Antes que tudo vinhesse a existir havia apenas o vazio, que estremecia constantemente e passou a ter volume, luz e consciência, e veio a ser Nizir, ou seja, "Eterno".
Assim pois, de sua naturalidade, veio a grande expansão que era o seu poder emanado e que tornou-se em um grande espaço infinito, que veio a ser o cosmo.
O que antes não existia passou a ter forma e preencher o vazio, Nizir continuou a sua expansão e deu origem a existências menores que se preenchiam dentro de outros espaços.
Estes eram os mundos, que de tão grandes também eram vazios, e por todos os lados eles existiam e eram incontáveis.
Nizir queria um lugar para de assenta então de sua vontade veio Faorn ou na língua comum, "Morada".
Esse lugar era o Reino de Nazir onde ele vinhera a ficar para todo o sempre.
As Eras se passaram e houve muito mais criações depois disso, vários universos com mundos nasceram, cada um diferente do outro e belo.
Mas Nizir se sentia só e queria compartilhar sua alegria pelo seu trabalho.
Então resolveu criar de dentro de si um ser que fosse igual e semelhante a ele mas não em poder nem magnitude mais para contemplar suas vontades e sua criação. Resplandecente de luz e poder seu nome era Yozit, o primeiro filho.
E Nizir gostou do que fez, e criou outro para fazer companhia ao anterior pois ele também estava só, mas este não era como o primeiro, não tinha tanta luz nem se assemelhava a ele.
Seu nome era Shirazit, que significa segundo filho.
Enquanto um emanava luz, poder e beleza o outro era seu oposto, emanando escuridão, terror e o malevolência.
Nizir viu que não havia união entre os dois, então decidiu dar poder de escolha a eles para serem livres e fazerem o que quiser de acordo com suas vontades.
O primeiro filho ficou conhecido como o Bem e segundo como o Mal, e os dois encarnaram em corpos não físicos do plano superior para agir no universo como desejavam.
Nizir, agora sozinho novamente, resolveu criar vida por toda parte para suprir a perda de seus primogênitos. Em cada universo e em cada mundo deles uma nova vida foi se criando, muitas diferentes entre si mas outras tão iguais que só se distinguiam por conta do mundo e local onde nasceram.
Uma delas eram o povo caminhante, uma raça de seres que andavam pela floresta brincando com animais, comendo frutas e apreciando o fim do dia se alegrando pois outro dia iria raiar, estes eram os Homens.
Viviam no mundo de Kitshar que significa "Vindo da Terra", um lugar repleto de água, floresta, plantas animais, céu azul e ar fresco. Tudo nesse lugar era perfeito assim como os outros que existiam no universo.
Mas nada estava calmo assim, pois Shirazit observava todos os seres que foram criados assim como Yozit e eles queriam ser apresentar para eles mas suas aparências eram de tamanho poder que até mesmo a mais pura das criaturas inocentes que as visse, enlouqueceria diante de suas presenças.
Então, numa noite, os dois desceram no mundo humano para ver de perto como os dois seres macho e fêmea viviam suas vidas naquele lugar de paz. Yozit adorou estar ali e agraciou o mundo deles com um sentimento novo, o amor. O homem e a mulher ali sentiram carinho um pelo outro como nunca tinham sentido. Durou muito tempo e desse amor iria nascer dois meninos. Havia muita alegria entre o casal depois disso.
Mas Shirazit vendo isso, também queria dar um presente, ele deu o sentimento de discórdia que fez com que um tempo depois houvesse raiva e brigas entre os dois fazendo eles se desentenderem e seguir para um lado e outro.
Os animais também não estavam como antes, agora eram valentes e violentos.
E muita coisa mudou.
O homem foi para um lado da floresta e a mulher grávida para o outro. Certa vez, havia chegado a dia do nascimento dos filhos dela, e do antigo amor que Yozit presentou ela e seu marido veio duas crianças.
Elas nasceram no mesmo dia mais uma criança era mais apegada a mãe do que a outra. O homem tinha ouvido os choros dos filhos e veio de encontro a eles.
Ela disse que o primeiro filho parecia não gosta de sua mãe e deu a criança ao seu marido para que criasse, enquanto ela ia criar a outra criança longe.
