one-shot.

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essa one é um grande teste/prática porque eu não costumo escrever hots. desculpa qualquer coisa e aceito dicas ! (caso nao se lembrem, sally é o nome em inglês da tzuyu, tipo a mina sendo sharon)

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   Dahyun sentiu a vergonha queimar sua pele quando um gemido alto escapou de seus lábios sem a menor possibilidade de controle, seus joelhos estavam no chão como nas milhares de vezes em que seus pais a obrigaram a se submeter a algo que nunca acreditou, por muitos anos, Kim renegou sua verdadeira natureza para buscar uma perfeição que jamais existiria, sufocou suas próprias vontades em uma tentativa desesperada de conseguir a aprovação familiar que almejava desde a infância, acreditou que toda a sua essência era nada além de um sussurro demoníaco que esperava por um mero deslize, qualquer coisa que a satisfizesse seria responsável por arrastá-la para o inferno. Se trancou em uma fachada que não era sua, se obrigou a namorar rapazes que não lhe causavam nada além de uma indiferença tremenda e não era diferente daquele que passou a chamar de noivo depois de um pedido público, no meio de um culto de domingo, disse sim com um sorriso, como se sentisse algo a não ser nojo, a ideia de viver amarrada a alguém que jamais a conheceria de verdade era sufocante, uma pessoa tão próxima quanto um estranho com quem se cruza em uma calçada qualquer. Faltavam exatamente trinta dias para seu casamento, um pequeno deslize e estava onde sonhava desde o dia em que entendeu o que prazer e atração significavam, seu noivo em uma noite de sono tranquila, sua família não muito diferente dele, a noite caindo sobre Seul como um temporal foi o horário perfeito, saiu pela porta da frente como se não estivesse prestes a desmoronar o frágil castelo de areia que representava sua pureza e moralidade, as ondas de um mar escuro levariam a pequena estrutura como a madrugada levou seu corpo. A iluminação era proveniente das luzes avermelhadas espalhadas pelo quarto, a respiração de Dahyun estava descontrolada diante dos olhares repletos de luxúria que assistiam ao espetáculo onde ela era a estrela principal, como demônios assistindo seu mestre arrastando mais uma vítima para o inferno, não sabia o nome de nenhuma delas, mas não faria diferença se soubesse, não era como se as conhecesse de outros lugares. Apesar de terem uma presença marcante, a figura diabólica que lhe dava a certeza de que o céu era entediante estava em seus saltos pretos, usava uma lingerie que Kim só havia visto em revistas que não tinha permissão para comprar e segurava um pequeno chicote, era alta como uma modelo e sua beleza irrealista fazia com que os dedos da coreana tremessem, desejando tocá-la como se precisasse disso para sobreviver. Sentiu a mão enluvada apertar seu queixo com força, o olhar de Sally exalava superioridade e ela gostou de tê-lo em si tanto quanto gostava da plateia presenciando tudo, de joelhos, se questionava por que era tão bom ser reduzida a um brinquedo prestes a entediar sua dona, perguntando-se também o porquê de fugir desse sentimento por tanto tempo, não conseguia se lembrar de um momento onde havia se sentido tão viva. Continuava melhorando a cada segundo. O estalo do chicote batendo em seu rosto ecoou pelo quarto, causou suspiros na audiência, um gemido baixo preso entre dentes, a ardência era satisfatória o bastante para o tecido entre suas pernas se tornar desconfortável, o segundo golpe foi mais forte e fez seus olhos lacrimejarem, poderia parecer estranho que se sentisse tão bem com toques tão rudes e escassos, mas nada nunca lhe pareceu tão natural anteriormente. Os sussurros das outras garotas eram zombeteiros e audíveis, Dahyun engasgou com o ar quando sentiu a sola do sapato sendo pressionada contra seu ombro direito, ter a visão de uma mulher magnífica vestida em roupas tão reveladoras pisando em sua pele com um sorriso tão satisfeito era a melhor descrição de paraíso que já havia visto, e não conseguia contar nos dedos quantas vezes aquele lugar foi descrito.

  — Beije os meus pés. - exigiu sem hesitação alguma, acabou com a pressão levemente dolorosa no ombro da garota, seu sapato agora tocava o chão e Kim o observava como se não soubesse o que fazer, até parecia que não estava disposta a ser a cadela obediente que seu demônio pessoal pedia que fosse, a verdade é que desejava fazer isso, mas ainda tinha dificuldade para rasgar algumas amarras. A mulher pareceu notar isso com rapidez, apertou a ponta do chicote na mão direita e atingiu o rosto da coreana com força o bastante para deixar a pele branca avermelhada.

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