Um amor do passado

Capítulo III

Faltavam 2 dias para o baile e como nem Ana e nem Ruby haviam escolhido o vestido, Ana convidou sua filha para ir com ela ao mundo vampiro escolher seus vestidos.
As duas estavam no caminho para a loja mais famosa de todo o mundo vampiro para comprar seus vestidos, quando chegaram na loja, se depararam com Catalina, que olhou de baixo a cima as duas com um olhar de desprezo.

— Olha quem acabo de encontrar aqui, Ana McLaren e Ruby McLaren. - disse Catalina com um olhar de deboche.

— E qual é a surpresa Catalina? - diz Ana, claramente muito incomodada com a presença de Catalina.

— Nada Aninha querida, acontece que achei que os vestidos desta loja não estavam em seu orçamento.

— Olha aqui sua ratazana de esgoto, eu tenho orçamento para isso e muito mais... - Ana gostaria de terminar a sua frase porém Ruby interviu.

— Vamos entrar mãe, essa vampirinha de meia tigela não merece nossa atenção. - diz Ruby puxando Ana pelas mãos, fazendo-a entrar na loja.

Primeiro Ruby foi escolher os vestidos, todos ficaram lindos, mas ela acabou escolhendo um lindo vestido bufante preto com um corpete bordado com lindas rosas vermelhas cor de sangue, a saia do vestido era coberta por um tule preto, levemente cintilante.

— Você ficou perfeita minha morceguinha, perfeita! - disse Ana aparentemente mais animada que Ruby.

— Obrigada mãe, agora é sua vez! Vá escolher seu vestido.

Ana experimentou dois vestidos antes de escolher o que iria usar, o primeiro era cor-de-rosa e um pouco simples, não era bufante ou algo assim, apenas um vestido longo, com leves desenhos de folhas douradas em volta e um tule rosa. Obviamente Ruby sabia que não era vestido para a ocasião, então repreendeu sua mãe dizendo que não era feito para o momento. o segundo era vermelho, mas era bem volumoso ao contrário do outro, tinha bordados pretos de diferentes tipos de flores, junto ao vestido existia um corpete vermelho simples, mas ainda sim, era um vestido muito chamativo. Ruby também não gostou do vestido e disse à  sua mãe que era chamativo demais. E por fim, o terceiro vestido era azul escuro com um corpete praticamente da mesma cor, mas mais escuro, tinha detalhes em preto nele, a saia era bem cheia com algumas estrelinhas pequenas e coberta com um tule, também azul escuro.

— Sim! É esse! O vestido perfeito! - diz Ruby, agora muito animada  com os vestidos.

As duas se dirigiram no caixa para pagar os vestidos e mais adereços que haviam comprado para usar no cabelo e jóias. E como previsto, Ana conseguiu pagar perfeitamente as compras e é óbvio que jogaria isso na cara de Catalina durante o baile.

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Catalina chega em casa e para varear uma das primeiras coisas que faz é ir atrás do marido para contar as novidades e quem viu na rua.

— Uli! Uli! - diz Catalina procurando Ulisses com o olhar

— Olá Catalina, estou aqui. - A mesma olha espantada para Ulisses após se deparar com algo terrível em seu rosto.

— O que é isso Ulisses?! O que é essa coisa horrível em seu rosto?. Não, não precisa me dizer, eu já sei, você inventou óculos escuros para eu não ler seus pensamentos! Que terrível da sua parte Ulisses. - diz Catalina começando a chorar, o barulho que ela faz quando começa a chorar é insuportável para Ulisses, é um barulho irritante e perturbador, parecem vários morcegos farfalhando.

— Eu diria que foi a coisa mais útil que já inventei!

Catalina começa a chorar mais ainda, fazendo aquele barulho insuportável ficar mais alto e forte.

— Mas, não é sobre isso que quero falar Ulisses. - diz Catalina, ainda chorando, mas mais calma. — Eu vi Ana e Ruby McLaren na rua hoje.

— E daí? De certo as duas estavam comprando as coisas para o baile.

— Sim, e você está muito feliz com isso, não é? Está feliz por ver Ana no baile.

— Ah, bem, a idéia de ver Ana me agrada, mas não é assim como você está pensando.

— Quem lê pensamentos aqui sou eu Ulisses, eu! - disse Catalina, parando de chorar.

— Está bem Catalina, mas agora vou né retirar porque eu estou cansado e preciso descansar. - diz Ulisses saindo da sala e indo em direção ao seu quarto.

  Eu definitivamente, odeio Ana McLaren e não vou deixar que ela roube meu marido! Catalina estava pensando em como odiava Ana quando sua filha entrou na sala.

— Mãe, eu quero ver meu vestido. - diz Kiera curiosa com o conteúdo de duas compridas caixas que estavam em cima do sofá.

— Ah sim, escolhi um que é a sua cara! - Catalina não parecia tão animada quanto deveria estar mas pegou a caixa do vestidos de sua filha.

Kiera abriu a caixa com muita espectativa, a primeira impressão que teve do vestido era ruim, mas quando experimentou acabou amando. Ele era roxo, não muito cheio, tinha detalhes prateados e um tule lindíssimo que tinha leves partículas de brilho.

— Ele é expendido mãe! Muito obrigada. - disse Kiera olhando seu reflexo no vampiespelho, maravilhada com o vestido.

— De nada minha morceguinha linda!

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Ana estava sozinha em seu caixão escrevendo um de seus textos.
Essa dor de tê-lo tão longe é inexplicável, sinto tanto sua falta, seus carinhos, beijos e de seu amor. Mas agora isso não importa, ele já está comprometido e eu também, não posso sentir sua falta, não posso querer tudo de volta, só iria me machucar, agora o que me resta e viver toda a eternidade sem o meu maior amor.
Ana escrevia o que sentia, aparentemente não era muito romântica mas seus sentimentos eram intensos e verdadeiros.
Ana estava focada em seu texto quando ouviu a porta de seu quarto abrir, logo guardou seu caderno e caneta, não que ela tivesse medo de alguém descobrir seus textos e seus sentimentos, ela já tinha desculpas para isso.

— Mamãe, o que faz aqui? - perguntou Ana depois de descobrir quem era a pessoa que entrou em seu quarto.

— Eu queria te pedir uma coisa filha, eu...eu gostaria que fossemos mais que mãe e filha, gostaria que fossemos amigas. - disse María, e não parecia que estava mentindo pois também não tinha amigas, como Ana.

—  Bom, primeiro senhora María McLaren, aprenda a bater na porta antes de entrar, segundo... Sim! Adoraria ter alguma amiga com quem posso compartilhar meus sentimentos, e quem melhor que minha mãe? - disse Ana, feliz com o pedido da mãe.

Agora Ana e María eram amigas e sentiam que iria ser ótimo para as duas.

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Nota da autora:
Oioi gentee, como vocês estão? Espero que tenham gostado do capítulo :)