Capítulo 15

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Acordei realmente com uma preguiça fora de normal, meu corpo se arrastou pela casa por boa parte da manhã. Ontem a noite depois que Natasha foi embora percebi que precisava sair um pouco, então combinei com Yelena para almoçarmos juntas no hospital mesmo. Fiquei feliz quando a mesma concordou, dizendo que chamaria Natasha e Kate. Claro que não discordei, perder a oportunidade de ver a ruiva nunca está em meus planos. A loira estava curiosa para saber sobre tudo e contar-lhe não era sacrifício nenhum para mim.

— Então, vocês já transaram?

Tossi forte com a pergunta da minha chefe, engasgando-me com o suco natural de laranja. Senti suas mãos em minhas costas, tentando me acalmar.

— Yelena!

A repreendi e a mesma riu. Começamos a comer antes das meninas, elas não haviam aparecido ainda provavelmente por estarem ocupadas com algum paciente.

— Não que eu não queira. – voltei a falar e a loira me encarou. — Natasha me respeita como ninguém, as vezes fico até irritada com isso.

— Que fofas!

Sorriu, juntando suas mãos.

— São com certeza meu casal preferido.

— Então, como é?

Perguntei, curiosa.

— Como é o que?

Sua testa franziu em confusão.

— Como é transar com uma mulher.

Falei em um tom baixo, estávamos no refeitório e ninguém sabia sobre nós ainda. Nota mental: Saber se Natasha quer nos assumir para todos. Yelena abriu um sorriso malicioso em minha direção.

— Pra mim é a coisa mais normal do mundo, transei com mulher a vida toda. – deu de ombros. — Nunca estive com ninguém além de Kate.

— Ugh. – bufei. — Esqueci que são casadas a vida toda.

— Converse com ela, Wanda. – aconselhou. — Assim saberá do que ela gosta ou não.

Assenti, mesmo pensando que não teria coragem de faze-lo. Entramos em outro assunto, agora sobre nossas filhas, era ótimo contar a Yelena que minha bebê se mexeu bem quando Natasha fez o pedido. Ainda não conseguia acreditar que havia mesmo acontecido. Depois de um tempo, Kate se aproximou sorrindo para sua esposa e lhe beijando os lábios. Isso me fez sentir falta da ruiva.

— Você viu a Natasha?

Perguntei após alguns minutos.

— A ultima vez que vi estava com a Carol.

Respondeu de forma natural enquanto mexia em sua comida, Yelena arregalou seus olhos em minha direção. Vi seu cotovelo ir de encontro as costelas da esposa que gemeu em protesto, enquanto meu sangue fervia em minhas veias. O que diabos Natasha fazia com Carol? Em menos de dois segundos, as duas adentraram o refeitório em meio a risos e quando os castanhos se encontraram com os meus, desviei no mesmo momento. Respirei fundo, não querendo parecer uma louca possessiva, mas era impossível negar o quanto essa situação me incomodava.

— Olá, meninas.

Fechei meus olhos quando a voz da maldita soou bem ao meu lado, seus lábios entraram em contato com meu rosto e vi sua bandeja ser posicionada na mesa. Seu corpo encostou no meu quando ela sentou, meu olhar estava em Yelena que fazia uma careta.

— Oi.

Respondi sem a olhar, voltando a beber meu suco.

— Ihhh. – lamentou. — O que eu fiz?

Os Irmãos RomanoffOnde histórias criam vida. Descubra agora