_ Eu jurava que você iria levar pelo menos uma semana pra tomar uma advertência e me obrigar a vir aqui, no meio do dia. _ Sônia Pérez espreguejou enquanto entrava na sala do diretor. _ Boa tarde.
_ Sra. Pérez, como vai?
_ Péssima. Você, Yolanda Juana García Pérez vai se ver comigo quando chegarmos em casa. _ Olhou seriamente a mais nova, que arregalou os olhos e abriu os braços, confusa.
_ ¡Pero mi madre, yo no hice nada! _ Se defendeu, e a mulher a olhou séria.
_ Se não fizesse nada, não teria me tirado do trabalho no meio do dia. Plaga. _ A menina a olhou com tédio e bufou alto, antes de voltar para o diretor e se ajustar preguiçosamente na cadeira. Sônia foi até ela, e sentou na cadeira ao lado; ao ver a postura da filha deu um tapa em sua perna, e a menina se arrumou.
_ Sra. Pérez, se acalme. Yolanda não fez nada. Dessa vez. _ O diretor respondeu simples, e Sônia franziu as sobrancelhas confusa. _ Na verdade, muito pelo contrário. A senhora foi chamada porquê sua filha foi selecionada para participar do programa de mentes brilhantes. _ Ele sorriu animado para a mais nova, e ela sorriu debochada para a mãe.
_ Como é?
_ A senhora ouviu o Sr. Musbi, mamãe. _ Yolando cruzou as pernas e sorriu para o mais velho.
_ Sim. O programa se baseia em estimular pequenos prodígios. Toda semana levamos os alunos a uma pequena excursão, onde eles se encontram com alunos de outros colégios e debatem todos os tipos de projetos sociais. _ Ele se levantou da cadeira giratória e foi até a frente delas, se encostando na mesa. _ Na aula de sociologia Yolanda mostrou um ponto de vista muito diferente, e por isso o professor encarregado por tudo pediu que eu contatasse a senhora com urgência para saber se ela poderia participar. Eu tentei ligar, mas seu esposo disse que só poderia resolver isso com você.
_ Então ela tá sendo chamada pra ficar com aqueles garotos espertos? Os mimadinhos? _ Sônia perguntou incerta, e Yolando deu um tapa na própria testa.
_ Na verdade, nossa escola não...
_ Deixa, diretor Musbi. É Mamá, é basicamente isso. _ Yolando sorriu nervosa para o homem, e ele apenas concordou com um suspiro.
_ Ela já é arrogante normalmente, se for pra uma turminha de privilegiados... _ Sônia meditou, e a menina a olhou no mesmo instante.
_ Eu não sou arrogante! _ Protestou, e Musbi e Sônia a olharam com certo deboche. _ Apenas estou certa com uma frequência fora do comum, e não aceitou que discordem nisso comigo. As pessoas que são ignorantes demais para mim. _ Cruzou os braços óbvia, e Sônia olhou para o diretor.
_ Viu?
_ Sra. Pérez, entendo que Yolanda não seja lá a descrição de humildade, mas isso é uma chance e tanto. Os alunos desse projeto social ganham pontos e referências para quando forem a faculdade. Seria ótimo para o currículo da Yolanda.
_ Yolanda tem catorze anos. E nem sabemos se ela vai a faculdade. _ A garota girou a cabeça para a mãe com tanta velocidade que não apenas ela, mas os outros dois também, ficaram impressionados que ela não quebrou o pescoço.
_ QUE? Mas mi papá já disse que vou. _ Mentiu, e Sônia estremeceu.
Jamais iria contra a palavra de Juan. Ele era alguém que certamente, não deveria bater de frente. Mesmo que ele ainda estivesse no México, se quisesse, a mataria agora mesmo e só teria que fazer uma ligação. Se Juan García disse, estava dito.
_ Em casa conversamos. E você sequer sabe qual faculdade quer entrar. _ Sônia zombou.
_ Claro que sei! Quero estudar engenharia ambiental no MIT! _ Lana esclareceu, e Sônia revirou os olhos.
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𝙋𝙧𝙤𝙗𝙡𝙚𝙢𝙨 𝘼𝙛𝙡𝙤𝙖𝙩
Fanfiction𝗟𝗔𝗡𝗔 𝗣𝗘𝗥𝗘𝗭 𝗇𝗎𝗇𝖼𝖺 𝖿𝗈𝗂 𝗈 𝖾𝗑𝖾𝗆𝗉𝗅𝗈 𝖽𝖾 𝖿𝗂𝗅𝗁𝖺 𝗉𝖾𝗋𝖿𝖾𝗂𝗍𝖺. 𝗣𝗲𝗹𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮́𝗿𝗶𝗼. 𝖲𝖾𝗆𝗉𝗋𝖾 𝖿𝗈𝗂 𝖼𝗈𝗇𝗌𝗂𝖽𝖾𝗋𝖺𝖽𝖺 𝗎𝗆𝖺 𝖼𝗋𝗂𝖺𝗇𝖼̧𝖺 𝖻𝖾𝗆 𝗉𝗋𝗈𝖻𝗅𝖾𝗆𝖺𝗍𝗂𝖼𝖺, 𝖾 𝗂𝗌𝗌𝗈 𝗉𝗂𝗈𝗋𝗈𝗎 𝖼𝗈�...