"O encontrei no verão, ainda que tenha passado um verão inteiro sem procurar por isso, mas agora já não basta a fragilidade de uma única estação. E me pergunto se ele pensará em mim no outono. Se virá a mim no inverno. Se celebrará, ao meu lado, a p...
We never painted by the numbers, baby But we were making it count You know, the greatest loves of all time are over now I guess you never know, never know And it's another day waking up alone But we were something, don't you think so? Roaring twenties, tossing pennies in the pool And if my wishes came true It would've been you In my defense, I have none For digging up the grave another time But it would've been fun If you would've been the one
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu gosto do azul do céu de Wintry. Gosto quando, em dias frios, o pôr do sol dá ao céu uma tonalidade rosa, que se mescla de maneira cálida ao imponente tom frio que ocupava o céu. Gosto dessa mistura e desse equilíbrio. Principalmente do tom violeta que ocupa fina camada entre essa fusão de cores. Gosto do clima, também. Não quando a temperatura varia cerca de 10°C em um mesmo dia, mas o modo como aqui é mais invernal e meu ventilador está praticamente aposentado. Gosto das ruas de pedra, do centro histórico, das muitas árvores, da cidade menor e mais limpa, das feirinhas frequentes, das bibliotecas e parques.
É uma beleza diferente da que eu encontrava em Summer Sand, em todas as suas áreas naturais espalhadas pela cidade. As pessoas de Wintry são bastante diferentes e às vezes me cansa certa soberba geral a respeito da "antiguidade" da cidade, porém compensa a tranquilidade que tenho aqui, assim como a fuga do verão.
Em Summer Sand, não gosto do verão. Não gosto da sudorese, do calor excessivo, dos mosquitos, das baratas. Não gosto da maneira como a roupa se cola ao corpo e abafa, ou como o tecido não parece ser barreira o suficiente para impedir a queimação da luz solar. Não gosto de como baixa minha pressão, tira meu fôlego e causa mal estar, nem do tanto que é sufocante, ou de como parece durar o ano inteiro: sempre é verão em Summer Sand. Sempre é calor e sempre é quente, o que incomoda em muitos níveis, porém também proporciona alguns tipos diferentes de conforto.
Encontrei ele no verão, desejei ele no outono, tive ele no inverno, perdi ele na primavera. Esperei pelo verão e quis que tudo pudesse recomeçar. Mas parti no verão sem sentir novamente o gosto de seus lábios. Voltei em verões que aconteciam no outono, no inverno ou na primavera, mas tudo o que tive foram vislumbres.
Era inverno e foi inverno no meu coração quando decidi removê-lo da minha vida. Foi frio, quase gélido, enquanto me despedia sem hesitar por um segundo, por mais que meu real desejo fosse completamente oposto àquela escolha. A hora simplesmente nunca era certa para nós dois, ainda que eu quisesse e tentasse tanto, tantas vezes, de tantas maneiras.
Em Summer Sand era verão o ano inteiro e, para mim, ele era como o verão.
Nunca soube lidar com temperaturas muito elevadas, mas ele era um dia quente de 40°C do qual eu não queria fugir. Entre idas e vindas, o inverno do qual tanto gostava e procurava se tornou meu sofrimento e desprazer. Enquanto parava de sentir, apenas para em seguida voltar a me apaixonar indefinidamente, me perguntei se era tudo apenas gerado por alguma espécie de expectativa baseada em idealização daquilo que não estava por perto e jamais havia realmente se concretizado.
