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“A vida só pode ser compreendida olhando para trás, mas só pode ser vivida olhando para frente”.
__ O Curioso Caso de Benjamin Button
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Fernanda...

Quando a arma cai no chão, ouço um disparo, o barulho se ecoa pelo espaço, e então percebo que Rayssa foi atingida no peito.

-Liga pra ambulância, rápido - Digo.

-Meu Deus, vou ligar para a polícia - diz Lyss.

Estanquei o sangue o máximo que pude até a ambulância chegar.

Enquanto eu estava ali ouvi a dizer alguma coisa, mas não entendi o que era, pois ela já não tinha mais forças para falar.

-Fica calma, a ambulância já está chegando para ajudar você. - digo e ouço ela tentar falar alguma coisa novamente.

Chego perto de sua boca para ouvir o que ela estava falando, e então entendo.

-você precisa saber quem é o pai caso eu morra, ele precisa ficar com alguém, eu não quero que meu filho cresça sem uma mãe ou sem um pai, me ajuda pelo menos nisso por favor? - ela diz e vejo seus olhos se apagarem aos poucos.

Então escuta o barulho da ambulância, e em seguida vejo para médicos entrando no galpão.

-o nome dele é Max, ele mora em Los Angeles, você precisa o encontrar e dizer a ele que eu fiquei grávida, e que agora ele tem um filho para cuidar pois eu não estou mais aqui.

-Max? Não, não pode ser, seria coincidência demais - digo abismada.

-Você o conhece? Que ótimo vai ser mais fácil para você. - ela diz sem forças, enquanto os paramédicos a colocavam na maca e a luz em seus olhos e assumindo cada vez mais.

-Cuide do meu bebê, eu te imploro, sei que não fui boa com ninguém, mas ele não merece receber nada por minhas coisas erradas. - ela diz e então fecham a porta da ambulância.

-O que ela estava dizendo para você, você está bem? Está meio pálida. - Eduardo chega me dando um abraço.

-o Max é o pai do bebê, eu tô tentando raciocinar um pouco para ver se eu entendo, mas não tem muito o que entender, ela simplesmente disse quem era o pai do bebê, e disse que ia morrer, então a gente tinha que dar o bebê para ele, eu não consigo pensar direito depois do que ela falou mas por favor , a gente tem que ajudar ela se algo acontecer. me promete? - digo e sinto lágrimas descendo pelo meu rosto.

-Eu prometo para você, fica tranquila, se algo acontecer a gente vai ajudar o bebê, afinal, ele não tem nada a ver com essa história, e merece ser feliz mesmo que a mãe dele não tenha sido uma boa pessoa. - ele diz ainda em um abraço comigo.

-Vamos, eu quero ir ao hospital, ver oque vai acontecer. - digo e ele concorda com a cabeça.

Chegamos ao hospital e os médicos mandaram nós esperarmos na sala de espera, até recebermos notícia dela.

Já estávamos lá há 2 horas e nada de notícias da Rayssa.

Estava ficando angustiada por não ter notícias dela tanto tempo.

Então, quando menos espero um médico aparece e dá notícias sobre ela.

-eu sinto muito mas a Raíssa acabou falecendo, o bebê está bem,mas como nasceu prematuro terá de ficar aqui um tempo. - o médico diz e abaixa a cabeça em sinal de respeito pela morte dela.

-Podemos ver o bebê? - Eduardo pergunta.

-Claro me acompanhem. - então acompanhamos o médico até as incubadoras onde estavam vários bebês.

Ele aponta para um bebê bem pequeno, mas lindo, olhamos o bebê por um tempo então fomos para a sala de espera novamente.

-Temos que ligar para o Max, e contar a notícia para ele. - digo meio cabisbaixa.

-Acho melhor contarmos pessoalmente. - Diz Eduardo.

-Vou mandar uma mensagem para ele, pedindo que nos encontre . - digo e mando a mensagem.

Alguns minutos depois nos encontramos numa praça perto do hospital.

-Oii ,oque vocês queriam pra estarem com tanta pressa? - ele diz um tanto quanto animado.

-Temos uma coisa pra te contar, acho melhor você se sentar nesse banco. - Eduardo diz e aponta para o banco.

-À algum tempo atrás, você ficou com uma garota chamada Rayssa?? - digo ele me olha espantado.

-Com você sabe disso?? - ele diz assustado.

-Então é verdade, olha, você sabia que ela namorava na época?? - pergunto.

-Não, ela me disse que era solteira, e queria se divertir, então a gente ficou. - ele diz com sinceridade em sua voz.

-Ela ficou grávida!! - digo diretamente.

-Meu Deus! - ele diz assustado.

-E é seu! - digo.

-MEU DEUS!! - ele da um pequeno surto.

-Aconteceu muita coisa hoje, e ela acabou falecendo, o bebê está bem, está no hospital, mas como é prematuro vai ficar lá por 3 meses, ou até ganhar peso o suficiente para sair dos aparelhos.

-Oque eu vou fazer, como ela morreu? Que coisas aconteceram hoje? Meu deus, estou muito confuso. - ele diz se levantando.

-Se acalma cara, você precisa se acalmar ,e a gente te conta tudo beleza?? - Eduardo diz tentando mantê-lo calmo.

-Então, foi assim que aconteceu... - e então contei tudo à ele.

Passei 2 horas contando sobre tudo que houve, oque o Kayo fez, oque a Rayssa fez, e oque aconteceu para ela ter morrido.

Não sei como era possível, mas a cada coisa que eu lhe contava, ele parecia ficar mais surpreso que antes.

Terminei de contar tudo e então resolvemos ir no hospital, para ele ver o filho dele.

Os médicos nos deixaram passar, em então fomos até lá.

- Ele é lindo, e se parece com meu avô, como eu vou cuidar de uma criança? - ele diz e vejo lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

-Calma, a gente vai te ajudar com oque você precisar tá, eu sou sua amiga Max, e quero fazer isso. - digo lhe dando um abraço.

Saímos do hospital, depois de dar o nome ao bebê, como eu escutei a Rayssa falar Noah, achei bom colocar a escolha dela.

-Descansa um pouco, você passou por muita coisa hoje - digo ao Max.

-Tem certeza que fui eu que passei por muita coisa dona Fernanda? - ele diz, e rimos.

-Se cuida cara, descansa mesmo, você tem um bebê pra cuidar agora . - Eduardo diz e se abraçam.

Pera que?? Eduardo abraçou o Max, meu deus, que dia em.

Nós despedimos e fomos pra casa.

Ao chegar em casa acabo dormindo, pois passei por muita coisa, e estava muito cansada.

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Continua...

O passado me persegueOnde histórias criam vida. Descubra agora