━━ 𝚎𝚖 𝚊𝚗𝚍𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘!¡ 𝐀𝐃𝐑𝐄𝐍𝐀𝐋𝐈𝐍𝐀 🖤⛓️
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Em Blackmont onde os holofotes estão voltados para os atletas, Ayla se encontra em um conflito entre o certo e o caminho do coração. Apesar de ter seguido o ramo da patinação artística...
Sem spoiler nos comentários, isso estraga a experiência de quem está lendo pela primeira vez!!
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— Aposto 150 dólares que ela tem um amante. — Rue dá seu primeiro lance e me olha, esperando que eu faça o mesmo.
Olho para o casal que está fazendo uma despedida dramática no aeroporto. O homem chora, demonstrando todo o amor que sente pela mulher, mas ela não faz o mesmo; o sentimento não é retribuído da mesma forma.
Seus ombros caem em demonstração de tristeza.
— Coitado — digo, sem fazer uma oferta pela situação que está acontecendo.
— É 150 dólares!
A situação é triste, mas Rue não está nem aí para ganhar dinheiro em cima do sofrimento dos outros, principalmente se a pessoa for do gênero masculino. Somos melhores amigas desde que nos entendemos por gente; não há muitas pessoas nesse mundo com quem ela se importa.
Fico feliz por ser uma das poucas pessoas com quem ela se preocupa.
O homem tenta abraçar a mulher outra vez, mas ela recua, enche as mãos com suas bagagens e vai embora sem olhar uma última vez para ele.
Sinto pena do rapaz. Ele deixa nítida a cara de chateado.
Mas, ao mesmo tempo, não sinto tanta pena assim. Talvez ele tenha sido o causador desse comportamento nela e só está arrependido agora.
Atravessamos o aeroporto até o estacionamento em silêncio. Sou cercada pelo vento frio de Blackmont, a pequena cidade esquecida no litoral dos Estados Unidos, lembrada apenas por ser uma das cidades que contém a maior universidade atlética da América.
— Quando eu estiver namorando, quero ser a pessoa que ama menos. — Ajudo Rue a colocar as malas no carro, ela me olha, esperando uma explicação pelo que acabei de dizer, mas não dou isso a ela.
— Por quê?
— As pessoas são cruéis. Quanto mais você as ama, mais elas têm controle sobre suas emoções. Você começa a depender de que ela tenha um dia bom para que você tenha um também. Isso é bizarro.
Muito bizarro.
Ninguém deveria ter tanto controle dos seus sentimentos, além de você mesmo.
O amor é lindo, com todos os sinônimos bons que existem, como todas as qualidades que têm existência. Não tenho dúvidas disso; ninguém deveria ter. O amor é você se sentir amado sem escutar um "eu te amo". O amor é você sentir todos aqueles sentimentos bobos de adolescente que te fazem ter vontade de escrever o nome da pessoa no braço e na capa do caderno. O amor é te perguntarem sobre o futuro e você perceber que está incluindo a pessoa em todos os seus planos.
