Presente Inusitado

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Estávamos no meio de uma partida de War, um dos meus jogos de tabuleiro favorito, já que precisa de estratégias precisas e jogadas inteligentes e por algum motivo sempre fui bom nisso, saber a próxima jogada do oponente.
Estava tão ocupado em ganhar que nem percebi que tinha acabado a comida, como estava com sede me dispus a ir pegar mais salgadinhos e mais refri. Me levantei do chão da sala onde estávamos jogando e me direcionei a cozinha, mas dei uma passadinha no banheiro pra me aliviar paro em frente do espelho cantarolando e dou uma arrumada no cabelo e sigo para cozinha, quando chego lá encontro Rebeca de frente com a pia.

-Ah oii- disse um tanto feliz e um pouco envergonhado, senti meu rosto corar.

-Ah oii- disse ela se virando, com um sorriso fofo que fez meu rosto corar ainda mais.

-Obrigado por estar aqui e desculpa por não ter dito nada sobre hoje, tive uns problemas e acabe esquecendo -falei com um sorriso e um aceno um tanto envergonhado.

-Eu imaginei que você teria se esquecido então por isso falei com sua mãe ,não se preocupe eu sei que você está passando por um momento difícil ,se sabe que pode falar comigo sobre qual quer coisa, não precisa se envergonhar-disse ela com um sorriso acolhedor e amigável no qual era apaixonado , tentando fazer eu me abrir com ela.

-Há tanta coisa que gostaria te contar, mas no momento infelizmente não posso, mas não se preocupe que assim que puder contarei tudo- disse um pouco triste pois tudo o que mais queria é conversar sobre tudo o que está acontecendo.

-hmmm eu entendo e respeito sua decisão, quando estiver pronto estarei aqui- disse ela desconfiada mas deixando isso pra lá.

-Na verdade tem algo que faz um tempo que quero te dizer-disse eu morrendo de vergonha, tomando uma porção de coragem.

-Hmm o que?- disse ela curiosa e contente por eu estar presente a partilhar um segredo com ela.

-Faz um tempo que eu gost...- iniciou eu mas foi interrompido por uma voz me chamando na direção do meu quarto.

-Alex? - chamou uma voz familiar, era minha mãe me chamando.

-Oi mãe? - respondeu eu rapidamente pra não deixa-la no vaco.

-Deixa eu ir ver o que é- falei com um sorriso sem jeito pra Rebeca, que respondeu com um aceno.

Deixando Rebeca na cozinha fui em direção onde minha mãe estava me chamando, parece que ela está no meu quarto.

-"Salvo pelo gongo tsk, onde estava com a cabeça"- pensei comigo mesmo indo pro quarto um pouco aliviado por não ter falado de mais.

Chego no quarto minha mãe está sentada na minha cama com um pequeno baú de madeira de cor escura um tanto familiar, no qual nunca tinha visto antes. Me sento na cama ao lado me perguntando o que era aquilo.

-Filho precisamos ter uma conversa séria-disse minha mãe um pouco nervosa e ansiosa.

-hmm sobre o que? - perguntei ansioso e com um pouco de medo já que nunca tinha visto minha mãe daquele jeito.

-Primeiro quero te entregar isso- disse ela abrindo o baú assim mostrando seu interior, o que não deu pra ver direito o que tinha ali, já que ela pegou uma caixinha e um pedaço de papel enrolado como aqueles pergaminhos antigo e fechou rápido impedindo que eu visse seu interior e o que continha ali.

Ela me entregou a caixa primeiro, uma do tipo de joias toda escura com um desenho dourado na parte de cima, era de um material que eu não sabia qual era. E logo já fui abrindo para ver o que tinha ali dentro para matar esse mistério logo, era um colar, um lindo colar escuro como a noite que levava uma linda pedra vermelha em formato quadrado.

-Um presente? -disse eu sorridente e um pouco aliviado por ser só um presente, e que presente eu estou encantado.

-Eu adorei, ele é lindo- completou eu, abrindo o fecho e colocando o colar.

