A manhã havia iniciado de uma maneira agitada naquele dia, Violeta acordou apressada para chegar cedo na fábrica, hoje seria a apresentação do novo gerente de vendas e ela desejava estar lá antes do mesmo chegar. Se despertou mais cedo que o habitual, realizando sua rotina matinal tranquilamente, havia feitos seus exercícios diários, tomado seu café da manhã e antes de ir a fábrica passaria na casa da irmã para recolher alguns novos modelos que foram confeccionados por Heloisa. Ambas as filhas de Afonso trabalhavam na empresa da família, Heloisa com sua paixão por moda e costura ficava responsável por criar alguns modelos com os novos tecidos, pois a fábrica não só produzia como também vendia roupas para algumas lojas que havia parceria. Já Violeta era a que seguia os passos do pai, responsável por administrar as vendas ao lado dele, a filha mais velha era quase uma segunda chefe, sempre muito exigente e dedicada além da ajudar o pai nos negócios, também revendia alguns tecidos quando tinha oportunidade.
O trafico naquele dia estava calmo, o que permitia a mulher a fazer o percurso sem pressa, hoje Heloisa não iria até a fábrica então havia pedido para que Violeta buscasse os modelos para que Afonso avaliasse. Concentrada nos carros em sua frente, a mulher cantarolava a música que tocava no rádio, um costume que tinha desde criança, cantarolar todas as canções que escutava, afinal a música era a sua paixão oculta. Parou no farol aproveitando para avisar a irmã que estava próxima, quando de repente ouviu uma freada seguida de uma batida em seu carro.
Tentando entender o que aconteceu, observou o carro de trás pelo retrovisor antes de sair irritada de dentro do veículo. Tudo que ela não queria estava acontecendo.
- Por acaso o senhor não presta atenção no trânsito - Desceu revoltada indo em direção ao mesmo.
- Se a madame observasse o farol iria ver que já estava aberto - Retrucou enquanto observava a frente do carro.
- Você amassou a traseira do meu carro! Como não me viu parada no farol? - Estava vermelha de raiva.
- Eu estava desviando do carro ao lado, não percebi que a senhorita ainda estava parada no farol verde! - Parou em frente a ela e a encarou bravo.
- Você vai pagar! O erro foi seu e eu não irei pagar esse dano - Notificou irritado.
- Não irei pagar. A senhora que não estava atenta ao farol - Contra argumentou a deixando mais nervosa.
- Porém não foi eu quem bati em ninguém! A única toupeira aqui é você que não prestou atenção nos carros a sua frente - Se aproximou mais dele tentando o intimar.
- Alto lá! Concordo que posso não ter prestado atenção mas esse prejuízo não irei me responsabilizar - Foi firme em sua fala e a observou alcançar o celular dentro do carro, antes de voltar a encara-lo.
- Iremos resolver isso com a polícia então - Começou a discar o número.
- Espera... Podemos resolver isso só entre nós - A interrompeu se aproximando mais.
- Só iremos resolver se você pagar a batida do meu carro - Cruzou os braços em frente ao corpo piscando várias vezes em um claro gesto de irritação.
- Te passo o contato do meu mecânico e problema resolvido. Ele já é meu conhecido e certeza que conseguirá nos ajudar - Sugeriu indo em direção ao carro pegar o celular.
- Não aceito trabalho meia boca, quero verificar se é de confiança.
- Toma meu cartão, me liga e marcamos uma visita para que ele faça a analise do seu veículo - Entregou seu cartão com um sorriso amigável no rosto.
- Espero não me arrepender dessa decisão! - Respirou fundo e pegou o cartão.
- Não sou um homem que revisa o carro em qualquer lugar. Os serviços lá são ótimos - Alfinetou deixando a mulher mais irritada.
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Peças do Destino
Romance{ Essa fic se passa nos dias atuais} Até a onde o destino nos prega peças? Nós mostrando de uma maneira diferente que nada, absolutamente nada, é como planejamos. Violeta Camargo, uma mulher bem sucedida que vive apenas pela fábrica que foi criado...