Casamento fake - *AMOSTRA*

Capítulo 1 - Briana

Joguei meu cabelo platinado por cima do ombro e me recostei na espreguiçadeira à beira da piscina. Era um dia maravilhoso de sol e eu não perderia por nada desse mundo. Minha melhor amiga Kimberly estava atrasada, aliás. Ela já deveria ter chegado para aproveitar o dia ensolarado de hoje. Depois de tantos dias chuvosos, nada mais justo do que pegar um solzinho para manter a marquinha em dia. Além disso, estava de folga do cursinho que frequentava e ia aproveitar cada momento daquele dia mais do que merecido.

— Amiga! – escutei a voz estridente de Kim se aproximando de mim.

Kimberly desfilava até mim com seu cabelo incrivelmente longo e castanho. Ela era alta e linda, parecia uma modelo. Ela poderia ser uma modelo se quisesse, mas nunca demonstrou interesse. No lugar dela, eu não teria perdido tempo.

Depois de me cumprimentar com dois beijinhos na bochecha, Kim tirou o vestidinho que usava e se recostou na espreguiçadeira ao meu lado, relaxando e aproveitando o sol, assim como eu, usando um biquini minúsculo.

— Esse sol tá um espetáculo! Amo sol! – ela exclamou animada.

— Eu também amo sol. – concordei sorridente.

Eu amava o verão e tudo relativo a ele. Sol, praia, piscina... qualquer oportunidade e já colocava um biquini para aproveitar. Kim não era diferente.

— Tá tudo bem com você? Antony voltou a encher o saco? – perguntei a ela.

Kim bufou.

— Sempre. Não sei quando ele vai desistir. Acabou, mas ele não entendeu ainda. – ela respondeu.

Antony era o ex-namorado de Kim. O término tinha sido recente e ele ainda não aceitava a separação. Kim descobriu que o safado a traía e ela foi firme na decisão de terminar o namoro, mesmo que Antony fosse um "bom partido". Ele tinha 26 anos e era um jovem empresário. A família dele era dona de um hospital. No entanto, Kim também não ficava atrás. Ela era herdeira do império da família formada por políticos. "Herdeira" porque não tinha outros planos na vida que não fossem ser uma socialite rica e famosa. Tinha dezenove anos, assim como eu.

— Que saco. – comentei.

— Nem me fale. – ela suspirou.

— Ele tentou alguma aproximação?

— Lógico, mas meus seguranças não deixaram. – ela deu um sorrisinho convencido que eu retribuí.

Sim, eu sabia do que ela estava falando. A minha própria casa vivia cheia de seguranças, que vigiavam tudo dia e noite. Meu pai tinha um guarda-costas, que por sua vez cuidava da segurança de toda a residência, inclusive a minha. O cara era muito gato, mas muito metido também. Ou talvez não estivesse interessado em mim... o que não fazia sentido. Eu era incrível e qualquer um que eu estalasse os dedos, viria rastejando na minha direção.

Quer dizer, eu era linda. Tinha dezenove anos, os cabelos loiros platinados na altura do bumbum, olhos azuis, rosto harmonioso, estatura mediana, belas pernas e seios, e nenhuma estria ou celulite. Eu era perfeita e qualquer um podia ver isso. Bom, qualquer um, menos Vitório, o guarda-costas do meu pai. O cara mais idiota do mundo. O cara mais gostoso do mundo.

— Eles podem ser bem úteis às vezes. – comentei e olhei em volta da área da piscina.

Havia alguns seguranças ali por perto, mas nem sinal de Vitório. Eu sabia que ele estava em casa, já que meu pai não tinha saído para trabalhar hoje. Ele sempre o acompanhava para onde quer que fosse como uma sombra.

Meu pai, Enrico Romano, era um próspero empresário do ramo de importações. Ficou viúvo cedo, quando eu tinha apenas cinco anos, mas me criou sozinho e transformou a sua pequena empresa no império que é hoje em dia. Ele tinha investimentos em outras áreas e não ficou só nas importações. Eu tinha quase certeza de que ele estava entre as pessoas mais ricas do país.