Sonhos.

7

- O que? - Jimin perguntou confuso.

- Vc teve outro sonho. - Tae acusou - E não nos contou.

Jimin riu, percebeu que tinha voltado a contar seus sonhos para eles assim como contava quando eram crianças, e enfim lembrou que esses dois ficavam bravos quando ele tinha um sonho e esquecia de lhes contar.

Naquele momento, Jimin teve a sensação de que nada tinha mudado entre eles, riu e arrumou uma desculpa.

- Em primeiro lugar eu mal cheguei aqui e vcs me arrastaram para fora. - Jimin riu e os olhando semicerrou os olhos - E em segundo, como é que vcs tem tanta certeza?

- Vc ficou olhando para a Trinna, a alfa da Lia, como olhou para a foto do Hope e para o Yoongi. - Tae deu de ombros e sentou em frente a Jimin com Jin o seguindo sentando na cadeira ao lado.

- Conta logo. - Jin pediu todo animado.

- Vcs ficam animados com coisas muito estranhas. - Jimin continuou os olhando de olhos semicerrados e se recostando em sua cadeira cruzou os braços desconfiado - Ouvir sonhos de alguém morrendo ou pelo menos de quase mortes, não é legal. Vcs são estranhos.

- Conta logo. - Tae tacou uma bolinha de papel nele.

- O que vcs estão fazendo com as minhas histórias? - Jimin ainda semicerrava os olhos brincando - Estão escrevendo um livro? Eu quero uma parte do lucro.

- Anda Minye, larga de ser bobo. - Jin gargalhou.

- Tá, tá. - Jimin mostrou língua para eles fazendo careta - Deixa eu ver. Era um casarão, bonito, antigo. A alfa da Lia, Trinna né? Pois é, ela levou um grupo de jovens adultos para fora desse casarão, tinha uma mesa cheia de armas e ela estava ensinando esses rapazes a montar e desmontar as armas. - suspirou - Esses sonhos são tão realistas que aprendi a manusear armas por causa deles dá pra acreditar?

Tae e Jin se olharam e sabiam que só um pensamento passava na cabeça do outro - "Dá sim".

- Bem, continuando. - Jimin falou pensativo - Depois de montar e desmontar todo tipo de arma ela foi ensinar eles a atirar com elas nos alvos e em algum momento. - revirou os olhos - Eu já tenho até dó desse alfa, do tanto que eu tento matar ele nos sonhos e não dá certo. Bem, o alfa foi para o lado de Trinna e começou a conversar com ela, então um dos rapazes que atirava nos alvos olhou rapidamente para eles, carregou a arma que tinha na mão e virou atirando no alfa, Trinna olhou para o rapaz no exato segundo e se enfiou na frente do alfa alvo dos tiros. - revirou os olhos de novo - Na hora os outros rapazes atiraram no atirador e ele morreu, mas a bala que ele atirou passou pelo peito da alfa e atingiu o peito do alfa. Eu acordei aí. - deu de ombros e acrescentou - Se forem vender livros eu quero uma parte é sério.

- Se formos fazer qualquer coisa te daremos uma parte. - Tae levantou indo abraçar o amigo que riu e devolveu o abraço.

Na hora do almoço, Jimin saiu pq tinha um almoço de negócios marcado, e Jin e Tae pegaram suas bolsas e saíram quase correndo da empresa.

- É hoje não é? - Jin pediu confirmação ao mesmo tempo que mandava mensagens para Lia ir rápido para o casarão.

- É. - Tae respirou fundo - Eles vão estranhar a gente lá. Nunca vamos lá.

- Jungkook já está paranoico. - Jin confirmou - Nem dá mais para usarmos a desculpa de proteger nossos alfas, a essa altura já vai ficar bem claro que o único protegido é ele.

- Vamos ver o que acontece. - Tae murmurou, e os dois seguiram calados até chegar no casarão.

Era mais fácil eles pedirem para pararem tudo e deixarem para outro dia? Ou só não deixar Jungkook descer? Era, mas eles não sabiam o que poderia acontecer depois se mexessem na linha do tempo, então preferiam resolver no momento exato. O medo de algo pior acontecer depois era maior do que a vontade de interromper, e eles nem sabiam quem era o atirador.