2 capítulo- cole sprouse

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Esfrego o rosto, tentando espantar o cansaço. Estou
fodidamente exausto depois dos últimos dias infernais. Encaro o email que recebi mais cedo de um dos meus associados convocando
uma reunião para o quanto antes, e sei muito bem sobre o que vai
ser essa merda. Esses imbecis estão me pressionando há anos por
uma esposa, já têm uma lista de mocinhas tontas esperando para
se tornarem a mulher do don, mas até hoje não tive interesse
nenhum nisso.
Minha família são meus homens e o legado que herdei do
meu pai, que trabalho todos os dias para aumentar. Tenho tempo
para me preocupar com um herdeiro.
Mas dessa vez sei que a reunião vai ser para discutir meu
próximo consigliere também. Eles não vão perder tempo em querer.
enfiar algum filho ou sobrinho perdido debaixo da minha asa, e
agora preciso tomar muito cuidado para saber em quem confiar.
Estou dentro de um carro estacionado do outro lado da rua do
prédio onde lili reinhart mora esperando pela confirmação do
meu capo de que o lugar está seguro antes de entrar. O chefe dos
soldados está fazendo uma varredura no prédio inteiro em que a
garota mora. Precisamos agir rápido, antes que algum grupo inimigo
descubra a existência de lili e venha atrás dela também.
Qualquer idiota sabe que a morte de kj não vai ficar por
isso mesmo e que o imbecil que matou meu consigliere começou
uma guerra. É por isso que preciso levar a filha de kj comigo o
mais rápido possível.
Meu capo, archie , abre a porta do carro e se senta do meu
lado.
— O lugar está vazio. Tem pelo uma dúzia de soldados
espalhados pelo prédio e pelos arredores para controlar quem entrae quem sai.
— Ótimo — respondo e olho ao redor pela rua de um bairro
duvidoso. — E onde ela está agora? — pergunto, porque os
relatórios que voltaram do investigador profissional que coloquei
atrás dela ainda têm muito buracos. Nas poucas horas que ele teve
para levantar a ficha da garota, só conseguiu o endereço da casa e
do trabalho. Vai me trazer mais informações com o passar dos dias.
Em uma semana, vou saber até a cor da calcinha preferida dela.
— No trabalho — archie responde e faz uma careta.
— O que foi? Onde ela trabalha?
— Em um bar barra pesada aqui perto — ele diz e pega o
celular para me mostrar o site do lugar. Uma olhada pela página e
sei bem o tipo de gente que frequenta o lugar.
— O que ela está fazendo trabalhando nesse lugar? —
pergunto e ele dá de ombros. Olho de novo para a fachada do
apartamento, sem entender que merda está acontecendo. Kj disse na carta que mandava dinheiro todo mês para lili e eu
duvido muito que não fosse uma bela quantia, o suficiente para ela
viver no luxo. Então o que ela está fazendo nesse buraco, e
trabalhando em um buraco maior ainda?
Bato no banco do motorista, que me olha pelo retrovisor e
acena com a cabeça antes de dar partida com o carro, indo para o
endereço que o capo dá. Poucos minutos depois, chegamos no tal
bar. O prédio ao vivo não é nada melhor do que a foto no site. O
letreiro pisca em neon verde e há uma dúzia de motos estacionadas
na entrada, junto com um grupo mal-encarado de homens tatuados
em coletes de couro e cara de poucos amigos.
— Dá a volta no quarteirão e fica de olho no celular — ordeno
para o motorista, porque se for para estacionar um carro de luxo
aqui, era mais fácil colocar um alvo na minha testa.
Arrumo a arma na minha cintura e vejo o capo fazendo o
mesmo, antes de falar alguma coisa no celular que eu entendosendo o comando para alguns soltados que nos seguiram em outro
carro para ficarem de prontidão.
— Estou cheirando problema — digo quando saio do carro.
— E você nunca está errado.
Não tenho certeza se isso é um bar ou um puteiro.
Provavelmente os dois, considerando que as garçonetes não estão
mais vestidas que as strippers que trabalham nos meus clubes.
Olho de uma para a outra, procurando por lili , mas não consigo
encontrar a garota na multidão de homens bêbados.
Uma mulher mais velha, com o rosto coberto por uma
maquiagem forte e com um decote gigantesco que a deixa com cara
