Olá
Antes demais obrigado Alláh,
Oh lá a nossa linda história no verso,
Ver só é o que peço, isso nem é um terço!
Ter só a fé não bastava, era preciso correr atrás,
Atrasados, maltratados... o que a inveja não traz?
Transeuntes na formação, era como éramos tratados,
Tratar dos irmãos e de si era o foco do broh informado,
Informar do que já era capaz na altura, o Mano,
Man, o Mano era um pequeno líder, intelecto insano,
Engano, de quem rejeitou seu encanto... já era um gênio,
Gentios, oxi!! nunca fomos, cravávamos o evangelho no crânio, nosso prêmio,
Premium, nossa casa era um pacote premium, havia espaço pra todos,
Todo - Poderoso ali habitava, quartos lotados,
lata dos leites servia de banco, alguns dormiam no quintal,
Quem tal quisesse sabia que era a céu aberto ao som de gatos e ratos do mal,
Maldade era não partilhar, sempre que houvesse comida era pra todos, felicidade,
Feliz cidade era a nossa pobre casa, 2010 pra lá era só irmandade,
Irmã de idade e espírito juvenil era a mamãe vendendo na praça do Roque,
Rock'n'roll era luxo, a gente curtia Gingas do Maculusso, grandes toques,
Só que, não era o único ritmo nacional puro,
Por isso também curtíamos o Rei Kuduro,
Cu duro de tantas palmadas, resultado de quem não soubesse a tabuada,
Tabu a dada altura não existia pra nada, nossas madrastas anjos da guarda,
Guaridas eram suas casas, muito amor, nosso pai soube escolher,
É colher o plantado, vida difícil, pra garantir o pão dos filhos teve de se encolher,
Em mulher confiou e foi felizardo, nunca faltou a educação dos filhos,
Fi-los homens e mulheres diz nosso pai, com toda razão, não éramos sarilhos,
Andarilhos muito menos, matraquilhos, matrecos ou Totós, nosso jogo era diferente,
Difere e tente, era um lema, nossos pais eram heróis, não era fácil,
Face ao vandalismo e à criminalidade, tantos filhos e nenhum delinquente,
Deles quentes viemos ao mundo, pai ágil, mãe ágil, irmão mais velho ágil,
Nossa realidade era uma pobreza nua e crua,
Continua...

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Talvez
PoetryE... E sobre os pensamentos que nos definem? Talvez, talvez os devessemos d-escrever