Consequências

Consequências - 02

Consequências -02

Decepção: Sentimento de tristeza, descontentamento ou frustração pela ocorrência de fato inesperado, que representa um mal; desilusão, desapontamento.
Essa era a definição de Maria, decepcionada com a vida, com Estevão com tudo à sua volta. Aliás, uma vez mais

# Apartamento#

- Maria, você não sair para a empresa hoje? – perguntou Vivian.
- Não! – responde de forma seca
- Maria...  – se senta ao seu lado – Não quero vê-la triste – a abraça.
- Fica tranquila, esse gostinho, ninguém daquela casa terá, nem dá empresa. – responde.
A dor que aquela traição causou, sim, para ela, aquilo foi uma traição, não a ela de fato, mas a memória, que aquele lugar representava. Mas, como ela mesmo sempre disse, ela é como uma fênix, sempre ressurge das cinzas, não iria se abater facilmente, muito menos baixar a cabeça, para os seus inimigos. O único sentimento naquele momento, era de vingança e ela, sabia como atingir Estevão, era iria atingir no seu ego, onde mais doía.
Na mesma semana, Maria não apareceu na empresa. Ela investiu seu tempo nela mesmo, cuidando de suas roupas e cabelo. Praticamente deu uma repaginada em seu visual. Ela queria voltar triunfal, mostrar o quanto é forte é superior a tudo e a todos. Ela escolheu voltar exatamente no dia que sabia da reunião de sócios e acionistas.

#Empresa San Roman#

- Senhora Maria, bom dia! – cumprimenta Lupita, a admirando
- Bom dia! – responde – Pode pedir que Alma que venha a minha sala, preciso ficar a par de toda a situação, durante a minha ausência – pede ela.
- Irei chamá-la. Algo mais? – perguntou.
- Não, obrigada. – agradece e segue para sua sala.
- A Maria esteve aqui? – perguntou Leonel.
- Como você sabe? – indagou Lupita, quase não pode disfarçar seus ciúmes.
- Seu perfume... – suspira – É inconfundível – responde, sem reparar na expressão de Lupita, que naquele momento, só queria um lugar para se enterrar – Me de licença. – pede se afastando
- Calma Lupita, você tem que se controlar mais! – pede Alma, se aproximando.
- Eu não consigo – responde segurando o choro – Viu, até o perfume dela, ele reconhece, que ódio – diz com raiva.
- Eu vou até a sala dela. – avisa pegando sua agenda.

#Sala de Maria#

- Posso entrar? – pergunta com a porta entre aberta.
- Claro, passe! – responde.
- Bom dia! Como você está? – perguntou se sentando.
- Bem, obrigada! – responde, enquanto ajeita algumas coisas em sua mesa.
- Eu lamento muito sobre você é o Estevão. – comenta, meio sem graça.
- Não precisa lamentar nada. – sorri – Eu não lamento! – responde de forma seca.
- Senhora Maria, posso entrar? – perguntou abrindo a porta.
- Claro Alma, eu que pedi a sua presença. – responde – Leonel, me desculpe, eu preciso ver umas coisas com a Alma, nos encontramos na sala de reunião. – explica.
- Tudo bem Maria, conversamos demais. – concorda se levantando e saindo.
...

#Sala de reuniões#

- Perdão, me atrasei um pouco. – pede Maria, entrando na sala.
Todos olhavam para Maria, com admiração e até com um certo desejo. Estevão, não consegue formular uma frase, ele estava encantado com o tanto que Maria, estava bem, bonita.
- Perdão, peguei um trânsito terrível. – pede Geraldo, entrando na sala de reuniões – Maria, que prazer revê-la! – a cumprimenta – Você está mais linda, se é possível. – beija seu rosto é suspira, ao sentir seu perfume.
- Obrigada! – agradece um pouco constrangida – Se sente ao meu lado. – pede apontando para cadeira do lado direito.
- Sério, que prazer revê-la. – beija sua mão – Almoça comigo? – a convida.
- Claro, com muito prazer – concorda.
- Desculpe atrapalhar o bom papo de ambos, mas temos uma reunião para dar seguimento. – interrompe Estevão, visivelmente irritado.
- Claro! – concorda Geraldo, olhando para Maria e sorrindo.
...

#Restaurante#

- Fico feliz que tenha aceitado almoçar comigo. – diz, enquanto puxa a cadeira, para a mesma se sentar.
- Eu estive ausente da empresa na semana passada, precisava de um tempo para mim. – explica
- Passou algo? – pergunta preocupado.
- Se você veio a empresa semana passada, já sabe o que passou? – sorri – Eu fui o comentário de todos, eu tenho certeza – diz de forma fria.

- Perdão, não queria ser inconveniente. – se lamenta.
- Não se preocupe, você é um ótimo amigo! – diz pousando a sua mão, sobre a dele.
- Não pensei que vocês fossem se separar, quando soube, fiquei muito surpreso. – confessa ele.
- Nem eu. – sorri sem graça.
- Vinho? – pergunta olhando o cardápio.
- Suave. – responde, enquanto tira seu celular da bolsa.
- Dois vinhos suaves é o prato da casa. – pede ao garçom, que tinha se aproximado.
- A comida daqui é maravilhosa! – comenta, enquanto observa seu celular.
- Muitas mensagens? —  perguntou curioso, olhando para o celular. – Quanto ao restaurante, desde a primeira vez que você me trouxe aqui, se tornou meu favorito! – confessa a admirando.
- Nada muito importe. Fico feliz que tenha gostado, a comida daqui é dos deuses. – responde.
- Maria, perdoe a minha falta de tato, mas como serão as coisas daqui pra frente? – indagou.
- Como sempre foi Geraldo. O Estevão, cuidando da vida dele, eu da minha e juntos, cuidaremos dos nossos filhos é a empresa, afinal, é o que temos em comum. – responde.
- Você é uma mulher fantástica! – a elogia
- Não. Sou uma mulher como outra qualquer. – o corrige.
- Saúde, a nós dois. – brindam.
- A nós! – concorda celebrando ao momento.
...

#Empresa San Roman#

Sala de Estevão
— Maria acha que me afeta. – sorri – Uma hora, ela cairá do cavalo, vai se dar conta que não viverá sem mim, vai me implorar para voltar. – diz, enquanto bebe um copo de conhaque, quando Bruno, entra em sua sala.
- É meu amigo, a mulher mal separou é já tem outro! – comenta, enquanto se serve do mesmo conhaque que Estevão.
- Não fale bobagem. – repreende – Maria e Geraldo, sempre foram amigos! – completa Estevão
- Amigos? Com tantas trocas de carinhos e sorrisos. – comenta com deboche.
- Bruno, por que você não vai cuidar da sua vida?  Você ganhará bem mais. – diz abrindo a porta – Por favor, tenho muitas coisas para fazer – aponta para saída.
- O nome dessa braveza toda, é ciúmes! – zomba Bruno, saindo da sala.