Minha Marcada - Sasusaku

Capítulo 27

Sasuke

Um grande vazio, era apenas isso que sentia desde que Sakura sumiu. Só havia escuridão dentro de mim, meu coração sangrava por não sentir a minha ligação com ela. Havia completado duas semanas que eu não a sentia, que não tinha sequer um maldito rastro do desgraçado do Sasori.

Sua falta esmagava meu coração, queria sentir o cheiro do teu pescoço, tocar sua pele macia, sentir seu toque, seu beijo, seu gosto…

Estava enlouquecendo a cada hora que passava longe dela. A única coisa que me mantinha forte eram as minhas filhas, que assim como eu sofrem pela falta da mãe.

— Sasuke. — ouvi Naruto me chamar entrando no meu escritório — Você está péssimo. — comentou, mas eu sequer tinha forças para rebater — Vá pra casa, você já está aqui a dois dias seguidos, precisa ir descansar.

— Eu estou bem. — digo sem olhá-lo.

— Não, não está. 

— Não posso perder tempo, preciso achar a Sakura. — digo me levantando da cadeira pronto para fazer mais uma das milhares de buscas que fiz pela região.

— Sasuke nós precisamos de um plano. — segurou meu ombro — Estamos correndo em círculos e assim não adianta nada, só estamos nos desgastando.

— E O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA, PORRA? — gritei me soltando do seu aperto e socando a mesa, fazendo ela se rachar — Não posso ficar sentado esperando por uma solução.

— Com certeza estamos deixando alguma coisa passar… — disse me deixando ainda mais irritado.

— Eu quero uma nova reunião. — digo autoritário — Quero que verifiquem tudo de novo. Se realmente estamos deixando algo passar, vamos descobrir hoje!

— Certo, irei organizar tudo para hoje a noite. Agora vá para casa.

— Me deixe. — voltei a sentar na cadeira de costas para ele.

— Mikoto me pediu que o levasse para casa. — disse me deixando em alerta — Suas filhas precisam de você Sasuke, já é sofrido o suficiente ficar longe da mãe, não piore as coisas. — avisou e senti meu coração apertar ainda mais.

Sem esperar que ele dissesse mais alguma coisa, simplesmente me levantei e sai apressado para casa. Toda a  alcateia parecia mais triste e eu sabia que a grande parte da culpa era minha, que estava influenciando com energias negativas para todos os membros.

Assim que cheguei vi minha mãe sentada no sofá ao lado do meu pai, ambos estavam cansados, conseguia notar apenas pelo olhar baixo deles.

— Filho! — minha mãe se levantou num rompante e veio na minha direção — Você está péssimo.

— Não é a primeira que alguém me diz isso hoje. — reclamei enquanto ela me analisava com as mãos no meu rosto.

— Você comeu hoje? — perguntou e eu menti acenando positivamente — Não minta pra mim.

— Não…

— Suba e tome um banho, irei preparar algo pra você comer. — avisou e revirei os olhos — E nem pense em entrar no quarto das meninas antes de se lavar, esse cheiro de álcool vai acordá-las.

Apenas fiz o que ela mandou.

Assim que entrei no banheiro e me olhei no espelho fiquei um pouco chocado com a minha própria imagem. Não me reconhecia mais, minha barba estava por fazer, meus olhos com olheiras profundas. Nem me lembro quando comi, a única coisa que fazia era beber, a dor estava me sufocando.