Eri naquele dia estava atendendo vários clientes, a loja estava lotada. Tudo por conta de Eva que havia vindo aqui. Agora todos seus amigos que tocavam na banda viam, e as pessoas que conheciam a moça. Após alguns amigos da mesma saírem do local, e já estar escurecendo, o sino tocou. Um homem moreno com longos cabelos e uma grande cicatriz em seu olho. E o mesmo apreciava cada local, cada detalhe, parecia que era seu primeiro dia na cidade.- Olá! Bom dia, admirando o lugar?
Disse Eri apoiado com os cotovelos na mesa.
- Sim...faz tanto tempo que não venho aqui.
- Seria um viajante? Senhor...
- Edward. Meu nome é Edward Cullen.
O mesmo disse enquanto se sentava na bancada.
- Bem, o que irá querer senhor Cullen?
- Um café tradicional, puro, por favor. E um pão com manteiga.
- Claro.
Dizia Eri começando a preparar, enquanto estava uma pitada curioso, para saber mais sobre o homem.
- Senhor Cullen, não respondeu minha pergunta.- Se sou viajante? Não. Eu estava em outro país, que estava em guerra. Estava lá por tempos, nunca tive tanta saudade daqui.
- Wow, isso é incrível!
- Foi aí que eu ganhei minha cicatriz. Eu na guerra, era o comandante, eu fiquei muito tempo treinando para isto, para seguir o grande caminho do meu pai. E nós ganhamos a guerra, eu perdi alguns soldados e vítimas naquele dia, fiquei cego de um olho, e tive que amputar meu braço, um dos dias mais gloriosos daquele país ao mesmo tempo um dos piores para mim. A história daqueles países era conturbada, os presidentes era apenas ditadores desgraçado! As vítimas implorando para tirarem eles do cargo, mais infelizmente nada adiantou. A guerra entre dois países, pelos seus ditadores ocorreu.
- Nossa...tenho dó por aquelas pessoas sofrendo. E aliás, deve ter sido muito corajoso naquele dia, seu pai deve estar orgulhoso de você.
- Eu espero. Já fiz tanta coisa para aquele homem.
A conversa foi interrompida pelo café junto ao pão que havia sido pronto, foi colocado sob a bancada por Eri.
- Obrigado. Parece como eu tomava na cafeteria antiga desta cidade. Quando eu tinha apenas 4 aninhos.
- Hahaha! Aliás, você tem algum outro amigo seu da guerra que está aqui na cidade?
- Sim.
- Onde ele está morando?
- Nesta cidade, mas, junto a um paraíso. Ele infelizmente morreu na guerra. Aquilo foi uma crueldade, ele lutou, lutou por aquilo que acreditava e defendia. Mas no final o mesmo destino de vários, ele ainda está aqui, eu sei. Apenas não estando vivo. Senão acho que ele descumpriu sua promessa. De estar vivo ou morto, não importa, continuará nesta cidade, junto a sua família.
- Entendo, acho que sua família está ao lado dele neste momento.
O silêncio pesou no local. Não de uma maneira ruim, e mais de uma forma respeitosa. A única coisa que Eri podia ouvir era o comandante folheando a revista por cima de sua bancada enquanto bebia seu café.
- Bem, já estou indo. Espero poder vir aqui outro dia.
- Eu também espero. Até outro dia!
O mesmo entregou o pagamento e o sino alertava que mais alguém ia embora, mas para Eri, aquilo era apenas um sinal de retorno.
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Coffe, time!
Short StoryEm 2013, existia uma cafeteria local. Havia viajantes ou veteranos na cidade, e mesmo assim, todos conheciam sua cafeteria. E as histórias de seus clientes era o que sempre diferenciava um cliente do outro.