Começo a apressar meus passos, estou atrasado, meu trabalho exige pontualidade, odeio me atrasar.
Chego no prédio, entro em minha sala, bati o ponto.- ah ótimo 8:00 em ponto- falo enquanto olho para meu relógio- bom dia amigos, como está o dia de vocês??. Sem resposta, como todos os dias, ouço apenas os ecos de minha voz, o lugar parecia morto, mas quem pode os culpar são 8 da manhã.
Apressado, pego minha prancheta - vejamos, ah, aqui- falo apontando pra mesma- Anelise Franco- vou até a garota, dou uma olhada breve- bom vamos ver o que posso fazer para te ajudar- levanto o olhar, chegando em seus olhos, eles eram tristes e sem vida- vejo que não está muito animada, não é??- sigo até ela, tocando em suas mãos - vai ficar tudo bem garota, vou te tratar de um jeitinho especial, prometo.
- Isso fique aqui- sinalizo enquanto vejo a mesma obedecer calada. Toco em seu rosto- aqui, certo??- aponto para seu nariz, enquanto ela me olha com a expressão neutra, levo isso como consentimento, então continuo o trabalho
Aquilo não foi difícil,um trabalho de minutos. -devo admitir, em meus anos de profissão vi coisa muito pior, sabe, é raro eu encontrar alguém tão jovem e bonita como você- toco seu rosto suavemente, enquanto me aproximo.
Seus olhos continuaram com a mesma neutralidade, eram bonitos de ver- se a senhorita me permite- me aproximo- acho q nós dois queremos isso, pensa q não percebi o jeito q me olhou quando cheguei aqui??, você está louca por mim, assim com estou por você- não ouve resposta, então tomei liberdade de tomar a iniciativa e a beijar. Era um beijo morto, como se não houvesse sentimentos, seus lábios eram frios como o inverno, mas em momento algum houve o impedimento.
Paro ao ouvir um suspiro de espanto de um dos meus colegas -será que pode nos dar licença- falo a ele. Ouço a porta bater, então soube que poderia continuar - vejamos, onde paramos?.
Os segundos se passavam lentamente, olho no relógio, quase 20:00. Arrumo minhas coisas, bato o ponto. o caminho de volta foi relativamente tranquilo,meu celular não parava de apitar, mas não dei bola para isso, aquela mulher fez meu dia.
Só de pensar nela, aqueles olhos azuis,aquela pele branca, só de lembrar me arrepio. É uma pena que aquela provavelmente será a última vez que a verei, acredito que amanhã ela irá para seu lugar.
Acordo de meus pensamentos quando ouço barulhos de sirene, olho no retrovisor, e lá está, a polícia, engraçado dessa vez eu nem estava acima do limite de velocidade. Encosto o carro, pego meus documentos e espero a chegada do policial. Batidas no vidro,abaixo o mesmo dando espaço para sua fala - saia do carro, com as mão para cima- estranhei, geralmente essa não é a abordagem rotineira- não vai pedir meus documentos, senhor?- ele discorda - sai do carro senhor, não irei repetir - obedeço, tiro meu cinto, destravo o carro, abro a porta e fico frente à frente com o policial. Logo sou virado bruscamente contra o capô, consigo sentir ele me algemando- você está preso, tudo o que disser agora poderá e será usado contra você no tribunal- permaneço estático, não sabia o que estava acontecendo- posso saber o porquê de eu estar sendo preso?- pergunto - necrofilia, o senhor está sendo acusado de cometer necrofilia.
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contos ( quase) de terror
Short Storyoioi, bom, vou postar aqui meus contos que faço em aula cada capítulo é um conto espero que gostem =)