-Que bom que gostou querido- disse ela com um sorriso sem jeito meio forçado.

-Obrigado mãe- disse eu muito alegre e grato pelo presente.

-Antes de eu te entregar isso, quero que saiba que eu te amo muito, você vai ser sempre meu filho, não importa o que aconteça- disse ela com uma tensão, pegando novamente o pergaminho na mão.

-Do que você está falando? – eu disse um pouco confuso e assustado, sem entender o que ela queria dizer com aquilo.

Ela estendeu a mão e me entregou aquele antigo pergaminho amarrado num barbante, o que logo eu desfiz e o desenrolei para poder ler o que ele dizia, ao abrir de início parecia em branco mas ao desenrolar uma escrita em dourado aparecia de forma mágica.

"Para Alexander.

Meu querido filho, quando essa carta chegar até você talvez seja tarde para mim e seu pai, e por isso queremos dizer que nosso sacrifício foi por você, para que tenha uma chance de viver e ser amado, possa viver seus sonhos meu querido filho. Aceite esse presente como forma de nosso amor, um colar de aço negro com um lindo rubi de fogo símbolo de nossa casa, enquanto usá-lo estaremos juntos de ti e não estará sozinho, ele o protegera e o guiara.

Para quem encontrar essa carta e for digno, espero do fundo do coração que cuide dessa criança como sua e o ame-o e proteja-o do mundo, junto dessa carta estará alguns objetos e dinheiro que ajudara a cuida-lo. Não deverá contar sobre nada disso até o momento certo, momento esse que saberá quando chegar, ele será especial, diferente de outras crianças de sua idade, sua inteligência e sabedoria serão elevadas, ele fara coisas que aos olhos humanos serão estranhas. Você estará incumbido de protege-lo dos olhos maldosos e dos intolerantes, quando essas coisas estranhas começar acontecer saberá que é está sendo ele mesmo, quem nasceu pra ser, guarde esse segredo até seu 16º aniversario, mostre essa carta somente nesse dia.

                                                                                                                                                Ass: J&S".

-Isso? – foi a única coisa que consegui dizer, parece que tudo parou e eu ali.

-Filho, diga alguma coisa- disse ela com um tom de desespero e ansiedade.

-O que isso significa? -disse eu sem acreditar no que acabara de ler.

-Você é meu filho acima de tudo- disse ela tentando se aproximar.

-Você mentiu pra mim, você me enganou todo esse tempo- disse eu num tom de raiva e tristeza ao mesmo tempo.

-Não me toque, eu preciso ficar sozinho- disse eu me afastando e saindo do quarto e indo em direção a sala e assim pra fora.

-ESPERE!!! VAMOS CONVERSAR!!- exclamou ela correndo atrás de mim pra me impedir de sair.

-O que está acontecendo? - disse Lucas assustado com a gritaria que começara do nada.

Passei por Lucas e Rebeca que estavam na sala conversando, o que fez com que eles rapidamente levantassem ao me ver entrando na sala e ouvindo a mulher que achava que era minha mãe me gritar.

-Alex? - disse Rebeca com assustada tentando chamar minha atenção.

-Alex o que está acontecendo? - perguntou Lucas ansioso por uma resposta.

-Não vá filho- disse minha mãe me alcançando, ela estava em prantos, o que me faz parar na porta.

-Mãe o que está acontecendo? – perguntou ele pra nossa mãe aterrorizado em vela naquele estado.

-JÁ CHEGA!!- disse eu me virando para eles, com as mãos e provavelmente os olhos cheias de energia, vermelho vivo, fazendo eles pararem como estatuas.

-Vocês vão ficar aqui e não me seguirão-disse eu usando toda influencia que achei dentro de mim, e me virei e segui meu caminho, não sabia para onde ir só queria estar o mais longe dali.


*Nota do autor: Oii galerinha ,olha so quem voltou kkkk,desculpem pelo sumiço 😅🥰 .Espero que gostem desse capitulo comentem e deixem  ⭐.*

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