Leito de Morte

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— Faz tanto tempo, mas eu ainda me recordo daqueles dias, onde nós costumavamos brincar no riacho por horas e horas. Sentir aquele vento leve batendo em nossos rostos, ver o verde e o azul da terra e dos céus, oh meu Deus era tão lindo! — Disse o velho em seu leito de morte ao neto.

— Lembro-me também que passávamos horas e horas deitados na grama à noite, contando as estrelas. Quero que se lembre somente de uma coisa, não tema o futuro, mas faça com que o presente seja tão bom, que no futuro poderá colher bons frutos.  — Falou.

— Minha geração teve essa oportunidade, mas não à fez. Preferiu o ódio ao amor, a tristeza a alegria, o rancor ao perdão. Não deixe que os sentimentos ruins, tomem as rédeas da sua vida, você me entendeu? — Perguntou o velho.

— S-sim, entendi! — Respondeu alto o garoto mergulhado nas lágrimas. 

— Ótimo, então, acho que já posso ir. Estarei sempre observando thomas. Cuide-se.  — Falou o velho homem, derramando em seu rosto sua última lágrima.

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