Gnomos?

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-O QUE? COMO ASSIM? - perguntei receosa, ele só podia estar a brincar

-Você ouviu, agora arrume suas coisas - falou em um tom frio, porque ele estava falando comigo dessa maneira?
Virou-me as costas e saiu do quarto sem dizer uma palavra, e Marcos o seguiu.

Quando percebi, lágrimas já escorriam pelo meu rosto, ele não podia simplesmente me mandar para não sei onde, e ainda com MARCOS, quem ele tanto odiava.

Peguei minha mochila, com as lágrimas ainda fluindo, e botei algumas roupas, não podia ser por tanto tempo assim, André não me abandonaria simplesmente.

Botei a mochila e um casaco, estava muito frio lá fora, desci as escadas e achei André e Marcos conversando sobre algo, eles nem notaram minha presença, estava tão invisível assim?

-Você tem que levá-la para um lugar afastado, onde não consigam rastreá-la - disse André enquanto examinava atentamente um mapa, era muito estranho, não era um mapa comum, as imagens pareciam se mecher, dei um passo para trás e esbarrei na mesa, o que fez ambos finalmente notarem minha presença.

-Que tal a casa dos myers? - sugeriu Marcos, do que eles estavam falando? eu não queria ir à lugar nenhum.

-Odeio aqueles gnomos idiotas - disse André com repulsa, espera... ele disse GNOMOS? Como assim gnomos? Sempre quis ter gnomos no meu quarto.

-Eba!!!, vamos ver gnomos? - disse animada, mas eles apenas me ignoraram

-Não vou lá há muito tempo, não sei se ainda vivem ali - Disse André, mas espera... André ja viu gnomos!?

-É um ótimo lugar para escondê-la, pense nela André

-Eu sei merda! - disse André com raiva, passando as mãos no cabelo, e refletiu por alguns segundos - vocês irão partir pela manha - disse finalmente, espera, quem vai partir pra aonde?

-Está tomando a decisão certa irmão - disse marcos com firmeza à André, do que eles estavam falando? Iam continuar me escondendo isso por quanto tempo?

-Pra onde vamos?, por favor André, não quero ir embora - ele apenas me ignorou e subiu para seu quarto

-Vá descançar emy, amanha teremos um longo dia pela frente - disse Marcos com um ar autoritário.

-Você não manda em mim - disse em um sussurro apenas para mim enquanto subia para meu quarto

-O que você disse? - parou olhando-me irritado

-N-nada - apressei o passo até meu quarto, e tranquei a porta

Porque está acontecendo tudo isso? Dormi com essa pergunta em mente.

Acordei no dia seguinte com passos apressados no corredor, ainda era muito cedo, que tipo de pessoa acorda às 5:00 da manha pra ficar andando no corredor. Me levantei ainda sonolenta e desci as escadas encontrando André e Marcos planejando algo em um mapa.

-Você pode ir pela floresta negra e depois pegar a trilha, ou pode pegar o caminho do lago faily, mas seria muito perigoso, as sereias ainda vivem lá - disse André enquanto apontava para lugares específicos no mapa.

-Maravilha, vou pela floresta entao, amo aquela floresta - disse Marcos com ironia - acho que está na hora de ir, vamos emily - disse olhando-me de relance, como ele sabia que eu estava ali?

André simplesmente acentiu e começou a subir as escadas em direçao aos quartos. Corri até ele e o abracei, não queria que ele me deixasse. Olhei para seu rosto e começavam a se formar lágrimas, que ele logo escondeu, se desfez do meu abraço e continuou a subir.

-Para onde vamos? - perguntei à Marcos, que pegou sua mochila e outra de cor rosa, era minha mochila!

-Vamos - disse apenas saindo da enorme casa.

-Espera! E o André? Se eu for embora ele vai ficar preocupado. - tentei convence-lo a me deixar ficar.

-É para o seu bem! - disse já irritado - ou vem por bem ou por mau. - olhei-o assustada dando alguns passos para trás, pronta para gritar por ajuda. Vi-o tirando um pano branco de dentro do bolço e despejando um tipo de líquido no pano enquanto vinha em minha direção.

Tentei correr as escadas, mas ele foi mais rápido. Rodou seus enormes braços em meu corpo, pressionando o pano em minha boca, o cheiro era muito forte, já não conseguia me manter acordada, lentamente meus olhos se fecharam, e a última coisa que vi, foram os olhos tristes de André me encarando, enquanto era levada para fora da casa.

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