da cafetina, se aproxima da mesa com um sorriso malicioso.
— Vocês são novos — ela diz e joga os longos cabelos loiros
por cima do ombro. — Nunca vi vocês por aqui.
— Chegamos hoje na cidade — archie responde, e ela vira sua
atenção para ele, inclinando o corpo para frente de um jeito que
parece que seus peitos vão pular do decote direto na cara do
homem.
— Bom, sejam muito bem-vindos — diz e passa o dedo longo
pelo rosto dele, que ri e me lança um olhar rápido antes de encarar
o decote dela. — Meu nome é Ari  e vai ser um prazer servir você
hoje. — Ela olha para mim e pisca. — Os dois, se preferirem assim.
— Hm, uma pena que estamos aqui a trabalho hoje — archie
responde e começa a me emputecer que esteja me fazendo gastar
meu tempo assistindo a esse flerte patético.
— Duas cervejas — ordeno e a mulher pisca para mim em
choque.
        Ela se recupera rápido e volta a sorrir. Passa sua atenção
para mim e se inclina na minha direção. Coloca a mão no meu
ombro e começa a deslizar pelo meu peito de forma insinuante.
— Posso te ajudar com mais que isso, coração — diz e sinto o
cheiro do seu perfume exageradamente doce.
Seguro seu pulso abruptamente e ela ofega.
— Da próxima vez que encostar em mim, fica sem a mão —
aviso sem levantar a voz, mas alguma coisa no meu tom diz para
ela que não estou brincando nem por um segundo, porque seus
olhos se enchem de medo. — Eu disse duas cervejas.
Ari  fica de pé novamente e me encara com os olhos
arregalados e a boca aberta. Pisca várias vezes e engole em seco.
Acena com a cabeça em positivo e sai praticamente correndo de
perto de nós dois. A covarde não volta. Manda outra garota que
parece ter idade de estar na escola para entregar as nossas
bebidas.
        — Onde lili se enfiou? — pergunto para archie enquanto
ele abre as garrafas. — Tem certeza de que esse é o lugar certo?
— Foi o endereço que o investigador passou. Vai ver ela não
chegou ainda, ou está lá dentro fazendo… alguma coisa.
Começo a ficar impaciente quando outra meia hora se passa e
nada de ela dar as caras. Quis vir aqui eu mesmo, mas não posso
parar a minha vida para esperar lili aparecer. kj me pediu
para proteger a menina, mas não posso fazer isso se a minha casa
estiver debaixo de fogo porque fiquei tempo demais longe. Estou
pronto para ir embora dessa espelunca e ordenar que archie a taque
em um jatinho e a leve até mim quando ele cutuca meu pé debaixo
da mesa e aponta com a cabeça para um canto.
— Acho que é ela — ele diz, e eu olho naquela direção, mas
custo a acreditar que ele está certo.
A mulher que está parada segurando alguns cardápios na
frente do corpo enquanto fala com outra mulher mais velha não se parece nada com a garota na foto que kj me deixou. Aliás, não se
parece com alguém que meu consigliere permitiria que sua filha se
tornasse. Que o uniforme desse lugar é ridiculamente minúsculo eu
já tinha percebido, mas ela levou as coisas a outro nível. A
maquiagem pesada faz parecer muito mais velha do que os
dezenove anos que meu investigador privado disse que ela tem e o
salto enorme a deixa muito mais alta. E deixa a porra da saia muito
mais curta também. Ela termina de falar com a mulher e anda
rebolando até uma mesa onde dois caras estão sentados, me dando
a visão inteira da bunda coberta por uma calcinha minúscula.
A visão me deixa puto.
— Que merda essa garota está fazendo da vida? — pergunto
para o homem que está sentado do outro lado da mesa. Ele dá de
ombros.
— O investigador disse que ela é garçonete, mas vai saber —
ele fala e ri com desdém. — Duvido que seja só as mesas que elas servem.
Aperto os olhos para ele, e o capo arruma a postura e abaixa
os olhos. Murmura um pedido de desculpas e pigarreia. Volto a olhar
para lili bem a tempo de ver um dos homens tocando a sua
coxa e começo a achar que preciso dar razão a ele.
Era só o que me faltava. Kj  me largou para ser babá de
uma puta.
  

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⏰ Última atualização: May 25, 2022 ⏰

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