My ugly paw [ REESCREVENDO ]

Thirty

Serim Narrando

Ele para o carro, sai e logo depois me ajuda a sair. Meu pé latejava mas não era isso que mais doía. Eu estou tão confusa. Tudo isso foi um turbilhão de coisas que acabaram com minha cabeça.

Ele me leva até um banco de uma pequena praça vazia. Estava tarde, a noite estava tão fria. Ele tira seu blazer e coloca sobre meus ombros. Eu não sabia o que falar e muito menos o encarar.

⎯ Me desculpa, eu a levei até lá mesmo sabendo o que iria acontecer. ⎯ Ele baixa a cabeça, se culpando.

⎯ Tudo bem. ⎯ minto mais uma vez.

⎯ Quando vai parar de mentir sobre os seus sentimentos? Ninguém está bem sempre, principalmente nessa situação. Quando irá falar seus reais sentimentos para mim?.

⎯ Eu estou confusa, o que quer que eu fale? Que eu estou confusa sobre você e Minjoo, pensando mesmo que eu devo ter atrapalhado algo? O motivo de você estar fazendo isso, nunca tínhamos nos falado além de um "um capuchinho, por favor". Ou que você falou sobre sentir algo em que nunca sentiu com Minjoo, sobre mesmo que estejamos fingindo você iria me propor ou sobre você ter dito que me amava daquela forma. Ou pior, você voltar para o Canadá e me deixar.

Tomo o ar perdido e baixo a cabeça. Kevin não sabia como falar algo, sua cabeça ainda processava tudo. Acho que eu não deveria ter falado isso tudo. Ótimo Jo Serim, você sempre consegue estragar tudo.
Ele toca em meu cabelo pegando uma mecha, ele encara a mecha loura a acariciando

⎯ Eu amava seu cabelo castanho, mas você incrivelmente combina com tudo. ⎯ apesar de tudo, eu ainda conseguia corar e querer sorrir.

⎯ Talvez eu precise recomeçar. Estou atrasado, não estou? ⎯ depois de mais alguns minutos em silêncio, ele se pronúncia.

⎯ Pode falar em uma forma em que eu possa entender?.

⎯ Vem, vamos cuidar do seu pé primeiro. ⎯ Ele se levanta e estende a mão para mim. Acho que não é um bom momento para procurar respostas.

Segura sua mão e voltamos para o carro. Conhecia aquele caminho de cor, podia segui-lo de olhos fechados. O apartamento de Kevin estava da mesma forma da última vez em que eu vim. Esse lugar é tão aconchegante.

Ele me ajuda a ir até o banheiro onde me deu algumas roupas secas suas e me deixou tomar um banho enquanto iria preparar alguns remédios para o meu pé.

Consegui afastar alguns pensametos enquanto a água quente caia sobre o meu corpo mas quando eu a sentia em meu tornozelo, o fazendo arder, eu lembrava de tudo novamente. Essa confusão inteira me fez chorar. Eu não sei mais o que sentir.

⎯ Serim... está tudo bem? Você está demorando demais. ⎯ Fala Kevin do outro lado da porta me acordando para a realidade.

⎯ Estou. ⎯ Tento controlar minha voz, tentando parecer que não estava chorando. ⎯ Já estou saindo, vou só me vestir.

Desligo o chuveiro e me enxugo bem colocando a toalha em meu cabelo após. Me sento no sanitário para me ajudar a vestir a roupa. Está doendo tanto.

Depois de alguns minutos eu saio, me dando de cara com Kevin me esperando do lado de fora.

⎯ Finalmente, fiquei preocupado. ⎯ Forço um sorriso. ⎯ vem, vamos cuidar desse pé.

Ele me leva até seu quarto, me sinta na cama e se abaixa ficando cara a cara com o meu pé inchado e vermelho, quase ficando roxo.

⎯ Isso está serio, graças a Deus não foi algo pior como um rompimento de uma veia ou até mesmo quebrar o osso. ⎯ Ele pega um óleo de uma pequena maleta ao lado.

A massagem estava tão boa que eu estava para dormir ali mesmo. Logo após ele coloca alho em que não consegui ver mas era muito gelado. E por fim, ele coloca uma atadura deixando o pé menos dolorido.

Respiro fundo ao mexer o pé e não sentir tanta dor. Sou rapidamente surpreendida por Kevin ficando cara a cara comigo. Ele estava com as suas mãos uma de cada lado apoiadas na cama enquanto seu rosto estava extremamente perto do meu.

⎯ Acho melhor você dormir, seus olhos estão pesados. ⎯ Faço um sim com a cabeça. De alguma forma, o sono apareceu do nada, mais foi forte o bastante para me fazer quase dormir ali, naquele momento.

Ele me ajuda a deitar na cama e me cobri com seu cobertor.

⎯ Você... onde irá dormir?. ⎯ Ele sorri e da uma volta na cama deitando ao meu lado.

⎯ Acho que esse ligar aqui esta ótimo. ⎯ Pensei em falar algo mas o que eu poderia falar? Eu estou atrapalhando sua zona.

Viro de costas e fecho os olhos. O sono estava me tomando cada vez mais. Sinto os braços de Kevin entrelaçar minha cintura me puxando para si, toda a quentura do seu corpo eu senti de uma só vez. Aquilo era bom, muito bom, mas o sono não estava me deixando processar tudo.

⎯ Era para ser uma surpresa mas... ⎯ Ele sussurra em meu ouvido. ⎯ Devo responder suas perguntas agora? ⎯ Tento agir de alguma forma mas meu corpo estava congelado. ⎯ Você não atrapalhou nada entre mim e Minjoo, você na verdade ajudou, me ajudou a perceber que eu não a amava, eu nunca a amei. O motivo de eu ter feito isso era que eu não aguentava mais ver a pessoa em que eu secretamente tinha um crush sofrer daquela forma. Qual é Serim, você nunca percebia? Que em todo o lugar que você estava eu também tava?!.

Parando para pensar, isso realmente acontecia, mas eu sempre colocava a culpa na minha mente fértil e desnecessária.

⎯ E você não escutou errado, eu realmente não sinto o mesmo que senti com Minjoo estando com você. É algo inexplicável, eu me sinto bem com você, com Minjoo eu nunca me sentia. Meu coração explode toda vez que eu vejo você sorrir, isso não é nenhum pouco normal. Talvez a adrenalina do meu corpo goste de você, não tem um segundo que eu não queira surtar por simplesmente respirar no mesmo momento que você. E mesmo sendo falso, agora, nesse momento, não será mais. Bom, para mim eu agia como se fosse real. ⎯ Ele coça a garganta. ⎯ Jo Serim, eu quero garantir para você que estou fazendo o que meu coração, mente e corpo está mandando. Agora só depende de sua palavra. Aceita namorar comigo?.

Eu já disse que estou congelada? Meu coração para junto de minha respiração, um turbilhão de pensamentos inunda minha cabeça. Kevin, Kevin Moon, aquele Kevin Moon estava me pedindo em namoro. Namoro?! Isso mesmo, namoro! Se for um sonho, eu nunca mais vou querer viver.

⎯ Não precisa responder agora, me responda quando você acordar.

A voz de Kevin sumia aos poucos, ficando cada vez mais distante. Eu realmente estava caindo no sono.

Mas algo rapidamente começou a martelar em minha cabeça. Ele não falou nada, não respondeu sobre a sua ida ao Canadá.