Capítulo 4

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No segundo em que eu pisei fora do avião senti a enorme diferença climática, era uma madrugada gélida e mesmo com 4 blusas fui obrigada a abraçar meu próprio corpo

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No segundo em que eu pisei fora do avião senti a enorme diferença climática, era uma madrugada gélida e mesmo com 4 blusas fui obrigada a abraçar meu próprio corpo.

Pela primeira vez desde que conheci Hirawa eu estava voltando ao seu país, dessa vez sozinha. Tinha sido convidada para a sua festa de aniversário, Amanda me avisou que era um evento chiquérrimo e naquele ano seria Black and White. Mesmo não estando disponível para ir a ruiva fez questão de ver meu vestido antes que eu embarcasse, aquela seria também a primeira vez que conversaria com Yuri depois de surtar por um beijo.

Fiquei até surpresa por ele ter enviado o convite, mas estava decidida a sair daquela festa com uma certeza. Eu ainda gostava dele pra cacete! E ouvi-lo dizer que me amava foi a melhor sensação que senti em muito tempo, porém a mais apavorante também.

Seja como for, hoje eu decido isso de uma vez! Nem que seja para perceber que ele ama outra.

O hotel onde me hospedaria era em frente ao aeroporto, afinal eu sabia que ia chegar de madrugada, paguei uma pequena fortuna por esse conforto mas tudo valeu a pena quando fechei os vidros com isolamento acústico e podia contemplar a noite no Japão sem o som dos aviões ao lado.

Acordei bem tarde no dia seguinte, novidade nenhuma já que eu amava dormir, liguei para os meus pais e saí para procurar um restaurante.

É estranho notar como algumas pessoas tratam estrangeiros em seu país, quando no Brasil temos uma cultura de recepcionar bem até demais os gringos.

Após o almoço iniciei os preparativos para a festa, iria me arrumar sozinha, portanto precisava começar cedo para fazer tudo bem feito. Quando começou a anoitecer eu fui banhar na banheira para não estragar a maquiagem que tinha feito, e finalmente me vesti, sempre tinha uma sensação muito boa ao vestir peças que confeccionei, como uma certeza da profissão que escolhi e meu amor por moda.

A peça em questão era um vestido preto tomara que caia com sustentação na parte dos seios óbvio, ou não aguentaria o peso dos meus, o comprimento midi da saia dava elegância enquanto a abertura frontal expunha as coxas de maneira sensual sem vulgaridade, sorri acariciando o tecido grosso mas voltei a mim quando o celular notificou me lembrando que era hora de arrumar os cabelos.

Acabei me atrasando no processo de fazer os cachos já que nunca fui acostumada a usar babyliss

— Pelo menos ficou bonito! No Brasil ninguém chega na hora mesmo

Me consolei enquanto vestia as luvas de tule que terminavam acima dos cotovelos e observava minha imagem no espelho. Coloquei uma estola de pelos branca para não congelar até chegar na festa, calcei os scarpins nude, peguei a sacola com o presente e saí, um taxi já me esperava na porta do hotel me ajudando a não aparecer ainda mais tarde.

Uau! Foi tudo que eu consegui pensar ao chegar no local indicado, parecia um castelo pela imponência porém com detalhes modernos, e que só gente muito, muito rica teria acesso. Nunca em minha vida eu havia estado em um lugar assim.

Inesperado Improvável (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora