Capitulo 1

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Boa noite meus amores.

Vamos conhecer essa casal? Espero que gostem.😍❤

CECÍLIA MEDEIROS

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CECÍLIA MEDEIROS.


Olho para o dinheiro que a dona Marta acabou de me pagar, referente aos dias trabalhados, e entro em desespero, pois não sei o que vou fazer da minha vida agora que fui demitida.Nesses últimos três meses eu estava começando a colocar nossas contas em dia, fiz um acordo com o Sr. Jeová, dono da casinha em que moro com a minha mãe, ele dividiu os aluguéis atrasados em seis parcelas, então nós pagamos o aluguel do mês mais a parcela, e agora, o que vou fazer? O dinheiro que minha mãe recebe sendo operadora de caixa de um mercado próximo a nossa casa não dá nem para o restante das contas, como água, luz e nossa alimentação, que não é das melhores por falta de condição.

Quando fiz o acordo com o Sr. Jeová, ele me pediu para não atrasar mais o aluguel, pois ele vive dessa renda, e se nós não cumpríssemos com o prazo teríamos que desocupar o imóvel.

Ando pelas ruas de Pinheirinho sem nenhuma vontade de ir para casa e também ver o desespero nos olhos da pessoa que sempre fez tudo por mim, a vida nunca foi muito boa para minha mãe, mas ela nunca mediu esforços para me ver bem, pelo menos da maneira que ela conseguia.

Sempre fomos nós duas, até meus 8 anos de idade, quando ela se casou com um homem que era uma pessoa muito legal e que demonstrava nos amar verdadeiramente. Antes do Luiz eu não sabia o que era ter uma presença paterna na minha vida, a gente não tinha muito, mas éramos felizes, todos os dias Luiz voltava do trabalho com um "presente" para minha mãe e um para mim, coisas bem simples, uma rosa, bala, pirulito, chocolate ou pão de queijo, que é minha paixão, mas um dia ele não voltou para casa, e horas depois minha mãe recebeu uma ligação do chefe dele dizendo que o Luiz tinha sofrido um acidente no trabalho e infelizmente havia falecido. Quando ele se foi eu já tinha 13 anos, sofremos muito, e desde então voltamos a ser somente nós duas.

Após andar muito e meus pés começarem a doer por conta dos tênis que estão um pouco apertados, resolvo sentar no banco de uma praça e descansar antes de seguir minha caminhada até em casa, não tive coragem de gastar mais uma grana com o ônibus, pois vai fazer falta.

Olho para as pessoas que estão aqui e fico me perguntando por que tudo tem que ser tão difícil na minha vida. Casais sorrindo para todos os lados, mães brincando com seus filhos, tudo parece ser tão fácil para essas pessoas, sei que nada é perfeito, mas para mim tudo se intensifica de uma maneira sem explicação.

Fico perdida nos meus pensamentos até que duas moças aparentemente uniformizadas se sentam ao meu lado, tiram de dentro de uma sacola de papel sanduíches e sucos e começam a comer e conversar entre elas. Volto meu olhar para um casal que está fazendo algumas fotos, a fim de não prestar atenção na conversa das duas, porém, quando elas começam a falar do seu trabalho, automaticamente meu foco muda.

Um recomeço para Bernardi - A rendição para o CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora