Até falaria de mim, porém, porque não, voltar um tempo atrás e começar do início, apresentando a vocês, as pessoas que mais amei na minha vida? Lilith Muller e Luciano Galbassi! Serei breve, contando como minha mãe o conheceu.
Ela estava sentada na sua sala de EM, sempre foi uma garota social de certo modo, Cabelos pretos, olhos cor de mel, cursava o segundo ano, tinha 16 anos e estava ansiosa para as férias do mês de julho, faltavam apenas duas semanas.
Logo na primeira aula, chegando por um fio antes do professor, ele bateu na porta da sala.
— "Segundo ano, B?"
— "Isso mesmo!" — vendo o aluno novo, puxou uma cadeira para seu lado o convidando a se sentar, e ele foi, tomado de receio, mas que escolha tinha? Entrando em um colégio novo no meio do ano, sendo tímido como é, de que outra forma falaria com alguém?
Ali, nasceu uma amizade, todos os dias se sentavam juntos, fecharam o Segundo ano com excelência, ela boa em humanas, ele bom em exatas, um ajudava o outro em seus pontos fracos. Ela brincalhona, Ele preocupado. Ela calma, Ele pavio curto. Ela animada, Ele tímido. Ela despreocupada, Ele cauteloso, por vezes até de mais, precisando agir como pai de uma amiga tão próxima, seja a lembrando de atividades ou até para dar algumas broncas corriqueiras (Não que ela ouvisse).
Foi assim no terceiro ano também, nas festas de turma, era comum ver Lilith arrastando seu Lulu por aí, que ia atrás dela como um cachorrinho sem dono, deslocado e perdido em meio tanta gente, mas ele faria qualquer coisa para estar com sua garota, mesmo que envolvesse sair um pouco da sua zona de conforto.
Uma coisa os preocupava: O colégio estava acabando, e se... eles não se vissem mais? Ou pior! E se parassem de se falar, se separassem...
Pensaram nisso por um tempo, algumas lagrimas chegaram a encher seus olhos enquanto tentavam saber o que seria feito dali pra frente... E não chegaram em resposta nenhuma. Seguiram dia pós dia, sem saber se distanciariam-se, tudo parecia tão... incerto...
Com toda certeza, em meio a tantas dúvidas e inseguranças havia um raio de sol, memórias felizes que marcavam, como no dia do piquenique do colégio, em que os dois saíram nas espreitadas, só para irem até um jardim de flores, lu adorava flores.
— "Lilith?" — ele disse, enquanto olhava as flores, com a cabeça abaixada.
— "Luci?" — ela sorri virando a cabeça pro lado e se abaixando um pouco, buscando o rosto do loiro, que acaba abaixando ainda mais a vista.
— "Seu cabelo tá' bonitão hoje" — ele levanta um pouco a cabeça, com um sorriso singelo
Ela dá uma risada, nesse momento, ele puxa de uma bolsa uma flor negra, a estende para Lilith. — "'Amor-perfeito negro', é... o nome... nome da flor... ela lembra.. você... seu cabelo.. e..."
Antes de sequer ter uma reação da garota, foi interrompido por uma pessoa a distância — "A Profe Deu falta de vocês hein! Melhor voltar se não quiserem Uma ocorrência bem gostosinha", Era Uma amiga da Lilith, que no mesmo momento pegou a flor e puxou o garoto de volta pra turma, Anos mais tarde ele reclamaria da falta de resposta da garota enquanto resmungava com sua cara rabugenta e emburrada de sempre.
Deu tudo certo nesse dia, conseguiram retornar são e salvos. Uma das minhas histórias favoritas com certeza, é uma que minha mãe me contou quando eu era bem pequeno e curioso. Assim que o EM acabou, Lilith chamou Luciano pra sua casa, ele chegou um pouco nervoso, batendo na porta de vagar, e quase acaba batendo de cara com a porta de madeira sendo aberta bruscamente pela garota animada.
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Burn My Kid
Teen Fictioneu fui uma boa criança, mas o fogo do meu abismo me fez um jovem tão ruim que me faz tremer apenas de lembrar, eu me isolei na perdição e fui corrompido pela humanidade eu me perdi no fogo, mas preciso recuperar a chama da verdade de quem realmente...