Paciente 1

3 1 1
                                    

_Nuuk, Groelândia, 1998_

Narrador POV on-

  Gary Payton II, um cientista famoso da Groelândia. Era um dos maiores do pais, e do mundo. Vivia pensando em ideias de como ele poderia transformar o planeta num lugar mais perfeito, sem doenças, sem epidemias, sem infecções, sem vírus, ou qualquer outro tipo de causa natural que pudesse levar o ser humano ao seu ponto mais fraco, a morte.
 

  Era mais um dia gelado e nevoso na Groelândia, mais específicamente na cidade de Nuuk, uma cidade bastante famosa do país, no centro dela, havia um laboratório, o LNPN (Laboratório Nacional de Pesquisas de Nuuk), neste mesmo, Gary trabalhava incansavelmente, tentando criar a fórmula da cura de um vírus que circulava o país, e alguns outros países do mundo, o GHN-37.
  A doença apresentava sintomas como,  febre, feridas instantâneas no corpo, e algumas manchas brancas pelo rosto.

  Bom... como de costume, ele sempre havia soluções, e neste mesmo dia, um dos elementos que ele usava para criar a fórmula, não se encaixou na equação... mas ele continuou persistindo. Passou-se algumas horas, ficou a noite, e Gary já estava bem cansado, decidiu encerrar o trabalho naquele dia, até por que na mente dele ele já teria acabado o trabalho, e decidiu no outro dia fazer seus primeiros testes em pacientes já com o estado avançado da doença.

  Passou-se a noite, e o sol nasceu, Gary não havia conseguido dormir aquela noite pensando se sua equação teria dado certo, mas ele tinha 99% de certeza que sim, e recordando que ele sempre foi um gênio, e conseguia resolver todas as equações, deixou por aquilo mesmo.

  -TESTE NÚMERO 1.   gritou sua colega de trabalho, Emma. Que inclusive era uma amiga de longa data de Gary.

-cof cof... cara, eu já tô de saco cheio dessa merda, já faz dias que as manchas na minha pele não param de arder, e minha febre só piora.   Disse o primeiro paciente.

  Olhando diretamente para o ombro do paciente, onde estava o crachá dele, Gary diz.

-ora ora, não se preocupe senhor... Poole? Espera aí, você não é o atendente do Roseta Cakes? Ah cara, aquele café é maravilhoso, eu não sei como vocês conseguem, mas o Café daquele lugar Alegra o meu dia.

Diz Gary sobre a cafeteria onde ele passa todos os dias antes de ir pro laboratório.

-Sim, sou eu mesmo doutor, agora por favor, só aplica a merda da injeção, eu tô louco pra que isso acabe logo, apesar de eu estar sendo usado como teste, eu só quero tirar isso do meu corpo logo.

-Com certeza rapaz... vai doer só um pouquinho, e talvez você apague por alguns minutos depois da injeção.

Gary aplica a agulha no paciente 1, e como previsto, depois de alguns segundos ele adormece, deitado sobre uma maca branca, e uma coberta sobre seu corpo

Alguns minutos se passam, e Gary anda até o quarto do paciente 1, abrindo a porta bem devagar, para evitar fazer barulhos bruscos que incomodasse o sono dele. Gary retira o lençol lentamente de seu rosto, apenas com a ponta dos dedos, e olha no rosto do paciente.

-hã... Jeff? lembrei seu nome. Tá tudo bem cara?

  Gary pergunta assustado, olhando nos olhos de Jeff, o "atendente do Roseta", mas algo não era normal, suas pupilas e sua íris dos olhos, estavam claras, quase brancas podendo-se dizer...

  Gary, por precaução coloca seus dedos em seu pescoço para tentar sentir sua pulsação, e de repente já não sentia nada. Ele sacode os ombros de Jeff, e de repente..

-AAAAAAHHHHH SOCORRO!

-O QUE FOI???    Emma escuta o grito abafado no corredor enquanto estava sentada na sua mesa assinando alguns documentos, e corre desesperada até o quarto.

Chegando lá, ela encontra Gary deitado no chão com marcas de sangue no rosto, e o tal paciente deitado sobre tal.

-MAS QUE PORRA É ESSA?? COMO ESSA MERDA ACONTECEU??

  Emma sai correndo desesperada até o final do corredor, e grita.

-ALGUÉM... AJUDAAA... CHAMEM A POLÍCIA.

-Porque?? o que esta acontecendo??

  Diz um senhor sentado no banco, que seria o 23° paciente a ser a cobaia do tal teste.

-Só por favor, chamem a polícia, houve uma tentativa de assassinato dentro de um dos quartos de teste, um paciente tentou matar o dr. Gary.

-O QUE??? COMO ASSIM??   diz o senhor, indignado.

-Vamos logo, ande por favor, o dr. precisa de ajuda urgente.  

Emma desesperada, e chorando pelo corredor, pedem que todos saiam do laboratório, ativa os alarmes de emergência, e evacua todos os funcionários do laboratório.

(Capítulo 1 - fim)

CANNIBALSOnde histórias criam vida. Descubra agora