Prólogo - O Imponente Black

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29 de Setembro de 2021.
Las Vegas, América.

A Cidade do Pecado nunca esteve tão quente. Fosse pelas belas mulheres, ou pelo sol escaldante, Vegas nunca estivera tão quente quando naquele verão. E a Mansão Black fervilhava mais do que nunca.

Gesticulando de um lado para o outro estava Âmbar Black, mais agitada que o normal, a patricinha comandava a organização da sua própria festa de aniversário. De acordo com a mesma, não era todo dia que se comemorava 18 anos. Então, com um toque especial de Midas, sua festa iria reluzir como ouro.

Mas, como nem tudo que reluz é ouro, no lado mais sombrio da Mansão Black, se encontrava o matriarca da família, curvado sobre uma longa mesa com exóticos instrumentos de tortura, estava Aleksander Black e seus filiados.

- Vamos... Eu fiz uma pergunta simples - murmurou parecendo cansado. Após uma noite de sono mal dormida, e uma manhã conturbada, tudo que Alek queria era comemorar o aniversário da irmã em paz.

- Eu já disse... Peter estava responsável pelo roubo - gaguejou o homem acorrentado. Estava ali a mais de cinco horas, com sede, fome e cheio de dor, era quase um milagre sua voz estar saindo.

De frente ao sujeito acorrentado estava Chase Foster, cansado demais de ouvir aquela ladainha, por Deus, tudo que ele queria era encher a cara e ficar chapado, mas estava preso aquela tortura. Caminhando até Aleksander, ele aceitou o soco inglês que estava estendido para si. Cumprindo seu trabalho, ele esmagou as costelas do homem com dois murros.

- E onde está o Peter caralho? - resmungou impaciente.

Outro homem na sala interrompeu, aquele que estivera o tempo inteiro no canto escuro, apenas apreciando o show.

- No momento, o mais importante é descobri o sobrenome, assim consigo puxar uma ficha - apesar de ser um grande apreciador de tortura, o Agente Killian Murpher tinha mais o que fazer, e ouvir as lamúrias daquele homem não era uma delas.

- Eu preciso de uma garantia - gemeu a vítima, quase sem ar pelos murros anteriores, Latrell queria negociar, ele sabia que iria morrer, mas não sem antes conseguir algo em troca.

Após perceber que o seu chefe não iria se manifestar, Nathaniel Augustini tomou a iniciativa:
- Diga o que quer, e talvez, se sua informação for boa, eu consigo.

- Eu... - iniciou meio incerto, mas tinha começado, iria até o fim. - Eu tenho uma filha, quero garantir o futuro dela.

Nathaniel mediu Latrell de cima a baixo, desde os cortes do estômago, até o sangue acumulado no corte da testa, tudo que ele viu foi um homem desesperado, mas determinado a salvar a filha da mesma vida infeliz. Seus olhos voltaram para Aleksander, e apenas ao receber um sutil balançar de cabeça do seu chefe que Nate voltou a falar.

- Tudo vai depender da sua informação - murmurou enquanto parava cara a cara com o sujeito. - Uma informação útil, e ela pode receber uma bolsa de um doador anônimo para uma das melhores escolas ou faculdades do país, mas, se isso for um blefe, ela ganha uma cova rasa, bem ao lado da sua.

O tom ameaçador fez Latrell se agitar, imaginar a filha morta doía mais do que todos os seus ferimentos, naquele momento cruzou os dedos e torceu para sua informação ser boa o suficiente.

- Eu não tenho um sobrenome, mas ele tinha uma tatuagem no pulso esquerdo, asas de anjo em chamas com correntes cruzando em X.

Anjos do Inferno. Todos na sala torceram os olhos em irritação, era certo que as coisas entre Aleksander e aquela gangue eram um pouco conturbadas, principalmente depois de Chase ser incluso nos negócios do Black, mas aquela era a primeira investida brusca que James fizera.

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⏰ Última atualização: Jul 09 ⏰

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