1

10 2 0
                                    

Sete dias, duas horas e trinta e quatro minutos. Ela estava em um bar qualquer, afogando suas lágrimas em copo de cachaça, mas um único pensamento ainda insistia em pendurar em sua mente, Mack, seu melhor amigo, que é sete dias, duas horas e quarenta e um minutos havia desaparecido sem deixar pista alguma. O estranho é que todas a sua volta pareciam agir como se não tivesse acontecido, e pelo que fiquei sabendo, isso não era novidade para ninguém, era normal Mack sumir por vários dias e depois aparecer como se nada tivesse acontecido
-Não pedi isso- ela fala enquanto vê o bartender deixar um short em sua mesa.
-eu sei mas um aquele cara me pediu para te entregar isso, ah, quase esqueci, e isso também- com um tom brincalhão ele fala enquanto entrega um cartão rosa enfeitado com pequenas estrelas roxas
Ela pensou se tratar de outro idiota tentando dar em cima dela, mas manipulando o cartão, reconheceu assinatura de seu remetente, por um momento seu rosto emanava felicidade com um toque de esperança. Ao abrir se deparou com a seguinte mensagem: "20:45 me encontre na esquina de sua casa. Ass: Mack Ramires Lisboa". Ela não podia acreditar, era ele, ele estava vivo.
Às 20:45 ela esperava ansiosamente no beco ao lado de sua casa, o lugar era sujo e mal iluminado, e tinha como seus únicos habitantes baratas, ratos e alguns gatos que se arriscam a se aventurar lá. Ela estava com medo, a cada barulho e seu coração se enchia com um misto de esperança e pavor, cada minuto passava arrastadamente, era agoniante esperar, mas ela se agarrou na ideia de que veria seu melhor amigo.
-Hannah- ecoou uma voz familiar.
-Mack é você?- ela pergunta com euforia- apareça, você não sabe o quão preocupada fiquei, eu passei...- ela parou de falar quando sentiu uma dor horrível em sua cabeça- o que? -  ela tenta falar enquanto sente seus joelhos cederem irem de encontro ao chão.
Ela já não aguentava mais o peso do seu corpo, então se debruça, só conseguia ver a poça de sangue que começará a se formar em sua volta, e ao levantar o olhar, se depara com Mack com o sorriso psicodélico e um taco  ensanguentado nas suas mãos.
-Sabe, não me leve a mal- disse Mack pausadamente- eu tinha que fazer isso, você é pura demais para esse mundo- ele faz uma pausa- e eu preciso disse para E ter piedade da minha.
-Mack eu- essa foi a última coisa que ela disse antes de receber mais uma pancada na sua cabeça.
Semanas depois a polícia encontrou seu corpo, escondido entre o lixo de uma casa qualquer, completamente mutilado. Seu funeral aconteceu dois dias depois o seu corpo foi achado, Mack estava lá, junto de sua família, lamentando a sua morte, pois afinal, ele era seu melhor amigo

contos ( quase) de terror Onde histórias criam vida. Descubra agora