mas sem ela nem tanto. - Disse Seiya tirando um sarro de sua oponente.
- Seiya você me venceu hoje, mas só quero que saiba que dá próxima vez que nos encontrarmos eu não pegarei leve, estarei usando minha armadura, e então você se arrependerá de ter visto meu rosto, agora suma da minha frente!
Seiya deixa sua inimiga para trás e continua seguindo até o grande portão junto com Marin que estava orgulhosa de seu pupilo. Enfim chegaram ao portão.
- É aqui que nos despedimos Seiya de Pégaso. - Disse Marin.
- Dez anos eu passei ao seu lado Marin, treinando e aprendendo várias coisas, você me lembra muito minha irmã, eu prometo que irei encontra-la e um dia vocês duas se conhecerão. Até lá, fique bem e em paz. - respondeu Seiya acenando pra sua mestra e atravessando o grande portão enquanto Marin aparentava sorrir por baixo de sua máscara.

Saint Seiya-Versão recriadaOnde histórias criam vida. Descubra agora