✓ 𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐨𝐬 𝐅𝐢𝐥𝐦𝐞𝐬 + 𝐕𝐈𝐍𝐍𝐈𝐄 𝐇𝐀𝐂𝐊𝐄𝐑 🎞️
Criar laços não é algo que Vincent possa ou pretenda fazer em Nova York, não quando poucos meses o separam da vida de seus sonhos em outro continente. Se mudar pra Itália tem sido seu s...
"Onde você está é onde eu sempre quero estar Em qualquer lugar, contanto que você esteja lá comigo Eu vou te levar para os lugares que eu vi Pegue meu coração e corra Porque eu estou correndo atrás de você [...] E farei o que puder E eu farei tudo por você Nós vamos voltar para casa um dia Mas agora somos chamados para ver um lugar onde você e eu mudaremos o mundo que conhecemos Em qualquer lugar que eu estou com você é em casa."
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𝐕 𝐈 𝐍 𝐍 𝐈 𝐄
Eu estava com a faca e o queijo na mão. E eu estava pirando, com a culpa me sufocando e corroendo meus neurônios. Ter visto Agustin bater na minha garota acionou instintos primitivos em mim. Mas o pior? Foi vê-la sofrer as consequências por minha causa, por ter escolhido o nosso amor. Ver Chelsea perder o apoio financeiro do pai me destruiu. Era a única coisa boa que ele ainda fazia por ela — Bancar seus estudos. E eu fui o motivo dela acabar perdendo isso também. Desde Chicago, não consegui suportar olhar nos olhos perdidos de CheCha. Me doía tanto, vê-la totalmente sem rumo mas ainda assim ali para me amar. Me sentia um lixo, me vi na obrigação de fazer a porra de alguma coisa por ela. Eu precisava salvar o seu sonho mais do que precisava de ar para respirar.
Mas, eu não tinha muitas opções disponíveis. Meu crédito bancário não estava promissor, levaria tempo até que eu pudesse dar à CheCha algum conforto. E conhecendo a garota com quem me relacionei, ela jamais aceitaria meu dinheiro. Foi aí que me lembrei de Itália, da passagem que meus pais haviam deixado para trás. Me recordei também das madrugadas que passei em claro no início, quando me recusava a aceitar meus sentimentos por Chelsea, quando pesquisei incansavelmente uma maneira de levá-la comigo para Itália. Uma solução para ficar com ela, e ao mesmo tempo poder realizar meu sonho europeu. Egoísta, talvez. Mas naquela época eu estava com meu coração tão desesperado que considerei de tudo. Pesquisas e mais pesquisas. Todas elas em busca de uma instituição que pudesse aceitar minha CheCha, para que ela pudesse seguir com seus estudos, estando ao meu lado, na Itália. Se ela quisesse, claro.
Fiz anotações, salvei contatos e mandei e-mails. Descobri que havia um lugar, situado em Milão. Para entrar, Chelsea precisaria apresentar um projeto que englobasse sua capacidade técnica e criativa. Caso a banca do instituto a aprovasse, o programa de bolsas para estrangeiros cobriria toda sua formação. Não sei muito sobre moda, mas suponho que se formar em Moda em Milão seja algo animal pra quem sonha em se tornar profissional da indústria. Minha garota teria um baita crédito, combinado com o talento sem igual que sei que ela tem. Toda essa idealização tinha enchido meus olhos, me deixou animado, mas a mantive em segredo. Tinha resolvido deixar para lá, já que eu mesmo tinha deixado de sonhar com Itália e resolvido permanecer em Nova York. Bom, até essa semana, quando presenciei o sonho de CheCha ser ameaçado por falta de capital.
