Dont play with my mind.

Psiquiatria

Will andou rapidamente até a seu quarto, o dia tinha sido cansativo e angustiante, a breve menção de psiquiatria tinha feito com que o resto da sua manhã fosse terrível, saber que ainda teria que se encontrar com Lecter outra vez, fora a chance de ver o médico no trabalho, já o deixou com um péssimo humor.

Ele tinha plena noção de que devia ter sido extremamente rude com o homem, e sinceramente grande parte dele não ligava, ele era um estranho, e psiquiatra. É claro também havia algo no homem que o atraia de um jeito diferente, do tipo 'eu sou perigoso mas, ei, vem cá', o empata sabia que se ele tivesse olhado o homem nos olhos ele não teria esses questionamentos, mas ele também podia ter pesadelos, afinal ele nunca sabe o que vai encontrar.

Seus devaneios são interrompidos pelo som do seu telefone tocando, o nome Jack brilhando fortemente na tela, sendo quase impossível não soltar um suspiro antes de atender o telefone.

"O que foi Jack?" questionou o agente cansado.

"Um corpo de outra garota foi encontrado, acho que é o nosso cara."

"Estou a caminho"

[...]

O corpo da garota tinha sido posicionado perfeitamente no chifre do cervo, a equipe toda estava em volta do corpo e as pessoas ao seu redor estava deixando tudo ainda pior, fora é claro o sol quente que estava naquele dia, Beverly analisava o corpo atentamente soltando comentários uma vez o outra, sendo uma das únicas pessoas que não era um incômodo.

Jack parecia profundamente decidido de que tinha sido o mesmo assassino das ultimas 8 meninas, mas havia algo ali,diferente, mais organizado e ao mesmo tempo bagunçado, agressivo e feroz, e acima de tudo, lindo, algo que carregava tanta destreza e ainda assim uma personalidade inconfundível, era tão claro que a mente desse assassino era outra, e fazia tanto tempo desde que vira um obra como aquela, ele teve que segurar um suspiro.

"Seja lá quem colocou Elise Nichols de volta na cama não criou esse cenário" O agente fez parecer que ele estava o mais instável possível, o que, em fato não era muito difícil, as vezes Will se perdia na própria imensidão que entrar na cabeça dos outros causava o deixando tão mal por um período de tempo nada saudável.

"... tirou os pulmões, enquanto ela estava viva ..." a voz do agente forense fez ele despertar por um segundo.

"Nosso canibal ama mulheres, ele não quer destruir ele quer consumir, esse assassino achava que ela era um porco, algo sujo." As memória e pensamentos da mente do assassino que Will teve que entrar quando encontrou Elise voltam, o que ele teria pensado? Ele certamente estaria horrorizado, afinal o lance dele não era honrar?

"Então é um imitador?" foi difícil não ter um espasmo de ódio ao ouvir a voz de Jack, o homem simplesmente o irritava.

"O nosso assassino tem uma filha, mesma idade, mesmo tudo, mesma cor de cabelo, olhos, altura e peso das garotas que ele matou, é sua única filha, está saindo de casa, ele não aguenta a dor de perder ela, ela é o bilhete premiado."

"Certo, e o imitador?" questionou Jack novamente.

"Um psicopata inteligente, sádico, difícil de pegar, mata sem razão, não tem padrão, ele pode nunca matar assim de novo." mas, oh como ele fez um bom trabalho. O simples fato de que a arte daquele ser não era apreciada como deveria quase o irritou. "Dr Lecter não elaborou um perfil psicológico? Você se impressiona muito com a opinião dele Jack." Se ele estava irritado por que Jack pediu um psiquiatra para ele, se era por causa do Sol infernal, a equipe forense que era irritante de uma forma extrema ou se era por simplesmente ser instável ele não sabia, mas, seja o que for deve funcionar, certo?