Fecho meus olhos e respiro bem fundo.
A escuridão profunda como o vácuo no infinito
De infinitas possibilidades.De alguma forma sem explicação exata,
uma explosão em segundos dá início a uma eternidade sem conclusão.Fecho meus olhos e não vejo o obscuro,
Apenas não vejo.O nada não é uma cor,
Nem uma forma,
Ou um indivíduo,
É só nada.Nada que tanto assusta outros
É o raro que me trás serenidade.Nada que bloqueia as minhas vozes dando opiniões opostas e relativas.
Nada que não significa "não pensar em nada",
Mas simplesmente não pensar.
Não pensar em pensar.Transcender até o limite da atmosfera,
Sentir o corpo congelar,
Não de frio,
Apenas falta de calor.Ir além das leis da física,
Despencar em plena falta de gravidadeO vento no rosto e o cheiro de chuva.
Abro meus olhos e inspiro
- ...Dois, três...
- Preciso continuar.