Capítulo 15

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Minha cabeça acaba comigo tá doendo por causa da bebida , a parte boa é lembrar da Marie e dos seus gemidos. Que garota perfeita , doce , molhada e quente.
Vou pro banho pra ver se ajuda meu corpo tá dolorido , meu pescoço tá cheio de marcas assim como minhas costas e ombros por causa das suas unhas. Mas não foi só na pele que ela deixou marcas , parece que acertou minha alma com aquela chave de coxa , nossa que foi aquilo ontem ? Tô com gosto de quero mais na boca.

Desço pra comer alguma coisa , minha mãe tá lendo jornal.

— Bom dia filha – cumprimenta sem olha na minha direção

— Bom dia mãe – sussurro

Pego um bolo pra comer , sento no balcão da cozinha.

— Como tá no trabalho ? – pergunta curiosa

— Tá indo , vou fica responsável pela farmácia nessa semana , vou usar todos os remédios – respondo rindo

— Faz isso que seu pai te mata – fala divertida

— Mãe como fez pra fica com o Thomas ? Quero dizer como sabia que ele valia a pena ? – interrogo ou melhor ia fude com sua vida

— Eu tinha sua idade quando o "nosso amor criou vida" – minha mãe responde fazendo aspas com os dedos

— No caso eu né ? – indago o óbvio

— Sim filha , eu e seu pai não nos amamos era uma paixão de colegial no qual não nos cuidamos , claro que você foi o melhor erro que eu podia cometer – ela faz uma pausa — Só que pensamos que fica juntos ia ser o certo quando na verdade não era , mas ele me ajudou a termina meus estudos e a faculdade , não posso reclamar tanto dele sem fala que o Thomas foi um bom pai mesmo você não vendo isso. Mas no fim a gente só se machucou e feriu quem menos era culpada – completa triste

— Você amou alguém já ? – questiono

Não sei porque perguntei isso

— Sim , mas a gente era muito diferente , acabei machucando a pessoa e me machucando porque era infantil demais pro amor – diz com um sorriso leve — Você também é infantil pro amor filha isso é normal , quando a gente ama uma pessoa a tendência é ferir ela não porque queremos e sim porque é inevitável – conclui

Minha mãe ta certa eu não sei controlar as coisas quando vou ver tudo já virou de cabeça pra baixo , pensar nisso da um medo enorme é bem melhor não se envolver com o amor , mas o que fazer quando a escolha não é sua ?

— Quem era a pessoa mãe ? – pergunto curiosa

— Não importa agora filha ficou no passado – responde voltando sua atenção pro jornal

— Bom vou chutar que é daqui , algum professor da minha escola ? Ou talvez o zelador ? O cara do mercadinho ? O entregador de cartas , talvez um empresário milionário ?... – continuo tô tentado irritar minha mãe

— Para Valentina – pede me olhando seria

— Errei todos ? – questiono pensativa

— Sim , agora me deixa em paz – manda

— Qual é mãe tá bom , eu estou apaixonada pela Marie – confesso

— A garota bonita que trouxe pra casa e por quem brigou com a Fernanda ? – pergunta me olhando — Sério filha ? Eu desconfiava mesmo – afirma sorridente

— É tava bem óbvio não é , só que ela parece sempre tá distante como se eu só visse ela de longe e por mais que eu corra pra tentar alcançar eu não consigo – comento é mais ou menos assim que me sinto com ela — Sempre fico pra trás é frustrante porque tô tentando melhorar por ela – completo suspirando

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