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Dan sabia que havia algo de errado, desde o começo daquela semana que Anne não procurava mais seus olhos, ou estava dando respostas curtas quando Dan tentava perguntar o que aconteceu.

Faziam agora seis anos que tudo aquilo envolvendo o sequestro de Hannah havia acontecido, depois da morte de Richy e, consequentemente de Jake, que não conseguiu sair a salvo, Anne veio para Duskwood ficar perto de seus amigos, sua vida em Baviera era muito solitária, então na primeira oportunidade, ela conseguiu vir para ficar.

Dan a viu definhar lentamente após a morte de Jake, ele sabia que ela amava o hacker de verdade, então foi um choque quando descobriu que ele não conseguiu sair a tempo da Mina que estava junto com Richy.

Jessy também ficou muito mal, ela amava Richy, era óbvio que era apaixonada por ele, assim como ele era por ela, mas infelizmente não tiveram tempo para ser. Ela não o perdoou totalmente, era óbvio que não, Hannah era sua amiga, uma de suas melhores amigas, mas Richy era seu amor e ela não conseguia ficar brava com ele, mas ele a magoou e talvez até hoje não conseguia acreditar que ele tivesse sido capaz de fazer tudo aquilo mesmo.

Foram meses de recuperação pra Anne, chegando a fazer semanas de terapia para ajudá-la a superar.

Dan e os outros não saíram de seu lado nesse momento, e por mais que Dan se sentisse absurdamente atraído por ela, ele a considerava mais do que tudo, então deu todo seu suporte e apoio a ela durante toda a recuperação.

Foi um ano completo desde quando Anne foi morar em Duskwood, até Dan tomar coragem e a chamar para sair. Quando foram jantar no Black Swan, ele só havia uma missão: fazê-la rir a noite inteira.

E percebeu que deu muito certo quando no fim da noite ela estava nua em seus braços gemendo seu nome contínuamente.

Depois disso foi rápido, mais dois encontros e eles iniciaram um namoro, namoro esse que completou quatro anos e dez meses na semana passada.

Dan não podia reclamar, foram os melhores anos de sua vida e quando ela veio morar consigo ele se segurou pra não soltar fogos de felicidade.

E foram assim por três anos completos com eles nessa bolha de felicidade, com empregos estáveis e amigos que saíam juntos quase todos os fins de semana.

Mas do começo da semana pra cá, esse distanciamento de Anne vem incomodando severamente seu namorado. Ele sabe que tem algo de errado e vai descobrir logo hoje se possível.

Dan chegaria cedo em casa naquele dia e Anne estava em seu dia de folga, então ele a questionaria assim que chegasse.

Quando colocou o pé na casa em que dividiam, já a avistou sentada no sofá enquanto mexia no telefone. Ela era perfeita, seus cabelos caíam soltos em cascata por suas costas coberta com um vestidinho florido simples e eu rosto estava retorcido em uma pequena careta de concentração para sejá lá o que ela estava vendo no celular.

Dan simplesmente amava quando Anne usava vestido, era tão mais fácil para tomá-la em qualquer lugar que quisesse. Igual na festa de aniversário de Lilly, onde eles transaram fortemente na pia do banheiro, ou quando ele a comeu no jardim do lado de fora do Aurora no ano passado.

Daniel deixou suas coisas em cima da mesa da cozinha e tirou seus sapatos, colocando-os arrumados ao lado do chão. Depois disso caminhou lentamente até sua namorada, que sorriu levemente ao levantar para olhar para ele.

Trocaram um beijo, onde ela passou a mão carinhosamente por seu rosto, coçando sua barba. Era o tipo de beijo favorito de Dan, que o dava vontade de ficar lá para sempre.

Assim que se separaram, ele foi tomar banho, havia decidido que iria conversar com ela sobre isso assim que saísse de lá.

Devidamente banhado e vestido com uma camisa de manga e calça de moletom, ele tomou seu caminho de volta para a sala onde deixara Anne e a viu na mesma posição de quando a deixou, sendo que agora ela encarava avidamente a parede, perdida em pensamentos.

Dan sorriu e se aproximou por trás da namorada, que não havia o percebido, levou suas mãos aos ombros tensos dela e os apertou levemente, sentindo o pequeno solavanco que ela deu antes de virar sua cabeça para encará-lo. Ela abriu aquele sorriso que ele tanto amava e levou os lábios a uma das mãos fortes de Dan e a beijou levemente.

Dan se inclinou para a frente, levando a boca até a testa de Anne e selou os lábios ali, devolvendo o beijo.

- Podemos conversar, Anne? - Dan perguntou suavemente, enquanto caminhava até a frente do sofá.

Ouvindo sua namorada suspirar, ele agachou a sua frente e pegou ambas as mãos da garota que tremiam levemente. Ela estava nervosa, mas por quê?

Ele continuou.

- Tem alguma coisa te incomodando desde o começo da semana, boo. Você não é obrigada a falar comigo, mas estamos em um relacionamento e quero estar ao seu lado para o que você precisar, quero ajudar você no que seja e quero que você confie em mim o suficiente para me contar qualquer coisa e se apoiar em mim para o que precisar, Anne. Porque eu te amo e quero estar ao seu lado para o que der e vier.

Dan notou rapidamente as lágrimas cobrindo os lindos olhos de Anne, antes dela puxá-lo para um beijo forte e que tinha milhares sentimentos que enchiam o peito dele.

- Tudo bem, acho que você precisa se sentar.

Dan rapidamente se levantou e sentou ao lado de Anne, estranhando quando ela se levantou e caminhou até a gaveta da estante em que ficava a televisão e tirar de lá um papel dobrado ao meio. O que era aquilo?

Anne suspirou e entregou o papel a Dan, que o pegou lentamente.

- O que é isso?

- Eu já estava desconfiando desde o começo do mês, mas não queria fazer qualquer teste, então fui direto ao médico fazer um exame.

Dan, ainda levemente confuso, abriu o papel dobrado e quando leu do que se tratava, sua respiração engatou e seus olhos correram pra procurar o resultado, vendo o que tanto queria ali.

- Estou grávida. - Anne confirmou o que ele já sabia.

Dan suspirou e dobrou novamente o papel, se virando para Anne que estava com uma expressão nervosa no rosto e olhava para o chão

- Nós vamos ser pais? - Dan perguntou.

Anne assentiu com a cabeça, seu olhar ainda longe do namorado, mas ao ouvir um soluço, levou os olhos até o rosto de Dan e viu lágrimas descerem por sua face e um sorriso enorme crescer. Isso a acalmou instantaneamente.

Ele a puxou pela nuca, levando o próprio rosto a curva do pescoço da namorada, a abraçando com força. Anne sentiu lágrimas encherem seus olhos novamente e, finalmente, as deixou rolar livremente pelo rosto. Ela estava emocionada, pois então Dan queria tanto aquela criança quanto ela e ela o amava profundamente, aprendeu a amá-lo com o tempo e desde então não se vê mais sem ele.

Dan se ajoelhou na frente de Anne e tocou sua barriga ainda lisa com ambas as mãos.

- Já estou o sentindo. - Dan riu levemente.

- Só estou de três semanas, seu idiota.

Mas Anne somente ria, estava dopada de felicidade por ter um filho com seu homem, seu namorado e seu amor.

Ele se jogou em cima de Anne, a fazendo deitar no sofá enquanto distribuía beijos por todo o rosto da amada, que ria abertamente enquanto acariciava os fios negros de Dan.

- EU VOU SER PAI. - Ele gritou e logo a beijou profundamente.

Meses depois, Anne deu a luz a seu menininho. Jake Anderson.

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