Capítulo 17

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Capítulo 17: Nossa tradição

Kazutora sorriu animado enquanto corria em direção aos namorados, esses que estavam sentados na grama do parque ecológico, claro que estavam rodeados de amigos, sendo um domingo fresco e propício para saírem todos juntos, mas Kazutora só via Chifuyu e Keisuke rindo e conversando.

- Finalmente chegou, Kazutora! - Draken sorriu ao ver o amigo se aproximar.

- Eu tive que resolver umas coisas, foi mal pela demora - O Hanemiya se sentou ao lado de Chifuyu que beijou sua bochecha em saudação.

- Cara, parece que fazem séculos que a gente não tem um dia de descanso! - Takashi reclamou, deitado com a cabeça no colo de Hakkai.

- Isso que as aulas voltaram só tem uma semana - Nahoya riu.

- A gente devia jogar alguma coisa! - Shuji sugeriu.

- Que coisa? - Haruchiyo o encarou interessado, Mikey franziu o cenho enciumado, Draken revirou os olhos, Mikey tinha ciúmes de todos os amigos.

- Sei lá, vôlei talvez?

- O que acha, Takemichy? - Haruchiyo encarou o Hanagaki que corou.

- B-bem, eu não sei jogar vôlei...

- Eh?! Como assim você não sabe jogar vôlei?! - Keisuke gargalhou.

- Cara, nosso professor de educação física é tão preguiçoso que ele só passa vôlei! - Kazutora protestou.

- É que eu nunca consegui pegar... - Takemichi sorriu envergonhado.

- Bem, é minha obrigação ensinar o meu kohai a jogar! - Kazutora levantou puxando Takemichi consigo.

- Nós vamos mesmo jogar? - Souta resmungou não querendo sair da sombra da árvore.

- Bem, se quiser ficar, você pode vigiar nossas coisas - Nahoya sugeriu ao irmão.

- Eu também vou ficar - Hakkai decidiu.

- Isso mesmo! Os mais altos ficam! - Mikey sorriu vitorioso.

- Mas eu ia pro seu time, Mikey - Draken reclamou.

- Os mais altos jogam! - Mikey voltou atrás fazendo os amigos rirem.

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O sol ia alto quando todos decidiram parar e se sentaram para comer, entre conversas animadas e risadas altas, Chifuyu pegou na mochilha alguns potes de yakisoba, abrindo apenas um enquanto deixava os outros para quem quisesse se servir.

Keisuke se sentou ao lado do Matsuno, refrigerantes em mãos enquanto observava os amigos, esperando Chifuyu entregar o pote de yakisoba para comer também.

- Por que não pega um para você, Baji? Tem vários - Hakkai o encarou confuso enquanto Kazutora ria negando, o barulho do brinco chamando atenção.

- Eles sempre dividem.

- Eh? Por que? - O Shiba se interessou enquanto Keisuke começava a comer.

- É uma tradição que temos desde que nos conhecemos - Chifuyu contou com um sorriso terno antes de buscar outra coisa para comer.

- Você não fica com ciúmes, Kazutora? - Shuji indagou com um sorriso de merda.

- Por que eu ficaria? Tenho minhas próprias tradições com cada um deles, além disso, se a gente terminar, o filho fica comigo.

- Que merda é essa?! É claro que Peke J. vai ficar comigo!! - Keisuke esbravejou entregando o resto do yakisoba a Kazutora que congelou com o ato.

- Primeiro: eu ainda não gosto desse nome, segundo: ele vai ficar comigo!! - Chifuyu brigou.

- Você não tem que gostar, eu ganhei de forma justa!!

- Ganhou o caralho! Você roubou!!

- No jo-ken-pô?!

- K-Kazutora-senpai, está tudo bem? - A fala quase sussurrada de Takemichi fez os dois se calarem o encarando antes de olhar Kazutora.

O Hanemiya tinha o pote de yakisoba em mãos, o encarando como se fosse uma bomba prestes a explodir, pequenas gotas de lágrimas escorriam em seu rosto surpreso enquanto um fino sorriso tomava seus lábios.

- Kazutora? - Keisuke tocou o joelho do namorado que secou as lágrimas antes de sorrir puxando os namorados para um beijo.

- Se existiram ou existirem outras vidas, saibam que eu os amei e amarei em cada uma delas - Com essas palavras, o bicolor passou a comer o yakisoba deixando todos em silencio.

- Credo, vocês são melosos demais - Mikey quebrou o silencio.

- Falou o cara que ajoelha toda vez que Takemichy faz tayakis pra você - Draken zombou.

- Doraken-kun, Mikey-kun, não comecem a brigar e estraguem esse momento! - Takemichi reclamou.

- Isso aqui tá um porre, eu vou fumar - Shuji levantou.

- Eu vou junto - Haruchiyo o seguiu, ambos se afastando, mas ainda a vista do grupo.

- Notaram que eles estão bem próximos? - Nahoya sorriu malicioso.

- Eca, você colocou imagens traumatizantes na minha cabeça, Aniki - Souta reclamou.

- Kazutora, você está bem mesmo? - Chifuyu indagou preocupado fazendo o outro assentir.

- É só... eu fico feliz de ser incluso na tradição de vocês.

- E por que você não seria? Essa tradição é a nossa promessa de continuar nos vendo, para sempre dividirmos o yakisoba - Keisuke sorriu carinhoso - É a nossa tradição.

- Está decidido! Vamos ao templo! - Mikey levantou.

- Que caralho, Mikey, o que vamos fazer no templo?!

- Acho que ToMan está chegando em uma nova fase agora, uma em que todos amadurecemos bastante, para continuarmos nos nossos ideias acho justo irmos lá comprar outro amuleto - Mikey colocou a mão no bolso sorrindo levemente.

- Eu gosto da ideia - Takashi suspirou terminando seu energético - Mas acho que vamos ter que esperar aqueles dois pararem de se beijar.

Seguindo o olhar de Takashi, eles viram Shuji prensando Haruchiyo contra a árvore enquanto se beijavam, uma mão em sua cintura e a outra em seu pescoço enquanto o menor segurava dois cigarros nas mãos.

- Puta merda - Mucho levantou caminhando a passos duros até eles causando risada em todos.

- Acho que precisamos de outra tradição - Kazutora comentou com os namorados enquanto levantava - Assim como os sinos são meu e de Kei, yakisoba é de vocês, precisamos de algo dos três.

- E de algo meu e seu - Chifuyu concordou - Mas o que?

- Bem, temos a vida toda pra pensar sobre isso - Keisuke sorriu enquanto abraçava os dois - Nós podemos fazer da noite de filmes uma tradição.

- Ou o dia de comprar ração para o bichano - Kazutora concordou.

- É Peke J. - Keisuke bufou.

- Excalibur - Chifuyu falou só pra implicar rindo da careta de Keisuke.

Os três se separaram enquanto ouviam os gritos dos amigos os chamando e deram as mãos antes de caminharem para as motos.

____FIM____

Nosso Amor de VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora