Eugênio Barbosa é um empresário tido por muitos como implacável, porém para sua sócia Violeta Camargo Tapajós não passa de um tremendo machista pão duro e as desavenças dos dois não deixa ninguém duvidar que a viúva do outrora juiz Matias Tapajós não tem simpatia muito menos temor pelo sócio, já que os dois vivem em desavença por de anos.
Uma década repleta de insultos, ordens para ir lamber sabão e pentear macacos, muitos são aqueles que se perguntam quando é que os dois chegaram aos limites e colocarão abaixo a Tecelagem Tropical, uma pequena parcela dos indivíduos que convivem com eles ainda se perguntam como os dois cabeças de bagre ainda conseguem manter uma sociedade por tanto tempo.
O que ninguém sabe e é o segredo mais bem guardado de Eugênio, é que o homem tão controlador nutre sentimentos fortes pela mulher incontrolável a quem ele chama de sócia por anos.
Assim, aquela havia sido mais uma típica quinta-feira, mais quente do que o habitual, indicio o suficiente para saber que esse ano o verão em Campos dos Goytacazes seria terrível sem dúvida alguma.
Como de costume, os sócios já haviam brigado pela manhã, assim como durante uma boa parte da tarde e então se trancafiado cada um em sua sala até tarde da noite, vez que queriam chegar a um resultado naquele conta que não batia e provarem que o outro estava errado.
Dessa forma, a mulher cujos cabelos castanhos estavam perfeitamente alinhados apesar da hora adentrou a sala do padrinho de Joaquim com aquele típico ar de superioridade que fazia questão de usar quando estava com o sócio e ele odiava o quão soberba ela parecia nesses momentos.
Por sua vez, Eugênio estava frustrado não apenas por aquele dia, mas por toda a semana mais tensa do que o habitual, se o diabo existe ele não tem dúvidas que estava fazendo de Violeta seu instrumento de tortura e assim que a viu adentrar sua sala com aquele olhar de superioridade que ela fazia questão de direcionar a ele, algo se ascendeu dentro do homem um calor que ele não sabia descrever se era ira ou a forma mais pura de desejo. De qualquer forma, ele optaria pelo mais segura e utilizaria sua ira para manda-la embora mais rápido e assim ficar na segurança de sua sala até certeza que a mulher, cujo nome não remetia em nada sua personalidade turrona, estaria na segurança de sua casa.
_Eugênio, como disse a você é possível... –A mãe de Isadora começou a dizer com o seu sorriso vitorioso, sendo logo cortada abruptamente pelo empresário.
_Eu não quero mais saber de trabalho por hoje Violeta. –O empresário disse afrouxando a gravata.
_Papagaios, o que houve com você homem? –A herdeira do coronel Afonso indagou deixando a pasta cheia de papeis em cima da mesa do sócio.
_Esse calor infernal de Campos... –O homem de cabelos grisalhos se levanta passando a mão em seus cabelos e caminha de modo a ficar de costas para a sócia enquanto se serve de um pouco de licor.
_Não me dê as costas depois dessa sua desculpa esfarrapada! –Violeta diz indo atrás do sócio –Ao menos tenha a decência de reconhecer que eu estava certa sobre esse acordo comercial...
Eugênio então se vira de repente e as palavras de Violeta morrem em sua garganta ao constatar a tamanha proximidade em que encontram.
_Violeta... –O padrinho de Joaquim diz o nome da irmã de Heloísa quase que em um sussurro e ela já está pronta para rebater qualquer que fosse o insulto, porém nada a preparou para o que ele diria em seguida –Para o bem de nossa sociedade, vá embora agora mesmo.
A morena o encarou por quase um minuto inteiro em completo silencio e sem esboçar qualquer reação, após tantas brigas feias ela não imaginava que havia logo hoje atingido o limite de Eugênio, porém ela não cairia sem lutar, sendo assim retrucou:
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Hard for me
Fanfiction"Difícil para mim" é o que Eugênio pensa todas as vezes que vê Violeta e é obrigado a agir como o sócio que a odeia, quando na verdade a deseja mais do que qualquer outra coisa, por outro lado é exatamente isso que a empresária pensa ao se ver diant...